quarta-feira, 10 de julho de 2019

Paulo Henrique Amorim, um jornalista de coragem, por Luis Nassif



Conheci Paulo Henrique Amorim em minha ida para a Editoria de Economia da Veja, em 1974, em uma oportunidade aberta por Paulo Totti, que era chefe de reportagem.


Ao lado de Elio Gaspari e Marcos Sá Correa, Paulo Henrique formava o trio dos jovens jornalistas cariocas, importados para a Veja e com curso superior. Se não me engano, ele era formado em Ciências Sociais.

Assumiu o cargo de Editor de Economia ao lado do inesquecível Emilio Matsumoto. Sua estreia em São Paulo havia sido pouco antes, convidado por Luiz Fernando Mercadante para trabalhar na revista Realidade. Ali, já deixara sua marca mais conhecida, um feroz espírito de competição que o impulsionava atrás de notícias.
Jovem ainda, tornou-se influente junto à área econômica do governo.

Sua carreira prosseguiu fora da Veja. Primeiro, foi escalado para dirigir a revista Exame, que fazia parte de um pacote de revistas técnicas que a Abril adquirira.

Depois, mudou-se para o Jornal do Brasil. Ali experimentou sua fase mais brilhante de jornalista, como titular da coluna Informe Econômico.

Na nova função, passou a revelar uma de suas características mais marcantes, de cunhar expressões que se tornariam motes, a exemplo de Elio Gaspari, e provavelmente inspirado no jornalismo de guerra da velha Rio de Janeiro de Gondim da Fonseca e outros. A expressão “raposa felpuda” tornou-se sua marca, além da incomparável capacidade de valorizar, pela manchete ou pelo lide, as informações mais prosaicas.

De lá foi para a TV Globo, onde também se consagrou pelos furos e pelos motes, como editor de Economia e comentarista. Não me lembro perfeitamente da maneira como anunciava informações exclusivas de Brasília. Mas fazia o telespectador participar do clima de cumplicidade, como se ele estivesse junto com Paulo Henrique em um local misterioso, arrancando informações da fonte. Competitivo, mantinha uma disputa surda com o comentarista oficial Joelmir Betting.

Era cioso de sua idade. Quando recebi um convite da Globo para ser comentarista, e foi marcado um almoço no Rio, Paulo me ligou e, na conversa, sugeriu delicadamente que eu não dissesse que havia sido seu foca na Veja. Acabei desistindo do convite e do almoço.

De lá saiu para dirigir o escritório da Globo em Nova York. Não sei as razões de sua saída. Logo foi contratado pela TV Bandeirantes para a vaga de âncora do Jornal da Band. Pouco antes, o velho João Saad me havia convidado para assumir a função. Enrolado com minha empresa, e percebendo a resistência de Johnny Saad, recusei.

Saindo da Globo, de imediato foi contratado pela UOL para apresentar um programa que ficava exposto permanentemente na home do portal. Ali, mais uma vez se revelou o pauteiro primoroso, identificando os melhores temas pela manha, conseguindo entrevistas por telefone e apresentando no programa que, se não me engano, ir ao ar ao meio dia.

De lá saiu se não me engano para o iG. Foi lá que voltamos a nos cruzar, nas guerras com Daniel Dantas.

Voltamos a nos cruzar em 2010, na campanha eleitoral, em uma frente informal contra o risco José Serra. Tinha restrições ao seu estilo, e ele devia ter ao meu. Mas foi uma guerra inclemente, em que era atacado por todos os lados.

Do lado de Serra, a pecha de chapa branca. Do lado do PT, Tereza Cruvinel me afastando da TV Brasil, suspendendo o pagamento até que aceitasse a mudança no contrato, entregando todos os programas até julho, para então encerrar o contrato. Que só foi refeito depois que Serra perdeu.

Éramos meia dúzia de blogs, cuja única afinidade era a resistência contra o perigo Serra. Acordava toda manhã sentindo o peso do mundo, e o que nos animava reciprocamente era a resistência para a luta, particularmente de Paulo Henrique.

E essa garra e coragem ele não perdeu, mesmo nos momentos mais críticos. Aliás, quanto mais crítico o momento, maior a sua coragem.

Nos últimos anos, seu estilo jornalístico encontrou o ambiente mais propício, os vídeos do Youtube. Tornou-se um campeão do Youtube, graças à sua enorme capacidade de identificar um tema, mirar no detalhe ridículo que ninguém percebia, e fuzilar com a pontaria dos grandes polemistas.

Deixa um legado de coragem.

João Campos cita Arraes e Eduardo Campos em crítica à reforma da Previdência

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Douglas Fernandes

Em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados durante a sessão que analisa a reforma da Previdência nesta quarta-feira (10), o deputado João Campos (PSB) disparou mais uma vez contra a proposta. O socialista ressaltou o posicionamento do PSB, que fechou questão contra a reforma e poderá punir os parlamentares do partido que votarem a favor. Segundo o deputado, as mudanças no sistema previdenciário vai “criar uma catástrofe econômica e o dinheiro vai circular de forma reduzida nos pequenos municípios”.

João Campos afirmou que a proposta é uma “covardia” com a população mais carente e que “não vai gerar emprego”. Será repudiado no futuro”, emendou. O filho do ex-governador Eduardo Campos e bisneto do também ex-governador Miguel Arraes citou o pai e o avó para criticar a reforma. “Como que Miguel Arraes votaria se estivesse aqui, como que Eduardo Campos votaria se ele estivesse aqui?”, questionou. “Votariam ao lado do povo”, afirmou.

Assista ao vivo

O parlamentar seguiu o discurso do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, de que o partido não vai deixar sua “digital” na aprovação da reforma. Em entrevista à Rádio Jornal, o dirigente falou em punição aos parlamentares do partido que votarem a favor da proposta. O deputado Felipe Carreras é um dos integrantes da bancada da sigla já se manifestaram a favor da proposta.

João Campos ainda evocou a memória da legenda socialista.”Nós não vamos cometer o equivoco de colocar nossa digital nessa reforma”, disse. “Em memória do PSB, do povo brasileiro, em respeito àqueles que têm compromisso com a juventude brasileira, essa reforma não”, finalizou.

Cadeirante é assassinado depois de sofrer três tentativas de homicídio

Condição física da vítima era sequela de uma das três ações anteriores. O homem foi encontrado morto com dois disparos de arma de grosso calibre no rosto

Por: Redação OP9

Um cadeirante foi morto dentro de casa no bairro da Cohab, em Moreno. O crime aconteceu na noite da terça-feira (9). De acordo com a polícia, dois homens entraram na residência e efetuaram disparos contra Paulo Simeão Santos Filho, 44 anos, que morreu no local. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) realizaram perícia preliminar na casa e constataram que não houve arrombamento nem furto.

O que chama atenção no caso é que essa foi a quarta vez que Paulo sofreu um atentado. A condição física da vítima, inclusive, era uma sequela de uma das três tentativas de homicídio que ele havia sofrido.

“A vítima foi encontrada em cima da cama com dois disparos de arma de grosso calibre no rosto” informou o perito do IC Diego Nunes. A Polícia Civil já deu início às investigações acerca do caso. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML).

Luto - Falece o sociólogo Chico de Oliveira aos 85 anos


Um dos mais importantes nomes da sociologia brasileira, Oliveira foi um dos fundadores do PT, com quem rompeu em 2003

Redação

Brasil de Fato | São Paulo (SP)

Oliveira foi agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria Ciências Humanas, pelo livro Crítica à razão dualista/O ornitorrinco / Damião A. Francisco via Wikimedia Commons

Morreu na manhã desta quarta-feira (10) o sociólogo recifense radicado em São Paulo, Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira, mais conhecido como Chico de Oliveira.

A informação foi confirmada pelo colega e sociólogo Ruy Braga, nas redes sociais: "Chico de Oliveira nos deixou essa madrugada. Semana passada visitei-o no hospital e ele pareceu-me animado e falante. Combinamos uma conversa pra essa semana sobre o novo projeto do Cenedic. Infelizmente, esse papo não acontecerá. Quanta tristeza. Que perda", postou em sua página no Facebook.

Quem foi Chico?

Ele nasceu em 1933, em Recife, Pernambuco, onde também se graduou em Ciências Sociais e trabalhou na Sudene, com Celso Furtado. Com o golpe militar de 1964, passa dois meses preso e se muda para o Rio de Janeiro.

Professor titular aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), Oliveira foi agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria Ciências Humanas, pelo livro Crítica à razão dualista/O ornitorrinco, publicado pela editora Boitempo. Seu último livro Brasil: Uma Biografia Não Autorizada”, é uma coletânea que traz textos inéditos e artigos publicados nos anos recentes.

Ele também foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e compôs a 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro, instituída pelo PT em 1981, antecessora da Fundação Perseu Abramo. 

Em 2003, ele rompeu com o PT, por conta de divergências com algumas posturas "reformistas" adotadas por Lula em seu primeiro mandato e se filiou ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). Seguiu bastante crítico aos governos petistas, mas reconheceu que o partido"cumpriu uma missão" e que a prisão do ex-presidente "tem forte caráter político". 

O sociólogo também recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo instituto de Economia da UFRJ, e em 2010, da Universidade Federal da Paraíba. Desde 2008, é professor emérito da FFLCH-USP.

O velório será realizado nesta tarde, no Salão Nobre da FFLCH, que fica à Rua do Lago, 717.

Edição: Pedro Ribeiro Nogueira

Carlos Bolsonaro usa frio para questionar aquecimento global, e cientistas explicam mais uma besteira postada



Em rede social, filho do presidente Jair Bolsonaro faz relação equivocada entre tempo, uma questão pontual, e clima, um dado de longo prazo

Aquecimento global pode provocar fim de geleiras no ÁrticoAFP / AFP

POR AUDREY FURLANETO

RIO - Filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) relacionou tempo e clima, questões muito distintas, em post no Twitter, no último sábado. Na rede social, ele escreveu: "Só por curiosidade: quando está quente a culpa é sempre do possível aquecimento global e quando está frio fora do normal como é que se chama?"

"Estar quente" é da seara do tempo, ou seja, questão de curto prazo, "variação de um dia, ou de uma semana para outra", como explica o professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa. Já clima e aquecimento global se referem a mensurações de longo prazo.


— (A questão feita por Carlos Bolsonaro) Não tem lógica nenhuma. A existência do aquecimento global é comprovada a partir de uma média de temperaturas que leva em conta muitas informações, é um cálculo complexo computacional, feito por centenas de cientistas do mundo todo. O fato de fazer mais ou menos frio em algum lugar do país, em determinado momento, não desmente esse modelo — afirma o professor, mestre em Engenharia Nuclear e doutor em Física.
Para ele, o comentário feito pelo filho do presidente "não só mostra falta de conhecimento básico sobre a diferença entre clima e tempo, como também desconsidera evidências científicas".

— A atmosfera é complexa, e o planeta está esquenteando na média, como comprova o derretimento das geleirasdo Hemisfério Norte, por exemplo, ou a onda de calor na Europa. Contra-exemplos de que está fazendo mais frio aqui e acolá não desmentem nada. É mais uma mostra de falta de informação e irresponsabilidade com as políticas ambientais neste governo — critica Pinguelli Rosa.


Marcos Heil Costa, coordenador do Grupo de Pesquisa em Interação Atmosfera-Biosfera, da Universidade Federal de Viçosa, lembra que "o que se tem notado nas estações metereológicas ao redor do mundo é um aumento da média das temperaturas e também da variabilidade delas". Ele completa:

— As temperaturas frias de hoje são as mesmas de 50 anos atrás, enquanto aumentam os eventos quentes, como a onda de calor na França e na Grécia neste ano, ou em Portugal, no ano passado. As variações se inclinam mais para o lado quente.

Segundo ele, o Brasil, inclusive, vem apresentando aumento de temperatura considerado acima da média global, que é de 1°, na região Leste, por exemplo, fruto de desmatamento da Mata Atlântica e do cerrado ao longo dos últimos cem anos.

— O frio de um dia é só um ponto na curva, e a curva tem milhares de pontos que, analisados ao longo do tempo, indicam um aumento global da temperatura. Isso é científico. Dizer que um dia frio desmente o aquecimento global seria como afirmar que o nascimento de um anão diminui a estatura média dos cidadãos no planeta — diz Costa.

Bolsonaro: Vou indicar ministro terrivelmente evangélico




O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã de hoje, que terá direito a indicar dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e que "um deles será terrivelmente evangélico".


Bolsonaro deu a declaração durante discurso durante culto evangélico na Câmara dos Deputados. Em seguida, repetiu a promessa no plenário da Casa, durante sessão solene.


"Muitos tentam nos deixar de lado dizendo que o estado é laico. O estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou para plagiar a minha querida Damares [Alves, ministra]: Nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os poderes. Por isso, o meu compromisso: poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal [STF]. Um deles será terrivelmente evangélico", declarou o presidente.


Após o culto, Bolsonaro participou de uma sessão solene no plenário na Câmara em homenagem aos 42 anos da Igreja Universal do Reino de Deus. O presidente reafirmou o compromisso de indicar um evangélico para umas vagas no STF.


"Reafirmo meu compromisso aqui: o estado é laico, mas nós somos cristãos. E entre as duas vagas que terei direito a indicar para o Supremo, um será terrivelmente evangélico", reforçou no plenário.


Com mandato presidencial até 2022, Bolsonaro terá, ao menos, duas indicações para vagas no STF, diante das aposentadorias compulsórias, em razão de idade, dos ministros Celso de Mello (2020) e Marco Aurélio Mello (2021).


O presidente já sinalizou que um dos nomes cotados para a vaga na Suprema Corte é o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.


Prefeita Neide Reino visita Fenearte




A Associação dos Artesãos de Capoeiras ocupa um estande na maior Feira de Artesanatos da America Latina – a Fenearte 2019, que esta acontecendo no Centro de Convenções, em Olinda. Nesta quarta-feira, 09/07/2019, a prefeita Neide Reino e seu esposo, o ex-prefeito Neném estiveram visitando o espaço, prestigiando os artesãos locais que lá expõem e vendem o artesanato produzido aqui no município.

A participação da Associação dos Artesãos na Fenearte 2019 conta com o apoio da prefeitura de Capoeiras, e da Diretora de Cultura Helenita Costa que nos enviou a foto que ilustra a postagem.

Lembrando que a Fenearte prossegue até o próximo domingo, 14/07/2019.

Blog Capoeiras

PF faz alerta para novo golpe no Whatsapp que rouba dados bancários

Quadrilha envia uma mensagem pelo WhatsApp com link que promete dar acesso ao 13º terceiro salário do Bolsa Família



Golpe no Whatsapp pega dados bancários de usuários

Sérgio Bernardo/Acervo JC Imagem

A Polícia Federal investiga ação criminosa que aplica golpes por meio da internet. No golpe, a quadrilha envia uma mensagem pelo WhatsApp com link que promete dar acesso ao 13º terceiro salário do Bolsa Família. Ao acessar, a vítima é encaminhada a uma página falsa da previdência privada e pede todos os dados do suposto beneficiário, como o nome completo, endereço, CPF e, em seguida, o sistema pede que a vítima compartilhe o link com todos os contatos do telefone.

De acordo com a PF, o golpe circula na internet há cerca de sete dias e já fez mais de 180 mil vítimas em Pernambuco. A intenção dos criminosos, segundo o chefe de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro, é acessar as senhas dos aplicativos bancários instalados no telefone da vítima.

“Você passa até a ser uma pessoa que tá fazendo ligação entre o criminoso e as pessoas que você conhece. Pode até prejudicar elas, caindo também em golpes. Seu celular fica sujeito e contaminado a receber várias informações desses bandidos de novo e novos golpes. Por fim, ele domina o seu celular ou seu computador e tem acesso a principalmente os seus é aplicativos financeiros, como de banco”, afirmou Santor.

Entre as dicas repassadas pela Polícia Federal, está o acesso ao site www.psafe.com. Ao receber um link suspeito, a pessoa pode copiar o endereço e colar no site, que faz uma busca e revela se o link é tendencioso ou não.