segunda-feira, 22 de julho de 2019

Lucas, menino encontrado morto em Garanhuns, é sepultado

Enterro aconteceu sem velório e sem a presença da mãe do garoto, que mora em São Paulo, por conta do avançado estado de decomposição do corpo da criança

Por: Redação OP9

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

Muitas pessoas compareceram ao enterro da criança. Foto: Arlete Santos/Cortesia

O corpo do menino Lucas, de oito anos, encontrado na tarde do sábado (20) em Garanhuns, foi enterrado na tarde do domingo (21) no cemitério São José, no município vizinho de São João. O sepultamento não foi precedido de velório e ocorreu sem a presença da mãe da criança, que não teve tempo hábil de vir de São Paulo até o Agreste pernambucano para acompanhar a despedida do garoto. A pressa no sepultamento foi uma exigência do Instituto de Medicina Legal do Recife por conta do avançado estado de decomposição do cadáver, o que implica riscos à saúde pública.

A mãe havia embarcado um ônibus na capital paulista e com a intenção de vir ajudar nas buscas por Lucas. Ela, que deveria chegar ao Recife no início da manhã desta segunda-feira, recebeu a notícia da morte do filho durante a viagem. Ela havia se mudado para o sudeste para o sul do país em busca de melhores oportunidades de trabalho e por isso Lucas morava com os avós maternos em Garanhuns. 

Lucas foi visto pela última vez por volta das 9h da segunda-feira (15), quando o avô dele, Wanderley José Pontes, 54 anos — dono de um ferro-velho na localidade — pediu que ele fosse até a loja de um vizinho, identificado como Amaury, que também vende sucatas no bairro há mais de 20 anos.

Depois de uma série de buscas pela localidade, o corpo da criança foi encontrado cinco dias depois, no sábado (20), em uma área de mata a menos de um quilômetro de onde Lucas foi visto pela última vez, no bairro da Massaranduba. No local, também foram achadas embalagens de bombons, que podem ter sido usados para atrair o menino.

Como o estado do corpo não permitiu que a perícia detectasse a causa da morte, exames feitos no IML devem definir o que provocou o óbito. A possibilidade de violência sexual também vai ser avaliada.

Loteiros em maus lençóis com Bolsonaro

LOTEIROS PROTESTAM E PARAM HOJE, ALEGANDO QUE BOLSONARO OS QUER JOGAR NA MARGINALIDADE





Por Junior Almeida

Os motoristas de transporte alternativo, os chamados loteiros, de toda região fazem na manhã desta segunda-feira (22) uma paralisação para protestar contra a Lei 13855, de 8 de julho, altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que "Institui o Código de Trânsito Brasileiro", para dispor sobre transporte escolar e transporte remunerado não licenciado.

Os profissionais do volante alegam que a nova lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro os coloca na marginalidade, e vai, segundo eles, desempregar aproximadamente 3 milhões de pessoas em todo Brasil.



No perímetro urbano de Caetés, os loteiroslocais se uniram com os de Capoeiras, somando aproximadamente 60 veículos, e às margens da BR 423 fazem durante a manhã um protesto, onde tentam mostrar à população as pautas de sua luta. O blog foi informado que outros pontos estão sendo usados pelos motoristas de toda região, para protestar.


Cidades pólo como Garanhuns e Caruaru, por exemplo, que recebem milhares de pessoas todos os dias através das lotações, devem sentir em seu comércio o impacto da paralisação de hoje.

Os motoristas de toda região pretendem fazer uma grande carreata pelas ruas de Garanhuns para chamar a atenção das autoridades quanto ao seu problema, que é a nova Lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.

*Fotos: 1 - protesto dos loteiros em Caetés; 2 - comunicado da associação dos loteiros

Motoristas de Vans Alternativos protestam em Garanhuns

Motoristas de Transportes Alternativos protestam em Garanhuns contra Decreto assinado por Bolsonaro


Nesta segunda-feira, 22/07/2019, motoristas de veículos que fazem o Transporte Alternativo de Passageiros nas cidades do Agreste Meridional interditaram rodovias em Garanhuns, em protesto contra o Decreto sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro que endurece punição a motoristas que fazem o transporte remunerado de passageiros sem autorização.
Motoristas de todos os municípios da região aderiram à paralisação. As cidades de Capoeiras e Caetés amanheceram hoje sem nenhum veiculo de Transporte Alternativo transportando passageiros para Garanhuns.
Um dos efeitos da paralisação é a diminuição do numero de pessoas no comercio de Garanhuns na manhã de hoje.


Aprovação de Bolsonaro cai 15 pontos e é a pior da série histórica do Ibope



Pesquisa aponta 34% de avaliação positiva, menos que FHC, Lula e Dilma em primeiro mandato.
Bolsonaro durante visita aos EUA. BRENDAN SMIALOWSKI AFP


Os três primeiros meses do Governo Jair Bolsonaro não parecem muito animadores, a julgar pelos números da pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira. O levantamento realizado de 16 a 19 deste mês mostra uma queda de 15 pontos percentuais na avaliação de "ótimo ou bom", que foi dos 49% aferidos em janeiro para 34%. A aprovação é a pior para um presidente da República em primeiro mandato desde Fernando Henrique Cardoso, de acordo com os números do próprio Ibope.

A comparação com os antecessores no Palácio do Planalto não é alvissareira para o presidente. A esta altura de seu primeiro Governo, Fernando Henrique Cardoso contava com 41% de avaliação "ótima ou boa", enquanto Luiz Inácio Lula da Silva tinha 51% e Dilma Rousseff, 56%. Os 34% de Bolsonaro só são melhores do que os índices dos segundos mandatos de FHC, 22%, e de Dilma, 12%, quando ambos já tinham passado por quatro anos de desgaste em seus seus primeiros mandatos.

Quando a pergunta é a sobre "a forma como Bolsonaro está governando o país", o levantamento indica que 51% dos brasileiros a aprovam, enquanto 38% desaprovam e 10% não sabem ou preferem não opinar. Apesar de maior do que a aprovação pessoal do presidente, esse índice também registrou queda desde janeiro, quando 67% aprovavam a forma do presidente de governar. Outro índice que caiu desde o início do Governo é o de confiança em Bolsonaro: foi de 62% de confiança para 49%.

A maior queda de prestígio do presidente foi registrada na região Nordeste, onde a queda da avaliação "ótimo ou bom" do Governo caiu 19 pontos, de 42% para 23% — é nessa região também que se concentra a maior desaprovação sobre a forma de Bolsonaro governar, de 49%. A segunda queda mais expressiva foi entre os brasileiros com renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, que apresentou recuo de 18 pontos, de 53% em janeiro para 35% agora.

Durante os três primeiros meses de Governo, Bolsonaro estipulou a reforma da Previdência como prioridade na agenda do Congresso Nacional, mas frequentou o noticiário mais por conta de suas postagens no Twitter do que propriamente por conta de medidas de Governo. Ele também dividiu as atenções com ministros como Paulo Guedes, da Economia, e Sérgio Moro, da Segurança Pública, e teve a imagem desgastada pela investigação do caso Fabrício Queiroz e pela demissão tumultuada de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência, entre outras batidas de cabeça, como a que levou a trocas no Ministério da Educação.

O segmento que mais confia em Bolsonaro, segundo o Ibope, é o dos evangélicos: 56%. São eles também que mais aprovam a maneira de Bolsonaro governar (61%). "A avaliação positiva também é mais alta entre os que se autodeclaram como brancos (42%) — mesmo percentual que tem entre os que vivem nas regiões Norte/Centro-Oeste — único segmento em que Bolsonaro se recupera em relação a fevereiro", registra o instituto

Chuvas deixam mais de 2 mil pessoas desalojadas em Barreiros

Nível dos rios Una e Carimã subiu com as chuvas e água invadiu casas em diferentes localidades do município, segundo o coordenador da Defesa Civil da cidade.

Por: Marcos André | Fonte: PortalPE10


As chuvas que atingiram Pernambuco no sábado (20) causaram estragos na cidade de Barreiros, na Mata Sul de Pernambuco. Em 24 horas, choveu 156 milímetros no município, o que estava previsto para todo o mês de julho. A água deixou 2.072 pessoas desalojadas na área urbana. Segundo a Defesa Civil de Barreiros, foram 518 famílias afetadas em seis bairros atingidos pelas chuvas.

A Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) informou que o monitoramento das últimas 12 horas da central de operações sobre as chuvas na Zona da Mata Sul indicou ocorrências de elevação dos rios locais nos municípios de Barreiros e Tamandaré. Em Barreiros, o temor é que o Rio Una possa transbordar. Já em Tamandaré, 42 famílias de regiões ribeirinhas tiveram que ser retiradas das casas.


A Codecipe informou que está monitorando a situação, mas que não há registro de mortes ou de necessidade do órgão estadual atuar devido às chuvas. A população pode acionar a Codecipe através dos telefones 199 ou (81) 3181.2490. Este é o terceiro mês que Barreiros sofre com as chuvas. Em fevereiro e em maio, a cidade também foi castigada pela água.

A Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) informou que está monitorando a situação, mas que não há registro de mortes ou de necessidade do órgão estadual atuar devido às chuvas. A população pode acionar a Codecipe através dos telefones 199 ou (81) 3181.2490

Os latifúndios da família de Dallagnol no Mato Grosso



Reportagem da CartaCapital revela grandes fazendas da família de Deltan Dallagnol no Mato Grosso e R$36,9 milhões pagos pelo Incra no governo Temer



As fazendas de Dallagnoll

A família possui latifúndios no noroeste de Mato Grosso e ganham 36,9 milhões de reais do Incra;
Propriedades foram autuadas pelo Ibama por desmatamento ilegal.

por Leonardo Fuhrmann e Alceu Luís Castilho*, para a Carta Capital, 19 de julho de 2019**

★★★
A história oficial do procurador Deltan Dallagnol destaca a participação dele e de seu pai, Agenor, na Igreja Batista. Procurador de Justiça aposentado do Paraná, Dallagnol pai é também o fio da meada de outro enredo da família: a participação em conflitos de terra, desmatamento, loteamentos ilegais e o pagamento de indenizações milionárias por desapropriações pelo Incra em dezembro de 2016, durante o governo de Michel Temer.

No início dos anos 80 do século passado, Sabino Dallagnol, avô de Deltan, e os filhos adquiriram terras no município de Nova Bandeirantes, noroeste de Mato Grosso. Como muitos gaúchos e paranaenses, aproveitaram o apoio da ditadura para comprar a preços módicos grandes extensões de terras na Amazônia Legal.

Agenor e Vilse Salete Martinazzo Dallagnol, mãe do procurador, adquiriram terras, mas continuaram no Paraná. Outros irmãos de Agenor, como Xavier Leonidas e Leonar, conhecido pelos moradores de Nova Bandeirantes como Tenente, mudaram para o município, a 980 quilômetros de Cuiabá e a 2,5 mil quilômetros de Pato Branco, onde, em 1980, nasceu Deltan. Sabino tornou-se nome de rua na cidade – endereço de uma corretora de imóveis da família.

Formado em Direito, assim como o irmão Agenor e depois o sobrinho Deltan, Xavier tornou-se o advogado dos negócios da família em Mato Grosso. Ele tem um escritório em Cuiabá, do qual é sócia a filha, Ninagin Prestes, também advogada. E irmã de Belchior Prestes. Os filhos igualmente se tornaram donos de terras na região. E, da mesma forma, protagonizam a disputa a envolver o Incra. A gleba Japuranã, em Nova Bandeirantes, é uma das regiões onde os Dallagnol têm terras. A família e outros proprietários ofereceram uma parte da área ao Incra, para receber sem-terra em regime de comodato, em meados dos anos 1990. Desde então, o clã e outros proprietários brigam na Justiça por indenização.

A pendenga também emperra a situação de quem vive nos 67 mil hectares da gleba. Atualmente, 425 famílias ainda lutam pela regularização de seus terrenos, cerca de metade dos moradores do local. Em dezembro de 2016, no primeiro ano do governo Temer, Ninagin Dallagnol – a prima, filha de Xavier – recebeu 17 milhões de reais como indenização pela desapropriação de suas terras. A indenização para Belchior, o irmão, foi de 9,5 milhões. A mãe dos filhos de Xavier, Maria das Graças Prestes, recebeu um valor mais modesto, 1,6 milhão. O próprio pai de Deltan, Agenor, foi indenizado na mesma liberação. Recebeu 8,8 milhões. No total, foram 36,9 milhões pagos à família.

Não é só na disputa com o Incra que os Dallagnol mostram a sua face de especuladores de terras. Xavier e o irmão Leonar, o Tenente, foram alvo de um inquérito em Nova Monte Verde, município próximo de Nova Bandeirantes, por loteamento ilegal de terras. Os dois foram beneficiados pela prescrição. Tenente chegou a receber o título de cidadão honorário de Nova Bandeirantes, oferecido pela Câmara Municipal diante de sua “bravura” e da condição de “ilustre colonizador” e “grande desbravador”. Tenente já foi acusado de invadir terras de outros proprietários no município, ao lado de personagens como Laerte de Tal, Pedro Doido e Nego Polaco.

Os dois irmãos, Xavier e Tenente, foram flagrados por desmatamento irregular. Tenente assinou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público Estadual de Mato Grosso por degradação do meio ambiente em 2010. Xavier e a mulher, Maria das Graças, foram autuados pelo Ibama por desmatamento ilegal, ambos em 2017.

Como advogados, Xavier e a filha Ninagin atuam na defesa de grandes proprietários rurais envolvidos em grilagem, desmatamento e até trabalho escravo. “De Olho nos Ruralistas” contará essas e outras histórias nos próximos dias, em uma série sobre a família – em suas conexões com os temas agrários. As reportagens serão divulgadas, em primeira mão, no site de CartaCapital.

Deltan Dallagnol não quis se manifestar sobre o assunto, segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal no Paraná. Xavier Dallagnol, principal pivô das disputas em Mato Grosso, foi procurado em seu escritório, mas não atendeu aos pedidos de esclarecimento até o fechamento desta edição.

Loteiros fazem protesto e fecham BR-104 em Caruaru





Motoristas de transporte alternativo, conhecidos na região como ‘loteiros’,  bloquearam a BR-104, em Caruaru, no trecho de acesso BR-232 próximo da Rodoviária, nesta segunda-feira (19)


O protesto começou no início da manhã, durante o ato, os condutores fecharam a via nos dois sentidos com os veículos

Após polêmica, Bolsonaro visita o Nordeste nesta terça



O presidente vai à Bahia para participar da inauguração do aeroporto de Vitória da Conquista


Da redação com agências


"Sou amigo do Nordeste, poxa", disse Bolsonaro ao comentar sua visita à Região
Foto: Agência Brasil

Com viagem prevista para a Bahia nesta terça-feira (23), onde participará da inauguração do aeroporto de Vitória da Conquista, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, neste domingo (21), que não teme ataques e protestos, como reação aos comentários feitos na sexta-feira (19) em relação a governadores do Nordeste. Bolsonaro disse que vai a “qualquer lugar do território brasileiro”.


“A Bahia é Brasil. Sem problemas. Sou amigo do Nordeste, poxa. Se eu tenho um problema no Sul, não se fala na Região Sul, Centro-Oeste e Norte. Por que essa história? Vocês mesmos da mídia querem separar o Nordeste do Brasil. O Nordeste é Brasil, é minha terra e eu ando em qualquer lugar do território brasileiro”, disse ele, ao retornar ao Palácio da Alvorada após participar de culto evangélico e de almoçar em uma galeteria de Brasília.

Ao deixar o restaurante, Bolsonaro parou para tirar fotos com simpatizantes e perguntou: “Tem algum nordestino ofendido aí?”. Pessoas próximas responderam negativamente.

Em conversa com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), na sexta, Bolsonaro orientou “não dar nada” ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). O áudio foi captado pela TV Brasil, emissora pública ligada ao governo. A orientação aconteceu pouco antes do café da manhã com jornalistas estrangeiros no Planalto. 

Bolsonaro também foi acusado por Flávio Dino de ter usado expressão pejorativa para se referir ao Nordeste. Ele falou que “daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão”. O termo “paraíba” é uma forma usada, principalmente no Rio de Janeiro, para se referir a migrantes nordestinos. No Twitter, o governador do Maranhão escreveu que Bolsonaro deveria se desculpar pela frase. “Mas o ódio impede um gesto de respeito e grandeza”.

Questionado se poderia pedir desculpa, Bolsonaro se irritou. “Quem ficou ofendido? Quem?”, respondeu. Sobre uma visita ao Maranhão, afirmou que, se tiver um evento, iria. “O governo que mais dispensou recursos para o Nordeste fui eu até agora”, garantiu.

O Nordeste foi a única região do País em que Bolsonaro saiu derrotado no segundo turno das eleições de 2018. O então candidato do PT à Presidência República, Fernando Haddad, registrou 69,7% dos votos válidos, enquanto o pesselista teve 30,3% dos votos válidos.

Desde que tomou posse, em 1º de janeiro, Bolsonaro só esteve no Nordeste uma única vez. Foi no dia 24 de maio, quando o presidente veio a Pernambuco participar de reunião do Conselho Deliberativo (Condel) da Sudene, no Recife, e entregar habitacionais financiados pelo Minha Casa Minha Vida, em Petrolina.

ASSEMBLEIAS

O Colegiado de presidentes de Assembleias Legislativas dos Estados do Nordeste (ParlaNordeste) recebeu com “repulsa” e chamou de preconceituosas as declarações do presidente. Na nota, o colegiado destaca que a região é a terceira maior economia do País e que seus 53 milhões de habitantes têm orgulho de viver “não só na Paraíba, mas também, no Maranhão, em Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí”. 

O ParlaNordeste ainda saúda o trabalho realizado pelos nove governadores da região e diz que vai lutar contra todo tipo de retaliação e função de diferenças políticas ou preconceito. “Exigimos respeito e não abriremos mão do cumprimento dos deveres do governo federal para com a nossa região”, finaliza a nota.

Nesse domingo (21), no Twitter, Bolsonaro voltou a dizer que não fez nenhuma crítica ao povo nordestino. “’Daqueles GOVERNADORES... o pior é o do Maranhão’. Foi o que falei reservadamente para um ministro. NENHUMA crítica ao povo nordestino, meus irmãos”.

Ainda no mesmo assunto, em outra publicação na rede social, o presidente mencionou que, em dois anos, o porto de Itaqui, no Maranhão, estará ligado, por ferrovia, ao porto de Santos, e aproveitou para dizer que fará muito pelo Nordeste em seu mandato “apesar da mídia e alguns governadores”.

Depois, Bolsonaro publicou vídeo em que o apresentador afirma que Bolsonaro deu aval a um empréstimo para a Paraíba, enquanto o governo petista não o fez. “Relato de como nosso governo vem tratando o estado da Paraíba. Criticamos alguns governadores do Nordeste, mas nunca abandonaremos o nosso querido povo nordestino”, escreveu o presidente sobre o vídeo.

"O presidente da República reiterou agressões pessoais contra mim e o governador da Paraíba, tentando dissimular grave preconceito regional. Seria mais digno ter se desculpado”, escreveu o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

"Não ao preconceito ao Nordeste e ao nosso povo. Respeito, Federação e Democracia são conceitos amplos, que não combinam com visão pequena, mesquinha”, escreveu o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB).