segunda-feira, 13 de junho de 2011

INCLUSÃO DIGITAL VINDO DO DESCARTÁVEL EM RECIFE

'Jogando Limpo': de computadores reaproveitados,


 nasce a inclusão digital em Recife

Centro situado em Apipucos reaproveita carcaças de computadores e de outros equipamentos eletrônicos e contribui para a inclusão digital de jovens


Reprodução TV Globo
Foto: Reprodução TV Globo

Muitas pessoas não sabem o que fazer com computadores quebrados e não é raro encontrar alguns destes jogados nas ruas. Porém, uma vez jogada no canal, a carcaça do computador ajuda a entupir e, consequentemente, a alagar ainda mais as ruas da cidade. Por isso, não deveria estar nesse local.

O sucateiro Carlos Alberto Amorim não sabe o que fazer com os teclados que existem em sua sucata. “Geralmente isso é doação para quem interessar porque o reaproveitamento dele é muito pouco”, diz.

Porém, é possível reaproveitar as carcaças de computador e de outros equipamentos eletrônicos. O Centro de Estudo da Tecnologia do Alto José do Pinho, por exemplo, é uma das 84 instituições beneficiadas por um projeto desenvolvido num lugar onde o verde brota de dentro de monitores e CPUs. É o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), no bairro de Apipucos, no Recife. Os estudantes aprendem, em cursos de seis meses, a fazer transformações muito úteis para o meio ambiente e para o desenvolvimento de outros jovens do Brasil.

“Conseguir dar vida nova a essas máquinas que, para as pessoas não têm uma utilidade, para a gente é um desafio, uma satisfação muito grande de trabalho cumprido, o dever cumprido por ter dado vida nova a essas máquinas”, conta o estudante Flávio Barros.

O Tribunal Regional Eleitoral (TER) doou quatro mil itens ao CRC. “O bem estava simplesmente fora de uso, em galpões, só ocupando espaço e, como esse tipo de bem se deprecia com certa frequencia, a gente encaminha para não jogar no lixo um bem que ainda vai servir pra pessoas que querem ter um acesso à internet, cursos de introdução à informática e outras finalidades”, afirma o técnico administrativo Mário Henrique.

Em vez de ir para o lixo, tudo foi catalogado, separado e nada vai se perder. Os encarregados de esticar a vida útil do que seria sucata vão tirar as peças para formar novos computadores. “Seria como um Franskstein. a gente pega várias peças de outros computadores que também estão inservíveis e nós montamos duas, três máquinas que estão boas, aí elas são destinadas para instituições que estão precisando, favorecendo a inclusão digital”, diz o assistente de suprimentos do CRC, Dimas Ferreira.

Os computadores saem do local embalados e com garantia de seis meses. O destino deles é definido em Brasília, pelos ministérios que fazem parceria com o CRC. “Os computadores recondicionados saem do CRC em kits chamados telecentros e vão para associações de moradores, escolas públicas municipais ou do Governo do Estado, comunidades quilombolas, aldeias indígenas, como também algumas outras instituições que realizam trabalho de inclusão digital de forma gratuita”, afirma o diretor do CRC, Domingos Sávio de França.

Já são 1,7 mil computadores recondicionados em menos de dois anos e 2,2 mil jovens no mercado, formados como técnicos em informática. “O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e, se a gente não tiver qualificação profissional com uma qualidade acessível ao mercado de trabalho, a gente não tem oportunidade”, diz a estudante Fabiana Pereira.

Cerca de 65% do material que chega ao CRC não tem condição de aproveitamento. Estes são então separados e, como não podem ser jogados no lixo comum, são recolhidos por empresas especializadas. “Elas, através de processos químicos, processos de derretimento, separam novamente cada material: o chumbo, o cobre, o alumínio”, conta o professor André Jesus.

Devidamente separados, voltam à rede produtiva. E assim forma-se um ciclo generoso: menos lixo, mais oportunidades. Isso também pode ser feito também com o entulho gerado pela construção civil, como mostra o episódio desta quinta-feira (9) da série do NETV.

INSCRIÇÕES
Os cursos do Centro de Recondicionamento de Computadores são destinados a jovens que fizeram o ensino médio em escola pública e que sejam de família de baixa renda. As inscrições para novas turmas estão abertas até este sábado (11). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3441-1428.

domingo, 12 de junho de 2011

MAIS UMA FABRICA COMEÇA A SER CONSTRUIDA EM AGOSTO EM GOIANA


Fábrica da Novartis em Pernambuco começa a ser construída em agosto



A fábrica de vacinas da Novartis, no polo farmacoquímico de Goiana, na Mata Norte, terá sua pedra fundamental lançada no dia 25 de agosto. De acordo com a assessoria do senador Armando Monteiro (PTB), anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Alexander Triebnigg, que foi ao gabinete do parlamentar, em Brasília, nesta quinta-feira (9). De acordo com o executivo, a cerimônia deve contar com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT).

A planta da Norvatis é um investimento da ordem de US$ 500 milhões e o grupo farmacêutico firmará parceria de cooperação técnica com a Fundação Oswaldo Cruz, para transferência de tecnologia na produção e desenvolvimento de vacinas, em particular para a meningite C, febre amarela e poliomielite.

VACINAÇÃO CONTRA PARALISIA INFANTIL COMEÇA DIA 18

Campanha contra paralisia 


começa dia 18


foto









Pais e responsáveis devem levar no dia 18 de junho, as crianças menores de 5 anos até os postos de vacinação para receberem a primeira dose contra paralisia infantil. A data escolhida pelo Ministério da Saúde para o início da Campanha Nacional de Vacinação faz parte da primeira etapa do processo de imunização. A segunda será realizada no dia 13 de agosto.

O objetivo em Mato Grosso do Sul é imunizar 206.035 crianças nos 78 municípios. O número corresponde à meta estipulado pelo Ministério da Saúde, que é a de vacinar 95% do público-alvo em todo o território brasileiro. No ato da vacinação é importante apresentar a carteirinha da criança. A primeira fase da campanha acontece até o dia 22 de julho.
No Estado serão utilizadas nessa etapa 288.460 doses da vacina. A vacinação acontecerá em todos os postos de saúde dos municípios, entre fixos e móveis. Na campanha, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) atua na distribuição das doses da vacina às Secretarias Municipais de Saúde e no monitoramento dos índices de imunização.

Para as duas fases da campanha em todo o Brasil, o Ministério da Saúde investiu R$ 46,6 milhões, na compra e distribuição das vacinas. Mais R$ 20,2 milhões foram transferidos para os fundos de saúde das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. A campanha de mídia da primeira fase começa a ser exibida no dia 12 de junho, em âmbito nacional. A da segunda etapa, em 7 de agosto.


Pólio

O último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Porém, é importante continuar vacinando porque a doença não foi erradicada em todo o mundo. Segundo OMS, 26 países ainda registram casos da doença e quatro deles são endêmicos, ou seja, possuem transmissão constante: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão.

A pólio é uma infecção transmitida por meio do contato com um portador do vírus da doença ou então com fezes humanas. Os sintomas principais são: febre, mal-estar, dor-de-cabeça e em alguns casos incapacidade de mexer os membros.

Campanha contra sarampo

Além da segunda etapa da vacinação contra pólio prevista para 13 de agosto, também haverá na mesma data a Campanha de Seguimento contra sarampo. A mobilização para o combate as duas doenças encerram em 16 de setembro. Essa campanha de “seguimento” costuma ocorrer em intervalos de três a cinco anos, para reforçar a proteção contra a doença e manter o Brasil longe do risco de epidemias.

Nesse ano, até o mês de maio foi confirmada no Estado apenas uma ocorrência de sarampo. O caso se enquadra no perfil de pessoas não vacinadas que viajaram para o exterior ou que tiveram contatos com viajantes portadores da doença.
Vale lembrar que a primeira fase de vacinação, contra o sarampo só acontece em oito estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas. Nesse caso, a vacinação também iniciará no dia 18 de junho, paralelo a ação contra paralisia infantil. Segundo o Ministério da Saúde desde o inicio do ano há um surto da doença na Europa e a medida vem atender a necessidade de proteger as regiões brasileiras com maior fluxo turístico.

CASAMENTO GAY TAMBÉM NA PM DE PERNAMBUCO

Casamento gay também na PM


Um novo serviço prestado pela Associação dos Militares de Pernambuco (AME) está causando polêmica na corporação. Desde o início do mês, a AME vem dando assessoria jurídica aos associados com dúvidas em relação à nova lei que reconhece a união estável entre casais homoafetivos.

Para o Supremo Tribunal Federal (STF), esses casais podem se beneficiar de pensões e direitos como o acesso ao plano de saúde do companheiro. Onze soldados pernambucanos já acionaram o serviço. Oito através de telefone e três pessoalmente na sede da AME, no bairro do Derby. Um deles vai entrar na Justiça para garantir o plano de saúde do companheiro, com quem vive há mais de 10 anos.

O soldado de 38 anos, que preferiu não se identificar, quer incluir o parceiro no plano de saúde da PM. “Eu já pago a taxa extra para dependente, mas não posso usufruir do meu direito no plano”, explicou. Ele solicitou a inclusão no plano ao Comando Geral da Polícia Militar de Pernambuco, no mês passado.

Como resposta, soube que o pedido iria de encontro à lei. “Nós vamos conversar de novo com o comando, falar da nova determinação do STF, e ver o que eles vão fazer. Caso insistam em não conceder o benefício, vamos entrar na Justiça”, afirmou o advogado Émerson Leônidas, que representa o soldado. O advogado é o mesmo que presta orientação aos associados da AME.

A equipe do Diario entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar para repercutir o assunto, mas não obteve resposta. Segundo o presidente da AME, capitão Vladimir Assis, existe um bom número de homossexuais entre os associados.

Para os que querem o benefício, a orientação é simples. Basta que eles enviem uma documentação que comprova a relação afetiva estável (acima de dois anos). A AME é a primeira associação militar do estado a se posicionar sobre esse assunto e oferecer orientações jurídicas à tropa.
Do Diario de Pernambuco

LITORAL E MATA NORTE - NOVOS POLOS DE DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCO

Mata e Litoral Norte de Pernambuco terão mais


 investimento

Foi aprovado estudo de viabilidade para construir porto e aeroporto na área


O Comitê Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas (PPPs) de Pernambuco (CGPE) aprovou ontem o início dos estudos de viabilidade de três grandes obras. Entre elas, o já tão comentado Arco Metropolitano Rodoviário, que será uma alternativa para o tráfego da BR-101, e a Plataforma Logística de Salgueiro, uma espécie de porto seco no Sertão.
Mas, o que surpreendeu mesmo esta semana foi a possibilidade de instalação de um porto e um aeroporto no Litoral Norte, sob um projeto intitulado pe2 - polo ecologístico, orçado inicialmente em R$ 3 bilhões. É a esperança da desconcentração de investimentos até então só vistos do lado oposto.

A região, formada por seis municípios, aumentou a participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de 3,7%, em 1920, para 6,2%, em 2008, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, ao comparar a evolução dos dados à área de Suape, é possível constatar o esquecimento do Litoral Norte, que chegou a ter três vezes o PIB do Litoral Sul. Os investimentos existem, principalmente no Polo Farmacoquímico, que demora a sair do papel, é verdade.

Enquanto que, de um lado, o maior empreendimento em obras (a Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP)) está avaliado em torno de R$ 330 milhões, o lado Sul tem Refinaria, Estaleiro e Petroquímica, obras que, juntas, passam da casa dos R$ 28 bilhões e têm um valor agregado enorme.
A proposta de manifestação de interesse (PMI) para o novo complexo prevê a duplicação dos investimentos na região no caso de ele virar realidade, algo que o Estado afirma estar próximo.
“Todo projeto estruturador resulta no desdobramento de outras empresas que se amontoam ao seu redor. A consequência é de geração de renda, emprego e melhoria da qualidade de vida”, pontuou Maurício Romão, economista da Contexto e um dos responsáveis pela elaboração da PMI.

A expectativa é que o turismo também possa ser alavancado na região. Itamaracá era vista como a grande praia pernambucana, mas hoje não recebe tantos turistas e tem infraestrutura deficiente. “A área é bonita e tem um ecossistema apreciado.
Por vários motivos não caminhou bem. Já Porto de Galinhas começou a ter a visitação de mais pessoas, então, ganhou estrada, comunicação, saúde e energia”, comentou Romão. Porto de Galinhas cresceu 190%, entre 1999 e 2008, e Itamaracá 2,3%.
A PMI foi contratada por duas grandes holdings. A STR, que tem expertise na área de petróleo, e associou-se ao BTG Pactual, e a Promon, da área portuária, junto ao Grupo Pátria. O estudo de viabilidade deve ficar pronto em 90 dias, prazo considerado possível pelas partes.



Novo polo de desenvolvimento em criação
“Não vamos ficar apenas aplaudindo e celebrando os louros de Suape, mas temos que criar outros polos de desenvolvimento.
Se essa PPP (Parceria Público-Privada) se mostrar viável, você terá mudado a história econômica de Pernambuco”, defendeu o secretário de Governo, Maurício Rands, que também preside o Comitê Gestor das PPPs (CGPE).
Para ele, o Litoral Norte será alavancado pela congruência de PPPs. A execução do projeto portuário e aeroportuário depende de outras parcerias: a do Centro de Ressocialização de Itaquitinga - que vai culminar na desativação do Presídio de Itamaracá - e a do próprio Arco Metropolitano, uma rodovia de quase 100 quilômetros, estimada em R$ 600 milhões.

“Um porto e um aeroporto não adiantariam se não houvesse o anel viário. Teremos de novo a capacidade de turismo e lazer do Litoral Norte, que ainda casa com a proposta de engorda das praias, recuperando o potencial a partir de Olinda”, disse Rands.

Quanto à unidade de Itaquitinga, o secretário informou que o Governo está acelerando as obras viárias e o abastecimento de água para a conclusão dos serviços, prevista para novembro deste ano.

Apesar de as empresas à frente do pe2 - polo ecologístico terem experiência no ramo, a operação dos empreendimentos ainda é uma incógnita, até pela fase embrionária do projeto.

Rands explicou que, ao final do processo, será constituída uma sociedade de propósito específico, formada por parceiros públicos e privados, para correr atrás de financiamentos, por exemplo.
“Só que esses investidores já sinalizaram solidez ao Governo, inclusive no aspecto financeiro”, ressalvou. Ontem, ficou garantida a participação na CGPE das secretarias de Governo e Extraordinária da Copa.


Projeto promete área de 80% para preservação ambiental 
Há 30 anos pouco se falava nas questões ambientais e nem existiam legislações que tratassem do assunto. O Complexo Industrial Portuário de Suape foi crescendo sob esse vácuo de discussões e hoje corre atrás do tempo perdido.

A área de preservação ambiental do porto foi expandida recentemente de 48% para 59% - percentual que o secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do terminal, Geraldo Júlio, considera expressivo. O pe2 - polo ecologístico vai além e promete, na sua manifestação de interesse, um espaço preservado de 80%.

“Quando o parceiro privado projeta, ele leva em conta as condições de executabilidade. Ninguém entra e investe numa Parceria Público-Privada (PPP) para fazer algo inviável do ponto de vista ambiental, técnico e financeiro-econômico.

Imaginamos que o projeto venha com as melhores soluções nesses campos”, observou Geraldo Júlio. O consultor da Secretaria de Governo (Segov), Ilo Fonsêca, acrescenta que a premissa de uma PPP é de sustentabilidade. “Todos os projetos são assim. É exigido um plano específico para itens técnico, econômico, financeiro, ambiental, social e de segurança no trabalho”, apontou.

De acordo com o economista da Contexto, Maurício Romão, que participou da elaboração da proposta da STR e da Promon para o complexo, as empresas interessadas são dedicadas aos ideais de preservação.

“Hoje já existe a própria dificuldade da presença de leis, ambientalistas e ecologistas de todo o mundo. Fica difícil empresas de grande porte não terem essa perspectiva de responsabilidade social e ambiental”, avaliou.

O especialista reforça que, quando se tem “um braço privado”, as obras caminham com mais celeridade. “Daqui a pouco superamos a expectativa de prazos. O aparato de convencimento e demonstração é bem maior. Poucos lugares no mundo têm esta confluência de portos, aeroportos e indústrias”, diss
e.

ESTADO PROMOVE POLICIAIS QUE REVIDARAM ATAQUE A BASE DA PM EM ARAÇOIABA

Policiais que revidaram ataque de quadrilha a base da PM serão promovidos

Com menos homens, policiais não se intimidaram e evitaram assalto a banco da cidade.
Em abril deste ano, um grupo de dez assaltantes tentou invadir a base da Polícia Militar de Araçoiaba, em Pernambuco, mas se depararam com policiais dispostos. Mesmo em menor número, os PMs não se intimidaram com a desvantagem numérica e de armamentos e abriram fogo contra a quadrilha. Um dos bandidos morreu na hora e o resto bando viu “mexeram em casa de maribondo”.
De acordo com as investigações, o grupo queria dominar os policiais, tomar-lhes as armas e explodir o caixa eletrônico do município. “Nos dois veículos que estavam com a quadrilha foram encontrados uma submetralhadora, munições, grampos usados para furar pneus de carros, máscaras e quatro bananas de dinamite, que seriam usadas para explodir os caixas eletrônicos do banco”, disse o major Hailton Araújo, comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, responsável por Araçoiaba.
Nessa quinta-feira (9), o blog do Sargento Ricardo informou que os policiais serão promovidos pelo ato de coragem naquela pequena cidade do interior pernambucano.
Quem é 2º sargento passará a ser 1º sargento; o cabo será promovido a 3º sargento; e o soldado passará a ser cabo.
E quem é bandido fica com ‘um pé atrás’ só em pensar atacar aquela base de novo

CASO GIOVANNA - CASAL MIRELA E TONY ENQUANTO MAIS FALA MAIS SE COMPLICA

Toni diz que soube que Giovanna estava morta 


antes de corpo ser encontrado


Antônio de Pádua Bandeira, o Toni, e Mirela Granconato, dois jovens de 20 anos (ele é oito meses mais moço que ela), pai e mãe de duas crianças de 1 e 3 anos, se tornaram o casal suspeito número 1 de um crime que chocou a população de Alagoas: o rapto e assassinato, por enforcamento, da universitária Giovanna Tenório de Andrade, de 28 anos, que cursava o oitavo período de fisioterapia no Cesmac.


Toni teve um envolvimento amoroso com Giovanna. Mirela, com raiva da rival, enviou a ela mensagens de celular com xingamentos e ameaças de morte. Essas mensagens foram descobertas. Toni e Mirela viraram o alvo principal das suspeitas de crime passional.

O Tudo na Hora ouviu Toni neste sábado (11). Ele deu sua versão, relatando fatos e nomes de pessoas que ainda não tinham sido divulgados. E contou ter sido informado sobre a morte de Giovanna antes de seu corpo ser encontrado.

“Virou um inferno”

Na noite de ontem, Toni e Mirela estavam na casa do advogado criminalista Raimundo Palmeira, que atua em sua defesa. Por telefone, o Tudo na Hora conversou durante cerca de 40 minutos com Toni e Palmeira (a conversa foi tão longa que precisou ser interrompida porque a bateria do celular do advogado descarregou). Mirela não quis falar diretamente com o repórter, mas participou vivamente da entrevista. Durante todo o tempo sua voz podia ser ouvida do outro lado da linha. Ela passava suas respostas ao advogado, acrescentava ou corrigia declarações do marido.

A conversa com Toni começou com uma pergunta sobre como está sua vida depois dessa reviravolta. Ele responde com frases curtas.

“Não estou trabalhando. Estou com mais medo da situação da minha mãe, ela está com problemas. Não posso sair na rua. Está tudo muito estranho. Ainda não caiu a ficha”.

“Se isso tudo fosse só comigo, tudo bem, eu já aprontei muito mesmo. Mas atinge os outros também, a Mirela... Virou um inferno”.

O “pacto”

Nos últimos dias, surgiram especulações para todo tipo de imaginação, inclusive a de que o crime teria a participação direta dos dois. A história seria uma reedição do assassinato, em 1992, da atriz Daniella Perez, filha da novelista Glória Perez. Daniella foi morta aos 22 anos pelo também ator Guilherme de Pádua e por sua mulher, Paula Tomás, num pacto feito pelo casal para acabar com os ciúmes que Paula tinha da atriz. A versão alagoana ganhou corpo até pela coincidência do sobrenome Pádua de Toni e Guilherme.

Indagado sobre essa hipótese, Toni reagiu assim:

“Pacto? Oxente, o que é isso? Ave Maria!”

Depois ele repete que o casal é inocente. “Tem que ter um culpado, vai aparecer”.

Ligação no aniversário

Toni completou 20 anos no dia 26 de maio, uma quinta-feira. Mirela é oito meses mais velha que ele.

Ele confirma que no dia de seu aniversário fez uma ligação para Mirela. Sua versão:

“Recebi a notícia de que a Giovanna tinha ligado para o celular de um funcionário meu, o Leleu, que era amigo dela, para me dar os parabéns. Depois eu liguei do telefone fixo da minha casa e falei com a Giovanna. A Mirela estava em casa, começou a brigar comigo e eu desliguei.”

Ligação da irmã

Outro episódio que, na versão de Toni, contrasta com o que até então era conhecido, é o do telefonema da família para ele depois do sumiço de Giovanna. Seu relato:

“Na quinta-feira, 2 de junho, por volta das 2 horas da tarde, Larissa [irmã mais nova de Giovanna] ligou para mim. Pela voz, devia estar nervosa. Perguntou se eu tinha combinado de sair com a Giovanna. Eu disse que não e perguntei por quê. Ela disse que a irmã tinha sumido. Pediu que se eu soubesse alguma coisa que retornasse para ela. Pediu o número do celular do meu funcionário, o Leleu, e ligou também para ele”.

Giovanna desapareceu naquela quinta-feira, depois que saiu da faculdade por volta do meio-dia. Ela tinha passado a manhã em seu estágio no Caic do Dique Estrada, ao lado do Papódromo. Voltou para o Cesmac, disse a uma colega que iria almoçar com um amigo em um restaurante próximo e retornaria para as aulas da tarde. Ela teria dado esse mesmo aviso em casa, ao sair de manhã cedo. Então, se Toni disse a verdade, por que Larissa, às 14 horas, já estaria aflita com o sumiço da irmã? Isso foi perguntado a ele.

“Não sei, também acho estranho”, diz Toni.

O corpo da estudante foi encontrado na segunda-feira, dia 6, em um canavial da fazenda Urucum, em Rio Largo, embrulhado em um lençol e uma toalha e com a calça branca arriada. Giovanna foi morta por asfixia, enforcada com uma corda de náilon.

Ela tem ou teve namorado? “Não”

Na manhã do domingo, 5 de junho, o Tudo na Hora estampava em manchete: “Universitária está desaparecida desde quinta-feira”. A família e amigos de Giovanna espalhavam pelas redes sociais e sites de notícias as fotos de Giovanna e o apelo a quem pudesse dar informações sobre seu paradeiro.

Naquela manhã de domingo o repórter falou várias vezes com a família pelo telefone, para atualizar as informações que iam sendo postadas no Tudo na Hora. Na primeira ligação, Larissa atendeu. Uma das primeiras perguntas foi: ela tem namorado, ou teve recentemente? “Não”, foi a resposta. Ela tem perfil em redes sociais, Twitter, Orkut, Facebook? Outra resposta negativa. E o celular dela? “Só dá desligado”, respondeu Larissa, chorando. Ela disse que já haviam buscado informações no IML e no Hospital Geral, e nada.

Em outro telefonema, o marido de Larissa, cunhado de Giovanna, confirmou ter enviado por email as fotografias da estudante que o repórter havia solicitado. Depois, dona Catarina, a mãe, informou como Giovanna estava vestida ao sair de casa: calça jeans branca, blusa branca com babado de bolinhas lilás, cinto roxo, bolsa roxa, tênis branco. No início da tarde, ainda por telefone, Larissa informou que estava na Central de Polícia, fazendo o boletim de ocorrência.

Na manhã da segunda-feira, dia 6, o sumiço de Giovanna era o assunto principal de todas as conversas e do noticiário da cidade. A polícia havia iniciado as buscas. E o nome de Toni já aparecia como o “namorado casado” de jovem e bela estudante desaparecida.

No final da tarde viria a confirmação do que todos temiam: um corpo de mulher havia sido encontrado num canavial de Rio Largo. Levado para o IML, no início da noite o corpo de Giovanna foi reconhecido pelo pai.

“Eu soube antes”

Na conversa deste sábado com o Tudo na Hora, Toni faz a revelação surpreendente:

“Antes de encontrarem corpo, eu fiquei sabendo por um amigo que ela tinha sido assassinada”.

Como foi isso? Toni relata:

“Na segunda-feira, dia 6, por volta das 7h30, toca o telefone da minha casa. A Mirela atendeu. Uma voz de mulher disse: ‘Avisa pro Toni que um amigo dele faleceu’, e desligou. Não sei quem era”.

“Fui para o supermercado e, acho que por volta de 8h30, liguei para um amigo meu, o João Paulo. Perguntei se ele sabia quem era o amigo meu que tinha falecido. Ele disse: ‘É a Giovanna, não sabia? Ela apareceu com dois tiros na cabeça no domingo’. Quem tinha contado ao João Paulo tinha sido o Davi, um outro amigo, que tinha um caso com a Manuela, a menina que me apresentou à Giovanna. Manuela tinha contado ao Davi no domingo. A Manuela sabia desde o domingo!”, diz Toni.

Quem é Birinha?

João Paulo, Davi, Manuela... Os nomes até então desconhecidos vão aparecendo no relato de Toni. E ele prossegue, revelando mais um nome que pode ser importante: o de um até então desconhecido – e suposto – namorado de Giovanna.

“Logo depois de falar com o João Paulo, liguei para o Birinha, que estava namorando a Giovanna. Ele não atendeu”.

Essas ligações – inclusive para o “Birinha” – teriam ocorrido entre 8h30 e 9h da manhã do dia 6. Segue seu relato:

“Então, ainda de manhã, liguei para a família dela [de Giovanna]. Quem atendeu foi o cunhado dela, marido da Larissa. ‘Nenhuma notícia dela, nenhum corpo apareceu’, ele disse. Eu não entrei em detalhes, não contei o que estava sabendo. Pedi ao cunhado o telefone da dona Catarina, a mãe da Giovanna. Ele me deu o número. Liguei e atendeu a Larissa. Perguntei se tinha notícias, ela disse que não. Eu disse que tinha sabido algumas coisas, ela perguntou o que era, mas eu não disse, porque a família ainda tinha esperança, eles são muito religiosos. Pedi a ela que qualquer coisa ligasse, ela também pediu, e eu desliguei”.

As desculpas

Toni segue falando:

“Depois, fiquei sabendo que o meu nome estava na imprensa como envolvido. O corpo ainda não tinha sido achado e já tinha notícias com meu nome no meio. Liguei novamente para a família e quem atendeu foi o cunhado. Perguntei se ele tinha visto as notícias com meu nome. Ele disse que as amigas da Giovanna é que tinham falado com a imprensa, que a família não havia dado nenhuma informação sobre namorado. “Não foi a gente, desculpe, a gente vai rever isso”, ele falou. Essa conversa foi por volta das 11h da segunda-feira”. O corpo de Giovanna ainda não havia sido encontrado.

A conversa interrompida

A entrevista entra na questão mais delicada – a versão de Toni sobre seu próprio paradeiro no momento em que Giovanna foi vista pela última vez antes de sumir. Uma testemunha relatou à polícia que viu Giovanna entrar em um carro escuro perto do Cesmac. Segundo a testemunha, Giovanna ainda esboçou um recuo ao ver uma terceira pessoa no carro, mas acabou entrando, e depois disso sumiu.

O diálogo do repórter com Toni pelo telefone foi o seguinte:

- Onde você estava na quinta-feira, dia 2, por volta do meio-dia?

- Eu estava em Rio Largo, indo para o supermercado.

- Conte como foi a sua quinta-feira.

- Eu acordei tarde, por volta das 11 horas.

- E ao meio-dia você estava indo para o supermercado?

- É. Eu estava lá.

- Mas você tem...

(Toni interrompe o repórter.)

- Um momentinho.

Ele tapa o telefone e troca algumas palavras com seu advogado e a esposa. Depois passa o celular para o advogado Raimundo Palmeira, que daí em diante é o interlocutor do repórter. As perguntas passam a ser respondidas por Palmeira; algumas vezes ele consultará Toni ou Mirela para responder.

O repórter pergunta o que houve.

“Veja bem – diz Palmeira –, a defesa está trabalhando para apresentar o álibi do casal. Estamos checando cada lugar onde eles estiveram, para saber se há como provarmos que eles estiveram lá. Se nós dissermos agora quais foram esses locais, e se as nossas desconfianças forem verdade, podem destruir o álibi. Pode haver pessoas importantes nisso”.

“Estamos em um processo de investigação”, prossegue o advogado. “Temos medo de quem possa estar por trás disso. Se for gente poderosa, terá como destruir provas”.

“Uma bomba”

Raimundo Palmeira diz que a defesa de Toni e Mirela está fazendo “uma investigação paralela”.

“Estamos muito preocupados porque parece uma investigação direcionada para o casal. Falta muita coisa aparecer nesse caso. Se é o que eu estou pensando, nós vamos jogar uma bomba nesse caso”, diz o advogado. “Vão aparecer novos suspeitos. Tudo pode acontecer. Isso pode ter sido feito por gente simples ou por gente poderosa”.

Overdose

Segue o advogado, em tom meio misterioso: “Do jeito que está, parece que querem prender o Toni e a Mirela e pronto, acabou. Não estou vendo, por enquanto, a polícia falar em outras pistas. É preciso ter o perfil detalhado de todos os amigos, conhecidos, e dos últimos problemas que a Giovanna possa ter tido”. Ele cita que “alguns exames não foram feitos. Exames periciais em carros, por exemplo. Exames nas mãos, nas unhas do Toni e da Mirela. Vou oficiar ao Gecoc (grupo do Ministério Público que acompanha as investigações) sobre isso. Não sei se fizeram exame toxicológico na vítima. Ela pode ter sido drogada antes da morte. Já houve casos de overdose de drogas em que a vítima apareceu como se tivesse sido assassinada. Podem ter simulado enforcamento, tudo é possível”, insinua Palmeira.

“Da Bomba do Gonzaga não passou”

O repórter insiste: e Mirela, onde estava ao meio-dia da quinta-feira 2 de junho? Como foi a quinta-feira dela?

“Ela passou o dia cuidado de coisas da empresa”, responde o advogado.

- Onde?

- Não chegou sequer no Farol. Da Bomba do Gonzaga não passou. Estava cuidando de assuntos da empresa, foi a diversos órgãos.

Provavelmente o advogado quis dizer que naquela quinta-feira, quando Giovanna saiu do Cesmac e foi morta, Mirela saiu de Rio Largo e veio a Maceió, mas não chegou perto do Cesmac, no Farol, último local onde a estudante foi vista com vida. A Bomba do Gonzaga, um tradicional posto de gasolina, fica na Av. Durval de Góis Monteiro, já perto do posto da Polícia Rodoviária Federal.

Os torpedos: “foi raiva mesmo”

Ainda sobre Mirela, Raimundo Palmeira faz questão que fique registrado: a mulher de Toni não nega que enviou mensagens com ameaças para o celular de Giovanna.

“Mirela assume que fez as ameaças, mas isto foi em setembro de 2010, muito antes desse crime”, diz o advogado. Palmeira reclama de declarações que teriam aparecido na imprensa, atribuídas por ele ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares Mendes, de que Mirela teria “omitido” ser a autora dos torpedos ameaçadores.

“Mirela admite que fez aquilo em momentos de muita raiva mesmo, mas foi só isso”.

Mais garotas

Raimundo Palmeira diz que o ciúme (justificado) de Mirela se fez sentir mesmo depois dos torpedos de setembro.

“De lá para cá, ela teve esse tipo de problemas com outras garotas”.

- Pelo mesmo motivo?, indaga o repórter.

“O mesmo estilo”, responde Palmeira.

- Quantas garotas?

O advogado consulta Mirela e depois diz: “Foram umas duas vezes. Com a Giovanna é que não houve mais nada. O envolvimento deles foi quando o casal estava separado”.

- Quando foi a separação?

- Fim de setembro, começo de outubro. Ficaram mais ou menos um mês separados. Ela foi para a casa da mãe. Voltaram no fim de outubro – responde Palmeira, depois de ouvir Mirela.

A segunda separação

O casal voltou a se separar em janeiro deste ano. “Foi por outros motivos”, diz o advogado. Nesse período, diz ele, “Toni saiu umas duas vezes com Giovanna. E esteve pessoalmente com ela pela última vez no dia 25 de março”.

A segunda separação de Toni e Mirela durou mais tempo, segundo o advogado: cerca de três meses. “Reataram o casamento na Semana Santa”, diz ele, ou seja, na segunda quinzena de abril. “De lá para cá não houve mais problema entre eles”.

- Mirela esteve pessoalmente com Giovanna quantas vezes? – pergunta o repórter.

Palmeira conversa com Mirela. Depois responde:

- Ela está me dizendo que só viu Giovanna duas vezes na vida. E nas duas vezes houve problemas.

- Quando? Como?

- A primeira foi na boate Le Hotel, na Ponta Verde. Mirela e Toni estavam discutindo e a Giovanna interferiu. Mirela diz que pensou que fosse uma amiga do Toni. E as duas discutiram feio. A segunda vez foi num clube em Rio Largo. A Mirela diz que novamente Giovanna se meteu numa discussão do casal. Aí houve até uns empurrões, mas os amigos separaram as duas.

Fonte: Tudonahora

CONHECENDO UM ORGULHO DE PERNAMBUCO - IMIP

Conheça a Unidade Neonatal do IMIP em Recife,


 referência no estado por integrar bebê e família

Crianças que nascem no IMIP, prematuras, com problemas respiratórios, cardiopatias ou má formação têm acesso a um atendimento especializado na Unidade Neonatal Interna, também chamada de berçário.

O Berçário do IMIP é reconhecido pelos treinamentos realizados, sendo considerado pelo Ministério da Saúde referência em treinamento de UTI Neonatal no Norte e Nordeste.

A unidade faz parte da Rede Brasileira de Pesquisa Neonatal, realizando estudos multicêntricos. Com esses estudos é possível ter um panorama da situação neonatal em todo o país.

Mesmo internados e com a saúde fragilizada, as crianças contam com a presença irrestrita dos pais, que têm livre acesso ao local. Além disso, é disponibilizado um horário para visitas dos avós e irmãos.

Eliane Maria dos Santos espera ansiosa pelo dia que vai poder levar seu filho para casa. Victor Hugo nasceu com menos de seis meses, pesando 600 gramas.

Um mês e meio depois, ele pesa 800 gramas e se recupera bem. A mãe não sai de perto do pequeno Victor. “Estou morando no IMIP e passeando em casa”, brinca.

O espaço se preocupa com a atenção humanizada, integrando toda a família na recuperação do bebê. De acordo com a coordenadora do setor, a neonatologista Suzana Ferraz, facilitar o vinculo do bebê com a família é uma das metas de toda a equipe. “Nós também preparamos a família para receber o bebê”, completa.

O atendimento é multidisciplinar, com uma equipe formada por médicos neotatologistas, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e cirurgiões pediatras. O setor dispõe de 50 leitos, sendo 18 UTIs e 32 unidades intermediárias, com incubadoras, berços aquecidos e aparelhos para monitorar as funções vitais.

Em média, 180 recém-nascidos são internados por mês na unidade. Durante período de permanência, os pais recebem apoio e diversas orientações. Voluntários realizam atividades e reuniões com as mães, que também têm acesso a um espaço de convivência e a Casa de Apoio.