segunda-feira, 21 de maio de 2012

São João Campina Grande 2012 Programação Oficial


A Prefeitura de Campina Grande divulgou a Programação Completa do São João 2012. Atrações  como Dominguinhos, Liv Moraes, Jorge de Altinho, os Nonatos, Geraldinho Lins e Nando Cordel estão na lista.

Confira a programação completa:

DIA                          ATRAÇÕES

01/06
Sexta

APRESENTAÇÃO ESPECIAL DE GRUPOS FOLCLÓRICOS DE CAMPINA GRANDE
FLÁVIO JOSÉ
JAIRO MADRUGA
CAPILÉ
OS 3 DO NORDESTE       



02/06
Sábado
FORRÓ FEST – REDE PARAÍBA
CAVALO DE PAU
FORRÓ 3 DESEJOS



03/06
Domingo

CIA. DE PROJEÇÕES FOLCLÓRICAS ORIGINIS
DOMINGUINHOS
LIV MORAIS
GAROTA SAFADA


04/06
Segunda
TRIOS DE FORRÓ NAS ILHAS E NA PIRÂMIDE



05/06
Terça
TRIOS DE FORRÓ NAS ILHAS E NA PIRÂMIDE



06/06
Quarta
Véspera do Feriado
FORRÓ DA CURTIÇÃO
FORRÓ 3X4
OS MEIRINHOS


07/06
Quinta-FERIADO
ARREIO DE OURO
BRASAS DO FORRÓ
FORRÓ DA PEGAÇÃO



08/06
Sexta
GRUPO DE DANÇA CAETÉS
ADELMÁRIO COELHO
MEXE VILLE
FORRÓ DA MANHA




FESTA DE ANIVERSÁRIO DA RÁDIO
CORREIO FM

09/06
Sábado
AMAZAN – FORRÓ DA XÊTA – LUAN E FORRÓ ESTILIZADO - CORONÉ GRILO



10/06
Domingo


GRUPO DE CULTURA NATIVA TROPEIROS DA BORBOREMA
TON OLIVEIRA
DORGIVAL DANTAS
FORROZÃO DEIXE DE BRINCADEIRA


11/06
Segunda
JOTA GOMES
FORROZÃO DOCE ENCANTO


12/06
Terça
GRUPO DE PROJEÇÕES FOLCLÓRICAS RAÍZES
CHEIRO DE MENINA & VICENTE NERI
AMIGOS SERTANEJOS

ALEXANDRE TAN


13/06
Quarta
KARKARÁ
AS BASTIANAS
FORRÓ MORAL



14/06
Quinta
JORGE DE ALTINHO
FOGO DE MENINA
MAGNATAS DO FORRÓ



15/06
Sexta
GRUPO ACAUÃ DA SERRA
PINTO DO ACORDEON
RENATA ARRUDA

FLOR DA PELE



16/06
Sábado
GRUPO FOLCLÓRICO CIA. LIVRE
ANTONIO BARROS E CECÉU
NANDO CORDEL
FORRÓ DA KANXA


17/06
Domingo
MULHER CHORONA
POETA FRANCINALDO
JURANDY DA FEIRA E BANDA


18/06
Segunda
MISTURA QUENTE
BICHO BOM
EDGLEY MIGUEL
19/06
Terça
GRUPO DE PROJEÇÕES FOLCLÓRICAS RAÍZES
CALYPSO

FELIPE WARLEY

JEITO NORDESTINO


20/06
Quarta
PAULINHA ABELHA E MARLUS
FORRÓ PIKOTADO

JOÃO GONÇALVES



21/06
Quinta
CIA. FOLCLÓRICA ORIGINIS
FORRÓ BACANA
SACANEAR VERSAILLES
CORONÉ GRILO



22/06
Sexta
GRUPO DE CULTURA NATIVA TROPEIROS DA BORBOREMA
OS NONATOS
LUIZINHO CALIXTO
FORRÓ CAÇUÁ



23/06
Sábado
CIA. FOLCLÓRICA ORIGINIS
ELBA RAMALHO
GERALDINHO LINS

TONY DUMOND



24/06
Domingo
GRUPO DE DANÇA CAETÉS
OSWALDINHO
LÉO MAGALHÃES
ADROANO JOSÉ


25/06
Segunda
FORRÓ MALICIAR
AFRODITE
DIDA PACHEQUINHO




26/06
Terça
GRUPO DE TRADIÇÕES POPULARES ACAUÃ DA SERRA
ASSUM PRETO
FORROZÃO VIP
FORRÓ DO LITORAL



27/06
Quarta
CIA. FOLCLÓRICA ORIGINIS
ZÉ RAMALHO
FERRO NA BONECA
ZÉ CALIXTO
LUAN E FORRÓ ESTILIZADO

28/06
Quinta
GRUPO DE PROJEÇÕES FOLCLÓRICAS RAÍZES
ALCYMAR MONTEIRO
MAGNÍFICOS
ASSISÃO

 



29/06
Sexta
GRUPO ACAUÃ DA SERRA
WALDONYS
GENIVAL LACERDA & JOÃO LACERDA
CICINHO LIMA



30/06
Sábado
GRUPO FOLCLÓRICO CIA. LIVRE
LOURO SANTOS
INAUDETE AMORIM
FORRÓ DAS MINA



01/06
Domingo
GRUPO DE CULTURA NATIVA TROPEIROS DA BORBOREMA
SANTANNA
AMAZAN
BONDE DO BRASIL
PAULINHO PAULEIRA




Amannda Oliveira

Acesso à internet banda larga quase dobrou desde o início de 2011, diz Dilma


Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (21) que o acesso à internet banda larga no país quase dobrou desde o início do ano passado, totalizando mais de 72 milhões de ligações. Segundo ela, cerca de 6 milhões de famílias que não tinham acesso à internet em casa passaram a contar com o serviço por meio do Plano Nacional de Banda Larga.
De acordo com Dilma, 95% das escolas públicas de ensino fundamental no Brasil já contam com conexão de internet banda larga, atingindo um total de 32 milhões de estudantes e 1,5 milhão de professores. Para a presidenta, levar o serviço para dentro das escolas de rede pública é garantir igualdade de condições de desenvolvimento e de aprendizado.
Sobre o acesso à internet banda larga nas universidades, hospitais universitários e escolas técnicas, a previsão do governo é que a Rede Nacional de Educação e Pesquisa permita a inclusão de 735 campi brasileiros até 2014. O Brasil já é o terceiro maior mercado de computadores do mundo, o que significa que mais pessoas estão buscando entrar no mundo do conhecimento e da informação por meio da internet.

Picada de escorpião mata garota no Município de Barreiros


JC Online
Uma menina de 9 anos, do município de Barreiros, Zona da Mata Sul de Pernambuco, morreu depois de ter sido picada por um escorpião perto da casa onde morava. O acidente aconteceu às 16h de sábado e Estermina Verçoza de Lira faleceu às 7h20 do domingo (20) no Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife.
De acordo com Marcos de Oliveira, amigo da família de Estermina, a garota estava brincando com outras crianças quando sentiu a picada. Os parentes socorreram a menina, capturaram o animal, e a levaram até o posto de saúde do distrito de Santo André, em Barreiros. Antes de chegar ao HR, às 23h, ela teria passado por um hospital em Tamandaré (Litoral Sul) e pelo Hospital Regional de Palmares (Mata Sul).
Marcos de Oliveira disse que, no caminho até o Recife, a criança sofreu duas paradas cardíacas. A mãe da menina passou mal quando soube da morte da filha e foi medicada no HR. Estermina era a caçula de quatro irmãos e morava no Engenho Campo Verde, área rural de Barreiros.
No mês passado, o veneno de um escorpião matou o garoto José Eraldo Alves de Andrade Júnior, 2 anos, que vivia no bairro de Aguazinha, em Olinda, município do Grande Recife. Ele foi picado quando brincava no chão de casa. Familiares do bebê Wagner Rian de Paula, 5 meses, enterrado quarta-feira passada, creem que o menino pode ter sido vítima de um escorpião em Cidade Tabajara, Olinda, onde morava.

Confira a reportagem com Xuxa em detalhes de sua vida



Xuxa, a Rainha dos Baixinhos, todo mundo sabe quem é. Mas agora você vai conhecer Maria da Graça Meneghel. É um depoimento corajoso, revelador, emocionante.

Eu tenho orgulho de dizer que eu sou suburbana, mas até do que ser do interior, eu sou do subúrbio. Quando eu me lembro de Bento Ribeiro , me vem o trem, me vem eu tomando banho de sol na laje. São coisas que não saem da minha cabeça, eu adoro!
Dos cinco irmãos, a minha irmã Sola era um pouco distante de mim, a Mara era muito mandona, o Cira quase não falava comigo. Blad que cuidava de mim o tempo todo.
Eu tenho essas coisas: mãe muito presente, pai não presente. A mãe dando muito carinho. A gente recebia beijo do pai só no Natal e Ano Novo. E o meu pai, que era uma pessoa militar, distante, a gente tinha que chamar de Seu Meneghel. A gente nunca falava ‘pai’, era sempre ‘o senhor quer isso, o senhor quer aquilo’. Faltava quase bater continência para ele.
O começo
Uma das apresentadoras de TV mais queridas do Brasil. Uma gaúcha de origem simples, filha de militar, que há mais de 30 anos saiu do subúrbio para o estrelato. Foi modelo e depois virou atriz e cantora. Ficou famosa graças ao seu jeito todo especial de lidar com as crianças. Xuxa, a Rainha dos Baixinhos, todo mundo sabe quem é. Mas agora você vai conhecer Maria da Graça Meneghel. É um depoimento corajoso. Revelador. Emocionante. Aos 49 anos, Xuxa se sente pronta para contar o que viu da vida.
Quando estava voltando da ginástica olímpica, um garoto estava sentado do meu lado no trem, ele estava com bastante revista, e eu fiquei olhando. Chegou uma hora e eu falei: ‘Posso olhar uma?’. E minha irmã me olhou com uma cara do tipo: ‘Você vai puxar assunto com um cara que tu nem conhece no trem?’. E aí eu pedi desculpa, mas o cara me mostrou um monte de revista. E eu fiquei lá olhando as revistas, adorei. E aí ele chegou e falou: ‘Você gostaria de ser modelo?’. Eu tinha 15 anos. Eu falei: ‘Não. Não sou bonita. Não sou fotogênica’. Eu desci em Bento Ribeiro e ele me seguiu. Aí fui até em casa e depois de um tempo ele bateu na porta. Ele mostrou a identidade e disse: ‘Eu trabalho na editora Bloch, mas eu trabalho no arquivo, arquivando revista. ‘Você não tem nenhuma foto que você possa me dar?’. Eu chamei minha mãe e ela disse: ‘Não, ela não quer isso’. E eu falei: ‘Ah, mãe, eu não quero porque todo mundo acha que eu sou feia, mas eu acho que eu quero’. Aí ela perguntou: ‘Você quer?’. Eu sempre gostei de aparecer.
Quando eu comecei a fotografar com 16 anos, foi uma coisa estrondosa. As pessoas começaram a me chamar demais para fazer fotografia. Então com 16, 17 anos eu já sustentava a minha família.
Uma vez, também falar de um trabalho que eu estava fazendo, veio o Maurício Sherman, olhou pra mim e falou: ‘Quer trabalhar em televisão?’. Eu falei: ‘Caraca, como assim trabalhar em televisão?’. ‘Você tem uma coisa de Peter Pan, você tem uma coisa da Marilyn Monroe, tem o sorriso da Doris Day. Eu acho que criança vai gostar’. Eu falei: ‘Mas tem certeza?’.
Os amores
Nunca fui muito namoradeira. Me arrependo hoje. Acho que eu deveria ter aproveitado mais. Mas eu chamava atenção mais de homens, dos maiores. E isso me deu muito problema.
Eu tinha 17, fui fazer a capa de uma revista e era ‘Minha liberdade vale ouro’. E ele mandou chamar uma morena, uma loira, uma negra e uma ruiva. Todas vestidas de dourado. A morena era a Luiza (Brunet), a loira era eu. Só que na foto ele (Pelé) virou um pouco mais pra mim, então ele saiu com a mão mais me tocando. E as pessoas queriam saber quem era essa pessoa que ele saiu mais virado. E começaram a falar que a gente estava namorando, e eu não estava namorando ele.
Ele tinha convidado todo mundo para sair depois dessa foto. Na realidade ele gostou foi da Luiza. Mas a Luiza era casada. Aí ele começou a conversa comigo, ligava bastante, queria falar com a minha mãe, mandava flores para minha mãe. E as pessoas começaram a falar cada vez mais. E um dia ele me deu um beijo. Me deu um frio na barriga, aí eu achei que estava gostando dele. E ele foi uma pessoa muito importante pra mim, eu gostei muito dele. Aprendi muita coisa boa, muita coisa ruim. Eu fiquei seis anos com ele. Ouvia muita gente falar que era porque ele era conhecido, ser famoso. Esse foi um dos motivos que eu quis me separar dele logo no início quando eu vi que estava gostando de verdade dele. Pena que eu era muito nova e ele muito conhecido e bem mais velho e não deu valor a isso.
Um dia eu olhei uma revista e estava o Senna numa fazenda. E eu
pensei: ‘Olha só, um cara que gosta de bicho que nem eu, um cara com grana que não vai querer minha grana, um cara conhecido que não vai querer se aproveitar de mim, mas já tem namorada’.
E aí demorou uma semana, dez dias, ele ligou para a Globo, para tudo que era lugar, para me procurar. Atendi o telefone e ele disse: ‘Eu quero te conhecer’. E eu não podia falar: ‘Não, não quero’, porque eu tinha falado há pouco tempo, para todo mundo ouvir, que eu queria conhecer o cara. Aí eu falei: ‘Mas eu tenho um show para fazer’. E ele disse: ‘Mas eu vou mandar o meu aviãozinho te buscar’. E eu disse: ‘Eu não ando de aviãozinho porque eu passo mal’. E ele disse: ‘Não fica chateada não, mas eu tenho um avião um pouquinho maior’.
A gente se olhou, em vez de se cumprimentar a gente se tocou. A gente em vez de se beijar, a gente meio que se cheirava. Ele tinha um astral muito diferente. A gente ficou conversando horas e ele falou pra mim: ‘O que você vai fazer amanhã?’. E eu disse: ‘Vou ver minha avó’. Aí ele falou: ‘Vou conhecer a sua avó então’. Ele era muito rápido nessas coisas, mas a gente ficou se falando por uns 15 dias. Falando mesmo, não teve beijo, não teve nada, se conhecendo. Até achei esquisito: ‘Gente, será que ele não está interessado?’ Porque eu já estava muito interessada.
Mas quando a gente ficou junto, a gente não se largou, foi um negócio muito doido. Era como se tivesse uma coisa que encaixa de uma maneira tal. Ele gostava das coisas que eu gostava, das mesmas cores, não gostava das frutas que eu também não gostava. Eu sempre gostei de correr e eles sempre gostou de criança. Então se eu fosse homem eu queria ser corredor e ele dizia que se ele fosse mulher ele gostaria de ter a profissão que eu tinha. Então parecia que a gente se completava de uma maneira. Eu estava trabalhando muito e ele trabalhando muito também. Aí eu me separei dele, a gente se separou. A única pessoa que eu pensei realmente em me casar foi com ele. E eu achei que iria reencontrá-lo e que a gente ia ficar junto.
Ele morreu num domingo. No sábado, eu falei assim: ‘Onde é que ele vai correr?, por que eu vou atrás dele’. Aí todo mundo: ‘Mas ele tá namorando’. Eu disse: ‘Eu sei, mas eu vou atrás dele, vou olhar pra ele e vou ver se eu sinto tudo isso que eu acho que eu sinto e se ele ainda sente alguma coisa por mim e a gente vai ficar junto’. Aí no domingo ele foi embora. Tem muita gente que passa nessa vida sem conhecer uma pessoa que se encaixa desse jeito. Se existe a palavra alma gêmea, a minha alma gêmea estava ali na minha frente. Ele tinha tudo que eu queria, até eu desconfiava. ‘Não pode ser, esse cara deve ter lido o que eu gosto de alguém assim’, porque ele fazia tudo que eu queria, ele tinha o cheiro que eu queria. Não pode ter tudo numa pessoa só. Tem que ter defeito, e eu não conseguia. A gente ficou dois anos juntos, um ano e oito meses. Depois a gente se separou e ficou mais dois anos se vendo quase sempre. Um dia a gente vai se encontrar de novo.
O preço da fama
Eu não tinha liberdade nenhuma, eu não tive privacidade nenhuma por um bom tempo. Antes de eu entrar em qualquer lugar as pessoas tinham que entrar na frente pra ver se tinha gente embaixo da cama, dentro dos armários e muitas vezes encontravam gente no armário, gente embaixo da cama. Até hoje eu acho que o preço mais alto é isso. Eu não tenho liberdade pra fazer as coisas que eu gostaria de fazer às vezes. Eu não me privo de ir a um shopping, eu não me privo de fazer compras, mas é meio que quase um evento. Às vezes eu atrapalho as pessoas, às vezes as pessoas nas lojas se sentem mal porque muita gente começa a querer entrar, quebrar, arrebentar. Então eu me sinto muito mal com tudo isso. Se eu vou num lugar público, eu acabo atrapalhando, seja o que for. Uma vez o Mickey veio falar comigo, falou que me amava, escreveu, porque eles não podem falar. E foi correndo chamar a Minnie. E minha filha do lado: ‘Pô, mãe, até o Mickey e a Minnie’. ‘Pô, Sasha, desculpa’.
Esse é o preço que eu pago. As pessoas que têm a liberdade de ir e vir e fazer as coisas que eu não posso fazer, não podem viver o que eu vivo, não podem ter o que eu tenho. Então eu aprendi que isso é o preço. Alto, mas eu tenho muita coisa. Porque eu estou exposta a isso, eu vivo isso. Não só aceito, como gosto, como quero. O dia que eu sair e uma criança não olhar pra mim, não quiser falar comigo, eu vou dizer: ‘Opa, tem alguma coisa errada’.
A assessoria do Michael Jackson estava querendo que ele casasse, tivesse filhos. E eles estavam buscando uma pessoa. Nessa época eu estava trabalhando na Espanha. Fui chamada para o show dele. E eu, obviamente como fã dele, era louca por ele, falei: ‘Eu vou ver!’. Tirei foto com ele, essas coisas todas. Ele estava chupando pirulito, eu peguei o pirulito que ele estava chupando e levei que nem fã.
Mas logo depois me chamaram pra ir pra Neverland, as pessoas queriam que eu falasse com ele. Ele sabia tudo da minha vida, ele leu tudo sobre mim. Cheguei lá, fui jantar com ele, a gente viu filme juntos, essas coisas todas.
E depois veio uma proposta do empresário dele: se eu não pensava em de repente ficar com ele. Eu falei: ‘Como assim?’. É porque ele gostaria de ter filhos, casar. E eles achavam muito legal ter essa junção. Uma pessoa que trabalha com criança na América do Sul e ele que gosta de criança. Ele me mostrou só as coisas de criança. Todos os clipes dele. Chorei, obviamente que eu ia chorar. Do lado do Michael Jackson, sentada no cinema, na casa dele. Como eu não ia chorar. Chorei, me debulhei. Ele pegava na minha mão, e quanto mais ele pegava na minha mão mais eu chorava. Pra mim é um ídolo, mas de ídolo pra outra coisa era muito diferente. Então não rolou. Minha resposta, obviamente, foi não. Eu fico com a pessoa que eu me apaixono.
A mulher
A coisa mais difícil é o cara me aceitar do jeito que eu sou. Eu sou complicada pra caraca. Eu sou muito independente, eu gosto de fechar a porta do meu carro, gosto de dirigir, não gosto que ninguém pague as minhas contas, eu gosto de liberdade, já que eu tenho tão pouco.
Não abro mão de ficar perto da minha filha por homem nenhum. Meu trabalho está na frente porque também é uma coisa que eu preciso pra poder ajudar todo mundo. Minha fundação depende de mim, minha família depende de mim, minha filha. E eu preciso disso pra me sentir viva, me sentir melhor. Aí eu vou deixando porque talvez um dia esse homem vá aparecer na minha frente, bater na minha porta, como já aconteceu e rolar. E não rola assim. Não existe isso. Não vai ter essa segunda vez. Esse alguém batendo na minha porta e dizendo: ‘Eu sou tudo isso que você quer, estou aqui para você’. Então eu não estou procurando.
Mas às vezes, posso te dizer na boa, corre sangue aqui dentro e hormônio. Isso que é o pior. Esses hormônios é que matam a gente. Eu estava crente que quando eu chegasse aos 50 ia chegar calminha. Que nada! Aí se você me perguntar, eu vou dizer: ‘Faz falta, faz muita falta’. Em quatro paredes, eu dependo muito do cara. Mas até chegar em quatro paredes é que a coisa complica. Quando chega nas quatro paredes, eu e ele, ele e eu, aí eu não penso em mais nada. Não penso em trabalho, não penso em nada, não penso em ninguém. Aí as poucas pessoas que me conhecem dizem assim: ‘Nossa, mas eu não achava que você era assim!’ Por quê? Como eu ia ser? Queria muito saber o que passa na cabeça das pessoas.
O tempo, pra gente que trabalha em televisão, é um pouco cruel. Porque
eu canso de falar isso: ‘Nossa como aquela mulher era bonita e ela agora está horrível’. E o tempo faz com a gente, as coisas caem, vão embora, descem. Eu já falei: às vezes dá vontade de dar uma puxadinha, fazer igual minha chuquinha, puxar tudinho, cortar e costurar, mas não dá pra fazer isso. E eu entendo que as pessoas ficam afoitas porque a televisão agora mostra os poros, mostra os detalhes todos. Então as pessoas querem puxar aqui, puxar ali. Fica todo mundo com a mesma cara. Fica todo mundo igual. E eu não quero ter essa cara de tamanco. Então eu vou ficar velhinha e todo mundo vai dizer: ‘Nossa, como ela era e agora olha como ela ficou’.
A luta
Quando me chamaram pra fazer a campanha do ‘Não bata, eduque”, que seria tentar mudar a cabeça das pessoas. E descobri que as crianças que estão na rua, 80% das pessoas que estão nas ruas se prostituindo – a palavra nem seria essa, porque elas não sabem o que estão fazendo-, roubando, se drogando, sofreram algum tipo de abuso dentro de casa. Algum tipo de violência dentro de casa que fez com que ela saísse.
E quando as pessoas começam a me falar sobre as histórias dessas crianças, que muitas vezes isso acontece dentro de casa, ou com o pai, ou com a mãe, ou com o tio ou com o melhor amigo do pai, ou padrasto. Ou
seja: alguém muito conhecido dentro de casa que acabou abusando sexualmente dessa criança e ela resolve sair de casa. Mas para ela poder comer ela acaba fazendo isso nas ruas.
Isso me dá um embrulho no estômago porque eu consigo não só me colocar no lugar delas, como eu abracei essas causas todas porque eu vivi isso. Na minha infância até a minha adolescência, até os meus 13 anos de idade foi a última vez.
Pelo fato de eu ser muito grande, chamar a atenção, eu fui abusada, então eu sei o que é. Eu sei o que uma criança sente. A gente sente vergonha, a gente não quer falar sobre isso. A gente acha que a gente é culpada. Eu sempre achei que eu estava fazendo alguma coisa: ou era minha roupa ou era o que eu fazia que chamava a atenção, porque não foi uma pessoa, foram algumas pessoas que fizeram isso. E em situações diferentes, em momentos diferentes da minha vida. Então ao invés de eu falar para as pessoas, eu tinha vergonha, me calava, me sentia mal, me sentia suja, me sentia errada. E se eu não tivesse uma mãe, se eu não tivesse o amor da minha mãe, eu teria ido embora, porque o medo de você ter aquelas sensações de novo, passar por tudo isso, é muito grande. Só que eu não falei pra minha mãe, eu não tinha essa coragem de falar com ela. E a maioria das crianças, dos adolescentes passa por isso.
Eu não me lembro direito porque eu era muito nova, eu me lembro do cheiro. Tinha cheiro de álcool, tinha cheiro de alguma coisa e eu não sei quem foi. E depois aconteceram muitas vezes. Parou aos 13 anos, quando eu consegui fugir. Agora tem essas coisas que pra mim doem, me machucam, me dá vontade de vomitar. Quando eu lembro que tudo isso aconteceu e eu não pude fazer nada porque eu não sabia, eu não tinha experiência. O que uma criança pode fazer? Eu tinha medo de falar pro meu pai e meu pai achar que era eu que estava fazendo isso. Porque uma das vezes que aconteceu foi com o melhor amigo dele, que queria ser meu padrinho. Eu não podia falar pra minha mãe, porque uma das vezes também foi com um cara que ia casar com a minha avó, mãe dela. Então, a errada era eu. Eu não tinha experiência, não sabia o que era. Professores. Um professor chegou pra mim e disse: ‘Não adianta você falar porque entre a palavra de um professor e de um aluno eles vão acreditar no professor, não no aluno. E até hoje, se você me perguntar por que aconteceu comigo, eu ainda acho que foi por minha culpa. E a gente não pode pensar assim. Porque a criança não tem culpa, a criança não sabe. O cara, o adulto, o homem, a mulher, a pessoa que faz isso com uma criança sabe, mas a criança não.
Talvez eles deveriam ter notado que quando eu não estava falando muito, eu que sou de falar demais, é porque estava acontecendo alguma coisa comigo. Mas na inocência da minha mãe, que casou tão nova e com cinco filhos, ela não reparou que eu que falava muito, em alguns momentos eu me calava. Por que você acha que eu não consigo casar e ficar muito tempo com uma pessoa? Deve ter uma explicação. Quem sabe não deve ser tudo isso que eu vivi? O fato de eu me achar horrível, me achar feia, e as pessoas falarem: ‘Não, é bonita’. E eu falar: ‘Não, não sou’. Deve ter a ferida ali.
Eu nunca falei pra ninguém porque eu achava que as pessoas vão me olhar diferente. Ou talvez não vão entender. Ou vão entender da maneira delas. Mas eu só queria dizer que eu não entendo muitas vezes porque aconteceu comigo. E porque eu não falei. E por que eu não soube dizer não, eu não sei. Talvez eu tivesse que passar por tudo isso pra hoje eu chegar e dizer: ‘Eu quero lutar por elas’. Eu tenho um sonho de um dia nenhuma criança sofrer nada porque criança é um anjo. Aquele cheiro, que eu gosto de cheirar o pescoço, que tem…
O que eu vi da vida
Eu vi o que poucas pessoas puderam ver. Eu senti o que poucas pessoas puderam sentir. Eu vivi o que pouquíssimas pessoas puderam viver. Eu vi o amor verdadeiro através da minha mãe. Eu vi o amor verdadeiro através das crianças. Eu acho que poucas pessoas viram ou viveram isso. E eu vivi um grande amor na minha vida que foi rápido. Porque tudo pra ele era muito rápido, e que poucas pessoas puderam viver e sentir, tão rápido e tão forte. E as outras coisas que eu vi que eu não gostei, parece que eu vi um filme, parece que eu não vivi. Então eu deixo só as coisas boas.

G1

Armando: "Racha do PT sacramenta nome alternativo"

Falando há pouco ao blog sobre o resultado da prévia do PT no Recife, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) afirmou que, mesmo com a vitória de João da Costa, o PT vai continuar inviabilizado para as eleições no Recife. 'O que estamos assistindo é um episódio lamentável, um racha irreversível no PT. Com isso, entendemos que a tese de uma candidatura alternativa da Frente Popular ganhe mais chances de prosperar', assinalou. Armando reune o bloco alternativo amanhã para fazer uma avaliação do quadro pós-prévia do PT.