sábado, 19 de maio de 2012

As vítimas da hemodiálise


Editorial do Jornal do Commercio deste sábado (19)
Entre as nossas mais urgentes dívidas sociais, a saúde deveria ter um tratamento de UTI, com prioridade absoluta, ocupando o primeiro lugar da lista. Ela implica em sobrevivência, com qualidade. Sem uma boa assistência à saúde, a indigência da parcela da população – majoritária – dependente do poder público se manifesta como um dos mais visíveis componentes da fratura social que reduz a cinzas o ufanismo de estarmos entre as seis ou sete mais ricas nações do mundo. O que nada significa quando temos, de um lado, a parte que pode custear a qualidade de vida, de outro, a que enfrenta as mais terríveis dificuldades para ter acesso a um serviço elementar, vital, que lhe deveria ser assegurado pela força da Constituição, e é, mas com graves ressalvas.
Dentro desse cenário, uma questão se mostra dolorosa para as vítimas, os pacientes, e incômoda para o resto da população, para o Estado brasileiro e Pernambuco em particular: é o caso dos doentes renais, que precisam ter o sangue filtrado, por hemodiálise. Os depoimentos de matéria recente deste jornal comovem e são indicadores do tamanho das dificuldades por que passam as pessoas que precisam de atendimento e ainda são insuficientes para se ter ideia da dramática condição de doentes que são transportados várias vezes por semana de uma cidade para outra a fim de terem o atendimento que sua cidade de origem não tem.
Ninguém pode ter a pretensão de estimar o sofrimento dos doentes renais sujeitos a hemodiálise, mas, por aproximação, seria desejável que nossas autoridades – não apenas da área de saúde, mas de uma maneira geral, executivos, legisladores, membros do Judiciário, todos – tirassem um dia, um só dia, para viajar em um desses carros que circulam 200, 300 quilômetros para levar doentes a sessões de hemodiálise. É uma viagem de horrores, pela proximidade do sofrimento.
A isso – que deveria ser suficiente para uma revolução na maneira de pensar o problema – se acrescenta um custo social, pago por toda sociedade, sem a clareza e a razoabilidade necessárias. O procedimento de transferir pacientes através de longas estradas, em condições precárias, ocupando clínicas privadas representa um custo alto e deveria passar por um tratamento de emergência, com uma forma absolutamente nova de ser visto, independente do custo, por ser uma daquelas dívidas sociais que escandalizam a consciência nacional.
Sobretudo deve prevalecer o entendimento de que essa é uma questão que não pode ser tratada apenas como um Tratamento Fora do Domicílio (TFD), como está inscrito nos carros das prefeituras que transportam os pacientes para a hemodiálise, um transporte pago pelo governo federal. Seria o caso de se perguntar se não seria mais econômico e humanamente desejável que o custo do transporte fosse aplicado em equipamentos e treinamentos para que cada cidade tivesse seu atendimento. Uma pergunta cuja resposta nos tão óbvia que dispensa comentário. Exceto quando posta perante autoridades que realçam custos imprevistos e, por isso, serviços não realizados.

Brahma desrespeita o Sport e nordestinos em vídeo


Empresa publicou vídeo com ofensas ao Sport e preconceito regional, que repercutiu muito mal e, em seguida, foi retirado do ar
Uma das marcas mais ativas nas redes sociais quando o assunto é futebol, a cerveja Brahma marcou um gol contra que está gerando enorme repercussão negativa na comunidade de torcedores do Sport Club do Recife. Clube que tem a própria cervejaria como patrocinador.
A Brahma divulgou um vídeo, chamado "Sport sempre na aba do Mengão", em que um torcedor do Flamengo fala mal do Sport ("Timinho", "Vive na aba do Flamengo por causa de 1987", entre outras frases). O flamenguista "brameiro" também força a imitação de do sotaque nordestino, em mais uma tentativa de diminuir. Ou seja, neste vídeo, além da provocação entre torcedores, algo que não cabe a uma empresa promover, a empresa apoia o preconceito. Ou ridicularizar de um grupo de pessoas por alguma condição característica (no caso o sotaque) não é preconceito?

Rapidamente o assunto foi chamando a atenção no Twitter no Recife. O assunto virou o trending topic da cidade. Mesmo torcedores de equipes rivais ao Sport se disseram indignados pelo aspecto de preconceito regional. Outros disseram que não viram preconceito no vídeo. Prontamente, o departamento de marketing do Sport acionou representantes da empresa. O vídeo já foi retirado do ar. Não se pode mais assistir.

Outra infelicidade da Brahma, no vídeo, é respaldar a afronta que é considerar o Flamengo campeão brasileiro de 1987. A CBF e a Justiça reconhecem o título do Sport. O torcedor flamenguista brameiro -- e, por dedução, a Brahma -- não.

Gozação entre torcedores é natural no futebol. Mas entre marcas, não. Principalmente, neste caso, por serem provocações unilaterais. Se houvesse um torcedor do Sport falando mal do Flamengo, a coisa teria outro sentido. A Brahma errou em dar o microfone e visibilidade. Queima-se com milhões de consumidores locais.
Sport e Flamengo se enfrentam, neste sábado, às 18h30, no estádio da Ilha do Retiro, no Recife.
DESCULPAS
Pouco após o vídeo sair do ar, a Brahma publicou um pedido de desculpas no Facebook, em sua página BrahmaSport. Entretanto, não se desculpou no perfil BrahmaFla
Eis o pedido de desculpas:
"GALERA!

BrahmaSport pede desculpas a toda a nação Rubro-negra, não é um videozinho mequetrefe que vai nos derrubar, VAMOS CONTINUAR FORTES E GANHAR DELES HOJE!

PELO SPORT E PRINCIPALMENTE POR VOCÊS, pois só vocês fazem a gente viver e seguir em frente!"

Casos de dengue aumentam em Pernambuco


Enquanto as demais unidades da Federação registraram queda no número de notificações da doença, Pernambuco viu a estatística explodir 203% nos quatro primeiros meses deste ano
Pernambuco está perdendo a guerra para a dengue. Como outros cinco Estados, está na contramão do Brasil. Enquanto as demais unidades da Federação registraram queda no número de notificações da doença, Pernambuco viu a estatística explodir 203% nos quatro primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2011. No Recife, o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti também avançou. A quantidade de registros pulou de 1.680 para 7.790. As autoridades responsáveis por conter a doença creditam a explosão de casos ao surgimento, desde o fim do ano passado, da dengue tipo 4 no Estado, que torna vulneráveis as pessoas que já contraíram as outras três formas do vírus.
Os dados constam no balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (17) pelo ministro Alexandre Padilha. Sergipe, Alagoas, Bahia, Mato Grosso e Tocantins completam a lista dos que perderam a guerra para a dengue.
Entre os seis Estados, Pernambuco é o terceiro com mais casos da doença. A Bahia vem em segundo, com 28.154 registros, apenas 761 notificações de diferença, apesar de ter cerca de cinco milhões de habitantes a mais. O quinto mês do ano ainda nem terminou e o número de pernambucanos contaminados já chega a 35.611, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. O líder da lista é o Rio de Janeiro, abatido por uma epidemia e com 80.160 contaminados.

Secretaria confirma que helicóptero que caiu em Goiás não passou por revisão


Oito pessoas morreram na queda de um helicóptero da Polícia Civil no município de Piranhas, em Goiás (Foto: Benedito Braga/Jornal Hoje/Agência Estado)

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás confirmou que o helicóptero da Policia Civil, que caiu no último dia 8, não passou pela revisão exigida após 300 horas de voo. A informação havia sido divulgada um dia depois do acidente pela própria Secretaria.

“As cadernetas de revisão estão vazias”, disse o secretário de Segurança João Furtado Neto. “A empresa não realizou a manutenção porque foi informada, no dia 4, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que estava suspensa”.
De acordo com Furtado Neto, o helicóptero foi retirado da empresa sem que a manutenção tivesse sido sequer iniciada. Segundo o secretário, foi feita apenas uma troca de óleo na aeronave antes que fosse retirada do galpão de manutenção.
O documento que nega a realização da revisão foi expedido e assinado pela Fênix Manutenção e Recuperação de Aeronaves Ltda, empresa contratada pela Secretaria.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a empresa teve suas atividades suspensas no dia 2 de maio.
Além do helicóptero da Polícia Civil, a empresa também deveria cuidar de outras duas aeronaves do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. As duas estão paradas à espera de revisão do fabricante.
Na queda da aeronave, morreram sete policiais e Aparecido Sousa Alves, 22, acusado de degolar sete pessoas em uma fazenda em Doverlândia (GO), no último dia 28. O acidente ocorreu quando eles voltavam de uma reconstituição do crime.
O acidente aconteceu na zona rural, a 25 km do município da Piranhas, na região de Doverlândia, quando a aeronave retornava para a capital.
Não chovia no momento. Na queda, o helicóptero modelo AW 119 Koala explodiu e caiu na fazenda Afonso Junqueira, no bairro Indaiá, por volta das 15h40. Segundo relato de peões da região, a aeronave teria rodopiado. Logo após a queda, houve a explosão.
Fonte: UOL, com informações da Agência Estado

Prefeito de Glória do Goitá reclama de falta de atenção


Folha de Pernambuco
O auxílio do Governo aos municípios atingidos pela seca tem gerado insatisfação entre alguns gestores do Estado. A queixa se refere à falta de atenção aos municípios localizados na Zona da Mata pernambucana, que também estão sendo afetados pela estiagem. O prefeito de Glória do Goitá, Djalma Paes (PSB), externou preocupação com o estado do município, na fronteira Zona da Mata com o Agreste. O chefe do Executivo se queixou que pela sua localização o Governo não considera que o município esteja em estado de emergência.
O prefeito relatou que o município disponibiliza normalmente oito carros-pipa para abastecer as necessidades do município, mas que atualmente a demanda tem crescido de forma considerável. O resultado é que o orçamento da prefeitura fica sobrecarregado com as despesas. O gestor ainda questionou o atraso no repasse de verbas do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).
“Com o IPA, as empresas só recebem com mais de três meses de atraso e ficamos com dificuldades para contratar o serviço. Os empresários acabam não querendo prestar o serviço por conta da demora”, relatou. Além dos custos com o abastecimento de água, o município ainda assumiu uma série de despesas extras com a perfuração de poços.
Ontem, o governador Eduardo Campos (PSB) visitou seis cidades do Estado para inaugurar obras hídricas visando combater os efeitos da seca. Foram contemplados os municípios de Itaíba, Sertânia, Santa Terezinha, São José do Egito, Itapetim e Brejinho. Contudo, a Zona da Mata não foi incluída no roteiro do socialista.

Xuxa diz que foi pedida em casamento por Michael Jackson


Xuxa Meneghel (Foto: Clayton Militão / PhotoRioNews)

A apresentadora Xuxa Meneghel (49) irá surpreender os fãs durante a sua participação no quadro O Que Vi da Vidano Fantástico, Globo. Em seu depoimento, ela chegou a revelar que foi pedida em casamento pelo astro pop Michael Jackson (1958-2009). “Ele gostaria de ter filhos, casar”, contou ela. Além disso, a artista relembra o seu amor pelo piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna (1960-1994). “Eu vivi um grande amor na minha vida, que foi rápido”.

Defensora dos direitos das crianças, Xuxa ainda revela o motivo de estar sempre envolvida com essas causas. “Eu abracei essas causas todas porque eu vivi isso. Eu sei o que é que uma criança sente. A gente sente vergonha, a gente não quer falar sobre isso”, comentou.
A apresentadora também afirma a sua infância no subúrbio e a carreira de modelo. “Eu tenho orgulho de dizer que sou suburbana, sabe? (…) Eu com 16, 17 anos já sustentava minha família”.
A entrevista com Xuxa irá ao ar neste domingo, 20.
Fonte: Caras

`Ponte reciclável´ vira atração turística temporária em açude de Campina Grande (PB)


Visitantes atravessam ponte construída com 8.000 garrafas PET em Campina Grande (PB) (Foto: Divulgação)

Uma ponte de 147 metros de extensão e construída quase inteiramente com garrafas PET (de plástico) mudou o cenário do Açude Velho, um dos principais cartões postais de Campina Grande (132 km de João Pessoa). Para construí-la foram necessárias 8.000 garrafas PET, arrecadadas por alunos de escolas públicas, por uma empresa de reciclagem de lixo e por catadores de lixo. O projeto foi uma iniciativa do Coletivo Mídias, grupo que realiza intervenções artísticas em espaços urbanos com o objetivo de resgatar a história local. Nesse caso, chamar a atenção da população para a necessidade de revitalização do Açude Velho.

Desde que foi inaugurada, no último dia 13, cerca de 300 pessoas atravessaram por ela diariamente, com supervisão do Corpo de Bombeiros. Ali não é permitida a passagem de crianças. Antes de ser aberta à visitação, a obra foi inspecionada pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura da Paraíba (Crea-PB).
Turistas e estudantes de várias escolas de Campina Grande já visitaram a ponte. No local, puderam conhecer um pouco da história do fundador da Casa de Caridade Jesus do Horto, Roldão Mangueira, líder religioso que acreditava no fim do mundo no dia 13 de maio de 1979. Integrantes do Coletivo Mídias fazem palestras e distribuem livrinhos de literatura de cordel contando a história de Roldão.
“Além de despertar a atenção para a importância da preservação, o projeto também tem o intuito de prestar uma homenagem a Roldão Mangueira e explicar ao povo de Campina um pouco de sua história”, afirmou o diretor teatral Nivaldo Rodrigues Filho, que participou ativamente do projeto junto com o artista plástico Jarrier Alves. Quem visita o Açude Velho é convidado a colaborar com o abaixo-assinado que pede a revitalização de suas águas, extremamente poluídas. O documento será entregue ao prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB).
A ponte será fechada neste domingo (20) e depois desmontada, mas o material empregado em sua construção não será descartado. “É importante lembrar que o projeto não termina nesse domingo”, disse Rodrigues. Todo o material será reutilizado. As garrafas PET, por exemplo, serão doadas aos catadores de material reciclável. “A intervenção tem forte apelo social, é uma proposta de vivência que queremos levar ao máximo de pessoas”, afirmou.
O Açude Velho recebe esgotos vindos de vários bairros de Campina Grande, e sua última limpeza, segundo os organizadores, foi realizada há mais de 40 anos. O projeto foi idealizado em 2007 e aprovado um ano depois. A concretização veio com o recebimento de R$ 40 mil, no ano passado, do Fundo de Incentivo à Cultura, do governo estadual.
A construção da ponte
Durante dois meses, sete pessoas trabalharam quase que initerruptamente na pré-montagem das peças em um atelier de Campina Grande. O artista plástico Jarrier Alves disse que a equipe não tinha horário para trabalhar. “Nesse período a dedicação foi total ao projeto. Trabalhamos nos finais de semana, feriado, madrugada, mas valeu a pena o esforço e o cansaço”, afirmou.
No atelier, atenção não faltou aos artistas, afinal, não se tratava de qualquer obra de arte. Após serem amarradas com fitas adesivas, as garrafas foram colocadas na estrutura feita de madeira e alumínio. Quando as peças enfim ficaram prontas, a equipe passou mais dois dias trabalhando na montagem da ponte sob as águas. “Essa foi a fase mais delicada do projeto, mas contamos com a inspeção do Corpo de Bombeiros e do Crea e, ao final, tudo deu certo”, comemorou.
Fonte: UOL

Secretário de Agricultura de Canhotinho é preso por porte ilegal de arma

O secretário de Agricultura de Canhotinho - no Agreste do Estado -, Flávio Ricardo Ferreira Barbosa, foi preso por porte ilegal de arma. A detenção ocorreu após a Polícia Militar receber uma denúncia anônima, na manhã de sexta-feira (18). Segundo a polícia, além do revólver calibre 38, Flávio estava em um carro Palio Weekend, placa KKB-9907,  com documentos irregulares.

Apesar de a prisão ter sido em Canhotinho, o acusado a autuação ocorreu na Delegacia de Garanhuns. De acordo com informações não oficiais, o prefeito de Canhotinho, Álvaro Porto (DEM), pressionou para que o secretário não fosse preso em flagrante, por isso houve a transferência do caso para Garanhuns. Entretanto, outras fontes justificam que não havia delegado de plantão na Delegacia de Canhotinho. Flávio foi liberado após pagar fiança.