segunda-feira, 16 de junho de 2025

PM LIGADO A DEPUTADO POR COMPRA DE VOTOS SACOU R$ 26 MILHÕES PERTO DA ELEIÇÃO

PM ligado a deputado por compra de votos sacou R$ 26 milhões perto da eleição
Dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelam que um policial militar do Pará realizou saques de R$ 48 milhões em dinheiro vivo, suspeitos de serem usados para pagamento de propina e compra de votos nas eleições de 2024. 

Os valores foram retirados em 15 operações em agências do Banco do Brasil nas cidades de São Miguel do Guamá e Castanhal (PA).

Saques concentrados no período eleitoral
Entre junho e outubro de 2024, próximo ao pleito, o PM sacou R$ 26 milhões. O caso está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que apura a relação do deputado federal Antonio Doido (MDB-PA) com o tenente Francisco Galhardo, responsável pelos saques.

Em outubro de 2024, dois dias antes do 1º turno das eleições municipais, a Polícia Federal (PF) prendeu Galhardo ao flagrá-lo sacando R$ 5 milhões em Castanhal (PA).

Segundo a PGR, o dinheiro teria origem em uma empresa vinculada à esposa do deputado Antonio Doido.

Mensagens revelam esquema milionário
Ao analisar o celular do PM, a PF encontrou conversas que indicam um esquema organizado de saques e distribuição de valores.

Em algumas mensagens, o próprio deputado Antonio Doido aparece dando ordens sobre repasses.

No dia da prisão, Geremias, um dos envolvidos, enviou uma mensagem ao PM.

“Seu Antônio mandou pegar um dinheiro contigo em Castanhal aí. É... que horas eu posso te encontrar em Castanhal aí?”.
Horas depois, Galhardo perguntou ao deputado: “Entregar quanto para o neguinho?”, e Doido respondeu: “380k”.

Segundo informações do Metrópoles, durante a operação, a PF apreendeu R$ 4,6 milhões com um homem dentro do banco e R$ 380 mil em um carro na porta da agência, onde estavam Geremias e o PM Francisco Galhardo.

POSTURA LEAL DO CORONEL FEITOSA A GILSON MACHADO CHAMOU ATENÇÃO

Lealdade em tempos difíceis: Coronel Alberto Feitosa demonstra apoio incondicional a Gilson Machado durante prisão
No turbulento cenário político nacional, em que alianças são frequentemente testadas pela pressão pública e pela Justiça, um gesto chamou a atenção no meio bolsonarista de Pernambuco: a fidelidade demonstrada pelo deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) ao ex-ministro do Turismo e pré-candidato à Prefeitura do Recife, Gilson Machado Neto. Desde os primeiros momentos da prisão de Gilson, determinada no bojo da operação da Polícia Federal contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Feitosa não apenas defendeu publicamente seu correligionário como também foi além do discurso, adotando uma postura rara entre políticos em momentos de crise.

O parlamentar foi o único membro da Assembleia Legislativa de Pernambuco presente fisicamente no Cotel (Centro de Observação e Triagem Everardo Luna), em Abreu e Lima, onde Gilson esteve detido por alguns dias. A imagem de Feitosa à porta da penitenciária, em silêncio, esperando a liberação do aliado, marcou profundamente os bastidores da política local. Não houve aparatos de mídia, discursos inflamados ou clamor partidário — apenas o gesto silencioso de um companheiro de luta que optou por permanecer ao lado mesmo na hora mais delicada.

Feitosa, que compartilha com Gilson uma trajetória de alinhamento ao bolsonarismo e à pauta conservadora, declarou em entrevistas que o momento não era de “apontar dedos ou fazer julgamentos precipitados, mas de demonstrar solidariedade a um homem público que dedicou sua vida à defesa do Brasil”. Segundo o deputado, sua presença foi motivada por “valores pessoais e lealdade, algo que infelizmente tem se tornado escasso na política contemporânea”.

Nos bastidores, aliados de Gilson Machado destacaram a postura de Feitosa como “honrosa” e “corajosa”, sobretudo em um momento em que muitos preferem se afastar para evitar desgastes com a opinião pública. Políticos próximos ao ex-ministro avaliaram que o gesto de Feitosa deve ter impacto simbólico importante na construção da narrativa de campanha de Gilson, especialmente entre os eleitores mais fiéis do ex-presidente Bolsonaro.

Embora ainda em fase de reestruturação política após o episódio, Gilson tem mantido sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife e conta com o apoio irrestrito de Feitosa nessa jornada. A relação entre os dois, que já era forte, se estreita ainda mais após esse episódio, criando uma imagem de confiança mútua que poderá render frutos no embate eleitoral que se aproxima.

Além do aspecto pessoal, o gesto de Feitosa também tem leitura estratégica. Ele se consolida como uma das principais vozes do bolsonarismo em Pernambuco, reforçando seu nome como possível coordenador da campanha de Gilson no Recife. Essa fidelidade pode render dividendos políticos a ambos, principalmente se Gilson conseguir reverter o impacto da prisão e recuperar o protagonismo eleitoral.

Em um tempo de alianças frágeis, o gesto de Coronel Feitosa vai além da política tradicional. Ele simboliza uma lealdade rara, construída não apenas em palanques, mas forjada também nos momentos mais difíceis. E isso, num cenário de tanta volatilidade, pode se tornar um dos maiores ativos políticos da direita pernambucana em 2025.

MPPE DENUNCIA DELEGADO POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO CONTRA AMBULANTE DE NORONHA QUE TEVE PERNA AMPUTADA

Ministério Público denuncia delegado por tentativa de homicídio contra ambulante de Noronha; vítima teve perna amputada
O delegado Luiz Alberto Braga foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro contra o ambulante Emmanuel Apory, em Fernando de Noronha. A denúncia foi feita neste domingo (15) pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). De acordo com as investigações, o crime aconteceu após uma discussão motivada por ciúmes. Emmanuel foi baleado e precisou amputar a perna.

O caso ocorreu no dia 5 de maio, no Forte dos Remédios (veja vídeo abaixo). A Polícia Civil abriu inquérito e indiciou o delegado por lesão corporal gravíssima. O processo foi enviado ao promotor Fernando Matos, que concluiu que o crime se trata de tentativa de homicídio.

Denúncia

A denúncia relata que o disparo desferido pelo delegado "atingiu a perna direita da vítima, causando fratura exposta, necrose muscular e, posteriormente, amputação do membro. A vítima só não morreu devido ao socorro imediato prestado por terceiros. Após o disparo, o delegado fugiu do local em uma viatura da Polícia Civil, sem prestar socorro", indicou a denúncia.

Depois da briga, Emmanuel foi atendido no Hospital São Lucas, na ilha, e transferido para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife. O ambulante passou por quatro cirurgias. O rapaz teve alta e segue em recuperação na capital pernambucana.

Além da denúncia, o Ministério Público também solicita:

Afastamento do delegado do cargo até o julgamento;

Suspensão do uso e recolhimento de suas armas;

Reparação dos danos causados à vítima;

Perda do cargo público em caso de condenação;

Suspensão dos direitos políticos do acusado enquanto durarem os efeitos da condenação.


O promotor Fernando Matos foi procurado pelo g1 para analisar a denúncia do MPPE, mas preferiu não se pronunciar.

O que diz a defesa de Emmanuel

O advogado Anderson Flexa, que representa Emmanuel Aprory, avaliou a denúncia.

“A denúncia foi embasada em farto conjunto probatório e acompanhada de pedidos cautelares, incluindo o afastamento do cargo, entre outros pontos”, declarou Flexa.

O advogado afirmou, ainda, que o processo tramita perante o juízo competente, com perspectiva de julgamento pelo Tribunal do Júri.

“Ninguém está acima da lei, nem mesmo seus agentes”, falou Anderson Flexa.

O que diz a defesa do delegado

O advogado José Augusto Branco, que defende o delegado Luiz Alberto Braga, não concordou com a decisão da Promotoria.

“É um absurdo e que jamais se sustenta na Justiça. Nada mais do que a visão distorcida do promotor de Justiça Fernando Matos, que antes da apuração já se pronunciou neste sentido para o próprio g1”, afirmou José Augusto Branco.


A defesa também fez outras críticas ao promotor. “O promotor inventa tese acusatória fugindo da lei e do ordenamento legal, para aparecer perante a opinião pública”, avaliou o advogado José Augusto Branco. (Via: G1)

PEDIDO DE EMPRÉSTIMO DE RAQUEL DIFICILMENTE SERÁ VOTADO NESSE SEMESTRE

O pedido de empréstimo de R$ 1,5 bilhão feito pela governadora Raquel Lyra ao Legislativo estadual dificilmente será votado ainda neste semestre. A matéria, que ainda aguarda o parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Waldemar Borges (PSB), enfrenta um cenário de paralisação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), influenciado não apenas pelo calendário junino, mas também por tensões políticas entre o Executivo e a base oposicionista. Mesmo que Borges consiga finalizar seu relatório até a reunião da CCJ marcada para esta terça-feira, o trâmite legislativo impõe outras etapas que, por ora, tornam improvável a votação em plenário antes do recesso.

De acordo com o presidente da CCJ, coronel Alberto Feitosa (PL), a matéria, após passar pela Justiça, ainda precisará ser encaminhada à Comissão de Administração Pública, o que inviabiliza sua chegada ao plenário em tempo hábil. Ele afirmou que a votação do pedido de empréstimo ficará, na prática, para o segundo semestre. Embora o recesso parlamentar oficial só comece em 1º de julho, a prática já consolidada na Alepe é de que as atividades legislativas se encerrem logo após o São João, diante da dificuldade de quórum em meio às festividades do período. Como o dia 24 de junho é feriado, a reunião da CCJ desta semana será a última do semestre, encerrando, de forma antecipada, o funcionamento das demais comissões.

Nos bastidores, o atraso no andamento do projeto vem sendo atribuído à insatisfação de parlamentares da oposição com o não pagamento das emendas impositivas. Deputados relataram, sob condição de anonimato, que até o momento nenhuma emenda de 2025 foi paga pelo Governo do Estado, e que há pendências ainda relativas ao ano de 2024. O impasse tem gerado desgaste no relacionamento entre o Legislativo e o Executivo, com reflexos diretos na tramitação de pautas prioritárias do governo. Um deputado oposicionista revelou que a demora no pagamento das emendas tem sido vista como um desrespeito à autonomia da Casa e ao papel do parlamentar na execução das políticas públicas.

Para membros da oposição, o adiamento da votação de projetos importantes tem funcionado como uma espécie de recado político à governadora. A estratégia seria utilizar o controle que os opositores têm sobre as principais comissões — Justiça, Finanças e Administração — como forma de pressionar o Palácio do Campo das Princesas a cumprir com os compromissos assumidos com a base legislativa. O parlamentar ouvido por este blog ressaltou que a situação chegou a um ponto insustentável e que a governadora precisa aproveitar o recesso para repensar sua relação com a Alepe. Ele disse estar esgotado com os embates constantes e alertou que o clima de tensão é prejudicial para todas as partes envolvidas, inclusive para a população.

Apesar do impasse, o ambiente ainda é de expectativa. Parlamentares aguardam um possível gesto do Governo do Estado durante o recesso, o que poderia destravar a pauta no retorno dos trabalhos legislativos em agosto. Até lá, o projeto do empréstimo bilionário permanece estacionado, como símbolo de um embate político que mistura calendário festivo, estratégia legislativa e cobrança por reciprocidade institucional.

PIX AUTOMÁTICO COMEÇA A FUNCIONAR HOJE

Pix Automático começa a funcionar no Brasil e promete revolucionar o pagamento de contas recorrentes

O sistema financeiro brasileiro dá um novo passo rumo à automação e à praticidade. A partir desta segunda-feira, 16 de junho, entra em operação o Pix Automático, funcionalidade aguardada desde 2023 e que promete mudar a forma como milhões de brasileiros quitam suas contas mensais. Desenvolvido pelo Banco Central, o novo serviço é voltado para o pagamento automático de despesas recorrentes, como energia elétrica, água, telefone, mensalidades escolares, academias, planos de saúde e até plataformas de streaming.

Ao contrário do débito automático tradicional, o Pix Automático é mais acessível e menos burocrático, pois independe de convênios com bancos específicos e pode ser utilizado por qualquer instituição participante do sistema Pix. Para o pagador, a modalidade é inteiramente gratuita. Já para o recebedor, representa uma redução de custos significativa, uma vez que elimina a necessidade de gerar boletos, enviar faturas por correio ou investir em sistemas de cobrança.

O processo de adesão é simples e flexível. O recebedor precisa solicitar a autorização do pagador, que pode ser feita digitalmente por meio de QR Code ou pelo método Pix Copia e Cola. Uma vez concedida, essa autorização permite que os valores sejam debitados automaticamente na conta do pagador na data acordada, com a vantagem de que o usuário pode estabelecer um teto de valor para cada cobrança e, caso deseje, cancelar a autorização a qualquer momento.

A iniciativa é vista como um avanço importante para a vida financeira dos consumidores. Ao automatizar o pagamento das contas rotineiras, o Pix Automático ajuda a evitar esquecimentos, atrasos e multas, reduzindo a inadimplência, que é um dos principais desafios enfrentados por empresas prestadoras de serviço no Brasil. A expectativa é que pequenos negócios e prestadores autônomos também passem a adotar a ferramenta como uma alternativa simples e de baixo custo à tradicional cobrança por boleto bancário.

Com mais de 160 milhões de usuários cadastrados no sistema Pix em todo o país, o Banco Central aposta que a adesão ao Pix Automático será rápida e massiva. A nova funcionalidade oferece segurança e comodidade, com o mesmo padrão de confiabilidade já consolidado pelo sistema Pix desde seu lançamento em 2020. A movimentação financeira através do Pix já ultrapassa os volumes registrados por TED, DOC e boletos somados, consolidando-se como principal forma de pagamento entre pessoas físicas e jurídicas.

Diferente do débito automático convencional, que muitas vezes depende da relação contratual entre o banco e a empresa recebedora, o Pix Automático é universal e segue as regras abertas do sistema instantâneo de pagamentos. Isso permite que fintechs, bancos digitais e instituições menores também ofereçam a modalidade, ampliando o acesso à tecnologia de automação de pagamentos para toda a população bancarizada.

Além da praticidade para o consumidor, a funcionalidade representa um avanço para a digitalização da economia. O Banco Central espera que o Pix Automático se torne uma nova ferramenta estratégica na gestão financeira das famílias brasileiras, promovendo mais controle, previsibilidade e organização no pagamento das contas do dia a dia.

EX-PREFEITO EUDSON CATÃO ROMPE O SILÊNCIO E DENUNCIA ABANDONO DA CIDADE DE PALMEIRINA: “ESTAMOS MUITO PREOCUPADOS COM O QUE ESTÁ ACONTECENDO”

Em fala exclusiva ao Blog do Edney, Eudson Catão denuncia abandono de Palmeirina e convoca união por dias melhores
Em uma fala exclusiva ao Blog do Edney, o ex-prefeito de Palmeirina, Eudson Catão, fez um desabafo contundente sobre a atual situação do município, denunciando o que classificou como um estado generalizado de abandono. “Estamos muito preocupados com o abandono que Palmeirina está vivendo. Tanto na cidade quanto na zona rural, o cenário é de total descaso”, afirmou.

Catão destacou que, com o início do período chuvoso, a precariedade das estradas rurais se agravou. “As estradas estão, em sua grande maioria, intransitáveis. E o inverno mal começou. Isso compromete o escoamento da produção, o transporte escolar e a mobilidade de quem vive no campo.”

Relembrando sua gestão encerrada em 2012, o ex-prefeito apontou que deixou o município estruturado e com obras prontas para avançar. “Entregamos 60 quilômetros de estradas piçarradas, construímos 126 casas populares e deixamos equipamentos funcionando. Palmeirina estava preparada para seguir crescendo.”

Na área cultural, Catão ressaltou o papel da Prefeitura na promoção de eventos e valorização da cultura local. “Realizávamos o Palhoção todos os anos em junho, reunindo artistas locais e atrações nacionais. Era uma festa do povo, que movimentava a economia e dava visibilidade aos nossos talentos.”

Eudson também recordou os investimentos na formação de jovens. “Criamos oportunidades com cursos de tecnologia, cultura e inclusão social. Pensávamos no futuro da juventude, gerando perspectivas e alternativas reais para quem sonha com dias melhores.”

No setor educacional, segundo ele, todas as escolas passaram por requalificação estrutural e foram equipadas. “Valorizamos os profissionais, cumprimos com o Plano de Cargos e Carreiras, e garantimos pagamentos em dia. Corrigimos distorções históricas — encontrei 139 servidores efetivos que sequer recebiam o salário mínimo. Fizemos justiça.”

Em tom emocionado, Catão fez questão de agradecer ao povo de Palmeirina pela confiança histórica na sua família. “Sou eternamente grato. Meu pai, Severino Ferreira, foi eleito prefeito com o apoio popular. Minha mãe, Marili, foi eleita vereadora por quatro mandatos. E eu fui prefeito três vezes. Essa história nos liga ao povo, nos dá responsabilidade.”

Ao final da entrevista, o ex-prefeito lançou um apelo por reflexão e união em torno de um novo projeto para a cidade. “É hora de colocar os interesses do povo em primeiro lugar. Vamos ouvir todas e todos para construir juntos as mudanças que Palmeirina e Pernambuco precisam. E, olhando para o futuro, acredito que João Campos será o governador que pode liderar esse novo tempo em 2026.”

A fala de Eudson Catão reforça sua conexão com Palmeirina e sinaliza que o debate sobre o futuro da cidade está apenas começando. É isso ai!

HOMEM SUSPEITO DE MATAR PRÓPRIO IRMÃO EM BELMONTE

Homem é suspeito de matar o próprio irmão neste domingo em Belmonte
Na manhã deste domingo (15), um crime brutal chocou a comunidade da Baixa da Palha, na zona rural de São José do Belmonte, Sertão de Pernambuco. Um homem identificado pelo apelido de Alcides foi assassinado a tiros, e o principal suspeito do crime é o próprio irmão da vítima.

De acordo com informações preliminares da Polícia Militar de Pernambuco, os disparos ocorreram do lado de fora da residência da vítima, por volta das 08h13. O acusado teria fugido logo após o crime, tomando destino ignorado.

A guarnição do 14° BPM foi acionada e realizou o isolamento da área para a preservação da cena do crime. Equipes do NIS (Núcleo de Inteligência do Sertão), Malhas da Lei e GATI estão mobilizadas, realizando diligências com o objetivo de localizar e prender o autor do homicídio.

PARA LULA EM PERNAMBUCO O QUE IMPORTA É O SENADO


Por: Greovário Nicollas 
Em meio à movimentação política de olho em 2026, o xadrez eleitoral em Pernambuco revela uma dinâmica silenciosa, mas estratégica: para o presidente Lula, a disputa para o Senado no estado vale mais do que a eleição para o Governo. Embora a sucessão no Palácio do Campo das Princesas receba grande atenção pública, é o futuro da cadeira hoje ocupada por Humberto Costa (PT) no Senado que realmente interessa ao núcleo do poder em Brasília.

A avaliação é pragmática. Governadores, por mais barulho que façam, precisam de diálogo e boa vontade do governo federal para conseguir recursos, obras e programas. Já senadores têm mandato longo, liberdade de atuação, influência direta sobre o orçamento via emendas e cada vez mais autonomia para adotar posições independentes — ou hostis. Em outras palavras, um governador adversário pode ser contornado; um senador opositor, não. Daí a obsessão do Planalto por manter, ou ampliar, sua base na Casa Alta do Congresso.

O nome de Humberto Costa, nesse cenário, é visto como peça-chave. Ex-ministro da Saúde, fundador do PT em Pernambuco e nome respeitado em Brasília, Humberto é considerado pelo entorno de Lula como uma das poucas garantias de lealdade plena. Além disso, é alguém com trânsito em diferentes alas do partido, com articulação sólida entre prefeitos, lideranças do interior e movimentos sociais. A manutenção de seu mandato é vista internamente como prioridade máxima — quase uma “linha vermelha” nas negociações no estado.

No entanto, mesmo com essa importância toda, Humberto ainda não figura com segurança nas chapas competitivas. Isso porque tanto João Campos (PSB), quanto Raquel Lyra (PSD), que despontam como os nomes mais fortes ao governo, enfrentam pressões de grupos e partidos que pretendem lançar outros candidatos ao Senado. No campo de João, surgem nomes como o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), o ex-prefeito Miguel Coelho (União Brasil) e a ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade). Todos são peças importantes para o palanque do PSB, seja por densidade eleitoral ou por força regional, mas cada um tem sua fragilidade perante o lulismo.

Silvio Costa Filho é ministro do atual governo, mas seu partido, o Republicanos, já dá sinais claros de que vai caminhar com Tarcísio de Freitas (SP) em 2026. Miguel Coelho, que insiste em disputar o Senado de qualquer jeito, ficou refém das decisões do PP de Eduardo da Fonte, com quem trava uma relação instável. Já Marília, que foi candidata ao governo em 2022 e teve quase dois milhões de votos, carrega hoje uma relação fria com o PT e uma legenda (o Solidariedade) que tende a seguir caminhos próprios, fora do eixo tradicional petista.

O impasse para João Campos é que precisa desses aliados para fortalecer sua chapa majoritária — sobretudo se quiser enfrentar Raquel Lyra com chances reais —, mas também sabe que o apoio de Lula pode ser determinante em um estado onde o petista ainda tem enorme popularidade. Um apoio esse que, pelo que se desenha, estará condicionado à presença de Humberto na disputa ao Senado.

A governadora Raquel também observa os movimentos. Mesmo que mantenha uma relação protocolar com Lula e seu governo, sabe que não pode perder o protagonismo político para João. Por isso, seu grupo também analisa se deve abrir espaço para um nome mais afinado com o Planalto. Mas, até o momento, a governadora parece distante de qualquer gesto nesse sentido — o que pode significar uma vantagem para o PSB caso o PT decida se alinhar oficialmente com João.

No meio disso tudo, permanece uma grande dúvida que paralisa muitas articulações: Lula será ou não candidato em 2026? Embora ele diga que pretende disputar um quarto mandato, internamente há incertezas sobre sua saúde, disposição e viabilidade. Caso Lula não concorra, o peso do PT na montagem das alianças pode diminuir drasticamente. Nesse cenário, Humberto Costa perde poder de barganha e deixa de ser o ativo essencial que é hoje.

Essa indefinição trava compromissos mais ousados. Ninguém quer apostar todas as fichas em um projeto que pode murchar se o principal líder do país decidir não concorrer. Por isso, apesar da clareza estratégica sobre a importância do Senado, ainda não há tapete vermelho estendido para Humberto Costa. O jogo continua em aberto, mas uma coisa é certa: se Lula for candidato, Pernambuco precisará entregar ao presidente um aliado no Senado — ou arcar com o custo de vê-lo virar os olhos para outros estados.