quarta-feira, 15 de julho de 2015

Com falta de chuvas, cidades do Agreste só têm água para 15 dias





Rádio Jornal

A falta de chuvas na bacia do Rio Capibaribe, que leva água até a barragem de Jucazinho, em Surubim, no Agreste do Estado, agrava a situação do abastecimento de 16 municípios da região. Hoje, a água da barragem não chega nem em Gravatá. Especialistas estimam que a água que resta só conseguiria abastecer as cidades pelos próximos 15 dias.

Diante da situação, a Companhia de Saneamento de Pernambuco (Compesa) marcou uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (15), onde a situação do abastecimento deve ser avaliada e uma nova estratégia para minimizar os efeitos da crise hídrica deve ser anunciada junto com ações planejadas para a região, como a divulgação de um novo calendário de abastecimento. Esta é a pior seca dos últimos 50 anos na região, agora, Jucazinho, que tem capacidade de operar com 327 milhões de m³ está operando com 4% do volume total, faltando apenas 1% para entrar no volume morto.

Câmara rejeita proposta para manter reeleição para presidente da República

Por 410 votos a 2, os deputados rejeitaram a proposta para manter a reeleição de presidente

 Agência Estado

O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou na tarde desta quarta-feira, 15, uma proposta do DEM para manter a reeleição para presidente da República na proposta de emenda constitucional (PEC) da Reforma Política. Os deputados já aprovaram em dois turnos a proibição da reeleição para chefes do Executivo - presidente, governador e prefeito.

Por 410 votos a 2, os deputados rejeitaram a proposta para manter a reeleição de presidente e, portanto, a proposta que será encaminhada para o Senado prevê a proibição de um novo mandato consecutivo para todos os cargos do Executivo.

Senado aprova projeto que autoriza criação de mais de 200 municípios

GABRIELA GUERREIRO
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

O Senado aprovou nesta quarta-feira (15) projeto que abre caminho para a criação de pelo menos mais 200 novos municípios no país. A proposta estabelece regras mais rígidas para que as cidades sejam criadas, mas estimula fusões e incorporações ao permitir que aquelas que se aglutinarem recebam o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) até 12 anos depois de serem criadas.

O projeto segue para votação na Câmara dos Deputados. É a terceira vez que o Congresso tenta emplacar o projeto, vetado por duas vezes pela presidente Dilma Rousseff –em 2013 e 2014. A versão aprovada nesta quarta pelo Senado é idêntica à vetada por Dilma no ano passado.

O governo é contrário à matéria por considerar que a criação de novas cidades poderá trazer impactos aos cofres públicos, não estimados oficialmente pela equipe econômica. Apesar das resistências do Palácio do Planalto, o texto foi aprovado com o apoio de 57 senadores. Somente nove votaram contra o projeto.

O texto prevê uma "regra de transição" para que, a partir do 13º ano, os novos municípios tenham 10 anos para começarem a receber gradativamente a nova cota do FPM. Até lá, mantém o repasse normalmente, embora as regras do fundo determinem que a nova cidade receba menos do que a soma repassada aos dois municípios originais.

"Esse projeto é inadequado para o momento que o Brasil está vivendo, para a situação que o país vive hoje", reagiu o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Relator do projeto, Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que não haverá impactos diretos à União porque os recursos que abastecem as cidades virão do FPM e do FPE (Fundo de Participação dos Estados). "Não é justo que um distrito a 300 km da sede do município não possa ter vida própria. Não vai gerar um centavo para a União."

O projeto determina que os municípios sejam criados preferencialmente nas regiões Norte e Nordeste –que têm menor densidade demográfica. O texto estabelece que tanto os novos municípios quanto os que irão perder habitantes devem ter, após a criação, população mínima de 20 mil habitantes nas regiões Sudeste e Sul, de 12 mil na região Nordeste e de seis mil nas regiões Norte e Centro-Oeste.

As novas cidades não podem ficar em áreas de reserva indígena, de preservação ambiental ou pertencentes à União e autarquias.

Para dar início à criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, é necessário que a população interessada envie para a Assembleia Legislativa do Estado um requerimento com a assinatura de, no mínimo, 20% dos eleitores residentes no local que se pretenda emancipar ou que se pretenda desmembrar e por 3% dos eleitores residentes em cada município envolvido na questão.

Ele também deve ter arrecadação própria superior à média de 10% dos municípios do Estado.

Pela proposta aprovada, não há limitação territorial para que a nova cidade seja criada. Também foi ampliada a área onde pode se considerar o número de imóveis existentes para se verificar se há condições de criação de uma cidade.

A formação de novas cidades só será permitida após a realização de estudo de viabilidade municipal e de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações envolvidas. Os municípios não poderão ser criadas em anos eleitorais.

José Genoíno é internado em hospital de São Paulo


Agência Brasil

O ex-deputado federal e ex-presidente do PT José Genoíno foi internado por volta das 10h de hoje (15) no Hospital Santa Cruz, região da Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Segundo o hospital, a família de Genoíno não permitiu a divulgação sobre o estado de saúde do político e o motivo pelo qual ele foi internado.

Em julho de 2013, Genoíno foi internado no Hospital Sírio-Libanês, também em São Paulo, após sentir fortes dores no peito. Em novembro do mesmo ano, quando cumpria pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília, por ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, ele passou mal e foi transferido para o Instituto do Coração, no Hospital das Forças Armadas.

terça-feira, 14 de julho de 2015

PF apreende R$ 3,67 mi na operação de hoje

Além dos carros de luxo encontrados na Casa da Dinda, de propriedade do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), a Polícia Federal apreendeu, hoje, R$ 3,67 milhões em uma empresa em São Paulo, alvo da Operação Politeia. O dinheiro, em espécie, levou horas para ser contado. Os agentes não informaram qual investigado mantinha a quantia.

A PF deflagrou, nesta terça, a Operação Politéia, que mira em políticos investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Entre os alvos está o senador Fernando Collor (PMDB-AL) que, nas últimas semanas, tem dirigido ataques à Procuradoria-Geral da República.

Os agentes federais cumprem 53 mandados de busca e apreensão envolvendo os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), além do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) e o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC). As medidas foram requeridas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Collor classificou como “invasiva e arbitrária” a operação da Polícia Federal, que cumpriu um mandado de busca e apreensão nesta terça-feira em seu apartamento em Brasília.

“A defesa do senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos”, diz a nota publicada no Facebook de Collor.

Presidente da Copergás pede afastamento

O presidente da Copergás, Aldo Guedes, investigado na Operação Lava Jato, encaminhou ao governador Paulo Câmara pedido de afastamento do cargo no órgão que dirigia desde o primeiro mandato do ex-governador Eduardo Campos.

Outra mudança que o governado Paulo Câmara promove, provisoriamente, diz respeito a Fernando de Noronha. O administrador Reginaldo Valença, nomeado este ano, pediu afastamento, por 3o dias, para tratar de assuntos pessoais.

Valença precisa se defender em um processo, mas que não tem nada a ver com a Operação Lava Jato.

Collor se diz humilhado: PF extrapolou todos os limites da legalidade

Collor disse ainda que as apreensões feitas hoje foram desconexas e são uma tentativa de vincular bens legalmente adquiridos a eventos criminosos

 

   

 Agência Estado

O ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL) foi na noite desta terça-feira, 14, à tribuna do Senado para se dizer constrangido e humilhado pela operação da Polícia Federal deflagrada pela manhã no âmbito da Lava Jato. Collor afirmou, inclusive, que a ação foi truculenta. Policiais fizeram busca no apartamento funcional e em sua residência pessoal, a Casa da Dinda, onde foram apreendidos carros de luxo, documentos e equipamentos eletrônicos.

Com ataques diretos ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Collor afirmou que os procedimentos de investigação extrapolaram os limites da legalidade, ressaltando que as buscas (que chamou de arrombamento) teriam sido feitas sem apresentação de mandado judicial. "Uma operação espetaculosa, midiática, com vários helicópteros, dezenas de viaturas e maldosamente orquestrada pelo procurador-geral da República", disse.

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De acordo com o ex-presidente da República, a operação é uma tentativa de prejulgamento. "Os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos. A investigação já e conhecida desde o fim do ano passado e eu jamais fui chamado a prestar qualquer esclarecimento. Me coloquei à disposição, solicitei para ser ouvido", disse.

Ele afirmou que por duas vezes tentou levar explicações aos investigadores, mas as audiências foram canceladas. "Querem evitar a destruição de provas depois de dois anos?", questionou o senador, sobre o argumento usado pela PF para realizar a ação.

Durante o discurso, o senador afirmou que "o Brasil criou dois monstros, o Serviço Nacional de Informações (SNI) e o Ministério Público". "Eu extingui o SNI no primeiro dia do exercício do meu mandato", disse, antes de afirmar que vai mostrar "a face obscura" do Ministério Público e citar diversas denúncias que fez contra Rodrigo Janot.

Collor disse ainda que as apreensões feitas hoje foram desconexas e são uma tentativa de vincular bens legalmente adquiridos a eventos criminosos. "Com tudo que passei ao longo de minha vida, tive que enfrentar uma situação jamais por mim experimentada. Extremo desgaste emocional, mental e físico, juntamente com a minha família", disse. "Constrangido fui, humilhado também fui, mas podem ter certeza que intimidado eu jamais serei", completou o senador.

Em uma ação ensaiada, o parlamentar do PTB fez seu pronunciamento logo após seu aliado, o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter lido em plenário uma nota em que criticou a atuação da PF. A nota não criticou, contudo, a participação do Ministério Público na operação policial.

ASA se vende por R$ 400 mil e tira jogo com Palmeiras de cidade de Arapiraca

Pelo Blog de Cosme Rímoli

A CBF é cúmplice. Ela autoriza que suas competições mais importantes sejam burladas. A igualdade de condições seja ferida. Não só fecha o olho. Como estimula a criminosa venda de mandos de jogos.

Empresas de marketing esportivo se aproveitam de administrações irresponsáveis dos clubes brasileiros. E da bandalheira que foi a construção das arenas para a Copa do Mundo. Principalmente as que são assumidamente elefantes brancos.

E junta a fome com a vontade de comer. Cruzeiro, Santos, Vasco, Ponte Preta, Flamengo e tantos outros já fizeram e estão liberados para repetir a indecência. Facilitam partidas que seriam difíceis nos seus domínios para torná-las neutras em campos com os quais não têm qualquer ligação.

Ou os transforma em presentes para os adversários, onde os torcedores rivais os esperam. E é como se atuassem duas vezes fora de casa.

Essa atitude desequilibra artificialmente as competições.

Um exemplo vergonhoso acontecerá nesta quarta-feira. O ASA conseguiu empatar com o Palmeiras na sua novíssima arena. Segurou o 0 a 0 com determinação e firmeza impecáveis. Fez a torcida alviverde se lembrar de 2002, quando o time alagoano eliminou o grande paulista mesma Copa do Brasil.

Se o time conseguiu segurar o 0 a 0 em São Paulo, o que não faria no Fumeirão, no seu estádio de 17 mil pessoas, que lotado, é um caldeirão? A chance de repetir um dos grandes feitos de sua história seria imenso. Seria.

É aí que surge a Roni7. A empresa se apresenta como consultoria esportiva. As palavras estão no seu site oficial.

A empresa Roni7 foi fundada em 2012 pelo ex-atacante Roni que jogou em grandes clubes do futebol brasileiro (Fluminense, Flamengo, Cruzeiro, Atlético MG, Santos, Goiás e Vila Nova-GO) e mundial (Al Hilal/Arábia Saudita, Yokohama Marinos e Gamba Osaka/Japão, Rubin Kazan/Russia) també serviu a seleção Brasileira.

Nosso objetivo é gerenciar a carreira e assessorar atletas jovens e profissionais. O foco é dar atendimento diferenciado aos nossos clientes e conseguir excelentes oportunidades.

Estaremos sempre ao lado dos nossos atletas, mesmo nos momentos mais difíceis. Deus no comando e nós na retaguarda protegendo e lutando por nossos atletas.”

Mas ela faz mais do que isso. Negocia jogos. Foi ela quem levou a Ponte Preta a jogar contra o próprio Palmeiras na Arena Pantanal. Tirou a partida do terrível, para os adversários, Moisés Lucarelli. No elefante branco construído em Cuiabá, o time de Marcelo Oliveira teve toda a torcida ao seu lado e venceu por 2 a 0. Privilégio que outros adversários da Ponte Preta não ganharão. E burla a competitividade do Brasileiro. Os campineiros receberam R$ 1 milhão pela venda do mando.

Agora chega a vez do ASA. De novo o Palmeiras ganha um enorme presente. Em vez de ir para Arapiraca, vai para Londrina, cidade com enorme reduto de torcedores do clube paulista. Um absurdo que a CBF referendou.

A negociação do mando de campo se deu com a empresa Roni7. A quantia determinada foi de R$ 400 mil em dinheiro, além de todas as despesas da delegação alvinegra (passagens áreas, hospedagem, alimentação e transporte). A quantia de R$ 400 mil será destinada inteiramente para manutenção do elenco e do clube na temporada, e possibilitará o pagamento de duas folhas de salários com os recursos já disponíveis.”

Essa foi a desculpa dada pela diretoria do ASA. O clube não tem dinheiro e vendeu, sem dor na consciência, o mando de jogo. A possibilidade de seguir na Copa do Brasil. Fazer história novamente.

Um dos grandes prejudicados, o técnico Vica, concordou publicamente. Ou teve de concordar.

Se clubes grandes estão em crise financeira, imagine o ASA. O escândalo da Fifa e a situação econômica do país têm prejudicado muito o futebol. Poucos querem investir e há compromissos. Tem que entender a diretoria,”

A equipe alagoana estava com 15 dias de salários atrasados quando a oferta chegou. A princípio, tentou ganhar R$ 1 milhão. Mas teve de se contentar com R$ 400 mil mesmo. A empresa ameaçou retirar a proposta.

O que a Roni7 e os clubes fazem não pode ser criticado. A indecência é da CBF em aceitar essa mercantilização do grande ganho técnico que é o mando dos jogos.

Marco Polo del Nero precisa justificar seu cargo. Se ele luta tanto para sobreviver como presidente da entidade. Ser conselheiro vitalício do Palmeiras tornaria obrigação vetar.

Mas o presidente da CBF fecha os olhos, lava as mãos mais uma vez. A desculpa das dificuldades financeiras dos clubes é inaceitável. Ou o clube que vender um, vende todos seus mandos, ou é injusto.

Desequilibra qualquer competição.

Simples assim.

Ver o ASA contra o Palmeiras no Paraná é uma aberração. Arapiraca e Londrina estão 2.650 quilômetros distantes.

Vergonha.

O futebol brasileiro só estimula a incompetência. Vexame que todos fecham os olhos.

E assim a credibilidade do futebol escorre pelo ralo…