sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Rodrigo Janot diz que chegou a ir armado ao STF para matar Gilmar Mendes

O ex-procurador-geral da República revelou detalhes de seu embate com Gilmar Mendes em entrevistas a VEJA e ao jornal O Estado de S. Paulo

Por Da Redação



Rodrigo Janot sobre Gilmar Mendes: "Ia matar ele e depois me suicidar" (Adriano Machado/Reuters)

São Paulo — Um dos episódios mais tensos da história recente do Brasil foi revelado hoje pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em entrevistas a VEJA e ao jornal O Estado de S. Paulo ele contou que, em 2017, sua relação com Gilmar Mendes tornou-se tão conflituosa que ele chegou a ir armado ao Supremo Tribunal Federal para matar o ministro.

“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar”, disse Janot ao Estadão. O conflito atingiu a temperatura máxima quando Janot tentou impedir Gilmar de atuar num processo envolvendo o empresário Eike Batista. Janot alegou que Gilmar estava impedido de julgar o caso porque sua esposa, Guiomar Mendes, trabalhava no escritório de advocacia que defendia Eike.

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Em seguida, surgiram notícias que acusavam a filha de Janot de ser advogada de empresas envolvidas na Lava-Jato. O ex-procurador-geral acusa Gilmar de ter inventado essa história. O fato o teria deixado tão abalado que ele planejou matar Gilmar em pleno STF. Os dois chegaram a se encontrar na antessala do Tribunal. Janot diz que foi “a mão de Deus” que o impediu de puxar o gatilho.

O ex-procurador-geral da República conta parte dessa história no livro Nada Menos que Tudo, dos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin, que será lançado na próxima semana pela editora Planeta. Além disso, o episódio é tema da reportagem de capa da revista VEJA desta semana.

Sem licença para matar, Moro sofre sua pior derrota




Moro sofre sua pior derrota: queria fazer do sangue dos negros panfleto político, mas perdeu por 9 x 5.


Congresso brasileiro recusa a Moro a ‘licença para matar’. Excludente de ilicitude foi rejeitado.

Sua bandeira política de extermínio de negros e pobres foi arrancada do mastro.

Ele bem que tentou.

No dia do Assassinato de Ágatha, correu para o twitter dizendo que sentia muito a morte da criança, mas isso não era motivo para parar de matar crianças como Ágatha.

Moro investia seu futuro político no martírio dos pobres, das crianças vítimas da violência do Estado-milícia que elegeu Bolsonaro e Witzel.

O cacique da Lava Jato construiu toda uma narrativa para regulamentar o assassinato de negros e pobres nas favelas e periferias do Brasil, de olho nos votos das classes média e alta que sonham com um Estado pé de ferro contra qualquer sombra de cidadania que respeite a integridade das camadas mais pobres da população.

Moro, apostando que a safra de sangue seria farta, esculpiu um projeto que induzia agentes do Estado a cometer crimes dos mais variados em nome do combate ao crime. Na verdade, é um plágio da própria Lava Jato que, durante cinco anos, agiu de forma corrupta no combate à corrupção, como revelado pelo Intercept.

O fato é que o Congresso arrancou as luzes do teatro que levaria Moro ao Olimpo grego. O “lendário” juiz da Lava Jato está bichado e a decadência política é seu único caminho.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

Parentes de suspeito de degolar sobrinha dizem que ele teve surto

Erick Ramon Matias, de 25 anos, tomava remédios controlados e, segundo a madrinha da vítima, ficou descontrolado porque estava há quatro dias sem tomar uma medicação

Por: Redação OP9

Crime foi cometido no Sítio Taquara, na zona rural de Altinho. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Pequena Ágatha Lorena Marques de Jesus, de apenas nove meses. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Pedaço de cerâmica utilizada pelo suspeito para cometer o crime. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Suspeito de cometer o crime, Erick Ramon Matias Ferreira, de 25 anos, foi cercado e espancado pela comunidade revoltada com o assassinato. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Delegado Eduardo Sunaga é o responsável pelas investigações sobre o caso. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Crime foi cometido no Sítio Taquara, na zona rural de Altinho. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Pequena Ágatha Lorena Marques de Jesus, de apenas nove meses. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Pedaço de cerâmica utilizada pelo suspeito para cometer o crime. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Suspeito de cometer o crime, Erick Ramon Matias Ferreira, de 25 anos, foi cercado e espancado pela comunidade revoltada com o assassinato. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Delegado Eduardo Sunaga é o responsável pelas investigações sobre o caso. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

Crime foi cometido no Sítio Taquara, na zona rural de Altinho. Foto: Blog do Adielson Galvão/Reprodução

A madrinha da bebê de nove meses que foi degolada com um pedaço de cerâmica pelo próprio tio em Altinho, no Agreste pernambucano, afirmou que o suspeito de cometer o crime teve um surto após ficar quatro dias sem tomar um remédio de uso controlado. Testemunha da agonia da família da vítima, ela disse que Erick Ramon Matias Ferreira, de 25 anos, sofre de depressão crônica e ficou descontrolado quando ficou sem dinheiro para comprar a medicação.

Em entrevista ao portal Caruaru no Face, a madrinha da criança, que se identificou apenas como Wedja, disse que Erick estava “perturbado” com a suposta falta do remédio obrigatório. “Ele toma remédio controlado e tem problema na cabeça. Sofre de depressão. Aí faltou um medicamento dele. Quando falta, ele surta. Só que ele tenta se matar. Aí esse remédio faltou quatro dias porque a gente estava sem condições de comprar”, lamentou ela, sem citar o nome da medicação.

De acordo com policias militares que participaram da ocorrência, Ágatha Lorena Marques de Jesus foi mantida refém de Erick durante mais de 12 horas desde a madrugada desta quinta-feira (26) em uma casa no distrito de Taquara, na zona rural de Altinho. Apesar dos apelos da família, ele trancou-se no banheiro com a garota e, durante uma negociação, a PM conseguiu entrar no cômodo, mas a criança já estava morta com cortes profundos no corpo.

Mauricéia Matias Ferreira, avó de Ágatha, confirmou que Erick sofria de transtornos mentais e tomava remédios, mas disse desconhecer a versão  apresentada pela madrinha da vítima sobre a medicação que estaria em falta há quatro dias. “Há um ano, ele já vivia foragido e não tomava mais medicamento.  A gente não tinha mais contato com ele. Quando ele apareceu, que o encontrei (trancado) no banheiro, ele disse que não ia abrir a porta porque tinha uma missão”, contou, transtornada, a avó da menina.

O delegado responsável pelo caso, Eduardo Sunaga, informou que ainda não há elementos para concluir que ele tenha problemas mentais. “No depoimento, ele diz que não lembra o que aconteceu. Provavelmente, estava sob efeito de drogas, mas nada explica essa monstruosidade”.

Levado até Caruaru por motivos de segurança, Erick foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e será encaminhado nesta sexta-feira (26) a uma audiência de custódia no fórum da cidade.

Estudante garanhuense denuncia ter sido vítima de ofensas racistas feitas pelo WhatsApp






O estudante garanhuense e ativista político, Gustavo Henrique, afirmou em uma nota à imprensa ter sido vítima nesta quarta (25/09) de um ataque cibernético contendo ofensas raciais contra sua pessoa.

Em uma das mensagens, enviadas pelo aplicativo Whatsapp, o autor do ataque, que não foi ainda identificado  disse que "Não iria deixar um macaco querer ser candidato” se referindo a pré-candidatura do estudante a vereador, em Garanhuns.

O estudante fez um Boletim de Ocorrência com o objetivo de identificar o autor das ofensas.“Quem em sã consciência faria isto? Esta situação não ficará assim! Acionarei os meios legais contra essa prática criminosa e covarde”, desabafou Gustavo.

PRINTS ENVIADOS PELO ESTUDANTE À IMPRENSA




Quem é Greta Thunberg, a ativista do clima que está enfrentando potências

Jovem ativista sueca, Greta está silenciando líderes globais na ONU e é o rosto à frente de movimento estudantil global contra crise climática

Por Vanessa Barbosa



Greta Thunberg: jovem ativista está enfrentando e silenciando líderes globais sobre crise climática (Lucas Jackson/Reuters)

São Paulo – Na manhã do dia 20 de agosto de 2018, a estudante Greta Thunberg, de 16 anos, faltou à escola e seguiu sozinha para a frente do prédio que abriga o parlamento da Suécia, carregando um cartaz em que se lia skolstrejk för klimatet! (greve escolar pelo clima, em sueco) e panfletos com dados científicos sobre o aquecimento do Planeta.

Ela estava decidida a chamar a atenção dos políticos do seu país para a gravidade da crise climática mundial e seus riscos para as gerações futuras. Oito meses depois, seu protesto solitário daria lugar a uma marcha histórica pelo clima, o #schoolstrike4climate, que levou às ruas mais de 1,5 milhão de estudantes de mais de 100 países, na última sexta-feira (15).


Da ação local, a jovem vem ganhando cada vez mais visibilidade até discursar, nesta semana, durnte a Cúpula do Clima da ONU, diante de centenas de líderes globais.


Há algum tempo, no entanto, ela vem atuando publicamente pelas falas duras sobre o clima. Em 2018, durante a COP 24, a Conferência do Clima da ONU, Thunberg criticou o fracasso das nações em se comprometerem com a proteção das futuras gerações. Ela não se conteve:

“No ano de 2078, vou celebrar meu 75º aniversário. Se eu tiver filhos, talvez eles passarão esse dia comigo. Talvez eles perguntem sobre vocês, talvez eles perguntem por que vocês não fizeram nada enquanto ainda havia tempo para agir. Vocês dizem que amam seus filhos acima de todo o resto, mesmo assim estão roubando o futuro deles bem na frente de seus olhos. Até vocês focarem no que precisa ser feito ao invés do que é politicamente possível, não há esperança”, disse.


Para a estudante e ativista, sobram palavras, mas faltam ações concretas por parte dos países para reduzir as emissões de gases efeito estufa associadas, principalmente, à queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão.

“Não podemos resolver uma crise sem tratá-la como uma crise. Nós temos que manter os combustíveis fósseis embaixo da terra e precisamos focar em igualdade (…) Nós não viemos aqui para implorar para os líderes mundiais se importarem. Vocês nos ignoraram no passado, e vocês vão nos ignorar novamente. Estamos ficando sem desculpas e estamos ficando sem tempo. Nós viemos aqui para informá-los de que a mudança está chegando, quer vocês queiram ou não”, cravou.

 Momento histórico: marcha reuniu 1,5 milhão de estudantes em 15 de março.

Momento histórico: marcha reuniu 1,5 milhão de estudantes em 15 de março. (Wolfgang Rattay/Reuters)

Quem é Greta Thunberg 

Filha do ator sueco Svante Thunberg e da cantora de ópera Malena Ernman, a jovem é portadora da Síndrome de Asperger, considera por muitos um autismo leve, condição que ela faz questão de exibir na descrição de seu perfil no Twitter que soma mais de 300 mil seguidores, ao lado de “ativista do clima”.

Aos 11 anos, desenvolveu um quadro de depressão, parou de falar e até de comer. Em dois meses, perdeu dez quilos. Pouco tempo depois, a jovem foi diagnosticada com transtorno obsessivo-compulsivo e mutismo seletivo (DSM-IV), um transtorno psicológico caracterizado pela recusa em falar em determinadas situações, mas em que a pessoa consegue falar em outras.

“Basicamente, isso significa que só falo quando julgo necessário”, explicou a menina durante palestra do TEDx em Estocolmo no ano passado. E isso inclui seu alerta sobre a crise climática. “Para nós autistas, quase tudo é preto e branco. Normalmente não mentimos e não gostamos de participar de jogos sociais, que parecem tão atraente a maioria de vocês”, disse em tom de crítica. Ela se mostra indignada com o fato das pessoas considerarem a mudança climática uma ameaça existencial, mas seguirem suas vidas sem efetuar mudanças.

 Acompanhada: Greta durante manifestação pelo clima em 15 de março.

Acompanhada: Greta durante manifestação pelo clima em 15 de março. (Pontus Lundahl/TT News Agenc/Reuters)

“Eu não entendo isso. Se emissões precisam ser reduzidas, então precisamos detê-las.  Para mim, não há áreas cinzentas quando se fala em sobrevivência. Ou seguimos em frente como civilização, ou não. Precisamos mudar”, defendeu a jovem no TEDx, cujo vídeo pode ser visto no YouTube.

Durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro em Davos, a estudante sueca reiterou a necessidade de ações urgentes em prol do clima. “Eu não quero que você seja esperançoso. Eu quero que você entre em pânico. Eu quero que você sinta o medo que sinto todos os dias. E então eu quero que você aja. Precisamos agir como se a nossa casa estivesse em chamas, pois ela está”, declarou a empresários e políticos presentes  no evento.

Riscos associados à mudança do clima e meio ambiente, aliás, lideram o ranking de preocupações para a economia global, segundo o Relatório sobre Riscos Globais produzido pelo Fórum.

Embora Thunberg acredite que, no combate às mudanças climáticas, a ação política supere em muito as mudanças individuais no estilo de vida, ela faz questão de dar o exemplo, tomando medidas significativas para reduzir sua própria pegada de carbono.

Na medida do possível, ela não voa mais, optando por viajar apenas de trem, também deixou de consumir carne e laticínios após saber como o consumo de produtos animais contribui para os danos ambientais e repensou hábitos gerais de compra, além de seguir a regra dos três “erres” – reduzir, reutilizar e reciclar – que podem fazer uma enorme diferença para o bolso e para o meio ambiente.

Em março, Thunberg foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz por três deputados noruegueses, para quem “o gigantesco movimento que Greta pôs em ação é uma contribuição muito importante para a paz mundial”. Ela também foi considerada a mulher mais influente do ano na Suécia e um dos 25 jovens mais influentes de 2018. Por suas atitudes, a pequena se agigantou.



10/10Pessoas na Polônia entram em #GreveGlobalPeloClima (Omar Marques/Getty Images)




1/10Pessoas em Londres entram


General do golpe e, mais tarde, alvo da Lava Jato, ex-senador Aloysio diz que Moro manipulou o impeachment



Um dos defensores do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) agora considera que houve uma “manipulação política do impeachment” pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e pelo ex-juiz Sergio Moro, atual ministro do governo Jair Bolsonaro (PSL).(…)


Em 2016, o sr. disse que ninguém poderia barrar a Lava Jato. Continua com essa opinião? Verdade. Depois das revelações, eu fico profundamente chocado com o que aconteceu na Lava Jato. Acho que o Supremo tinha que tomar providências, uma vez que o Conselho Nacional de Justiça não sei se tomará.

Foi uma surpresa? O PT sempre criticou o viés político [da operação]. Quando você fala na divulgação do diálogo de Lula com a Dilma, evidentemente você tem uma manipulação política do impeachment. Quando você tem a divulgação da delação de [Antonio] Palocci nas vésperas da eleição presidencial, você tem uma manipulação política da eleição presidencial. Isso feito de caso pensado, como os diálogos revelaram.(…)

Foi uma surpresa? O PT sempre criticou o viés político [da operação]. Quando você fala na divulgação do diálogo de Lula com a Dilma, evidentemente você tem uma manipulação política do impeachment. Quando você tem a divulgação da delação de [Antonio] Palocci nas vésperas da eleição presidencial, você tem uma manipulação política da eleição presidencial. Isso feito de caso pensado, como os diálogos revelaram.

Supremo impõe pior derrota ao autoritarismo da Lava Jato



POR FERNANDO BRITO 




Não foi uma vitória circunstancial a que o direito de defesa obteve hoje no plenário do Supremo Tribunal Federal.

Foi sólida e deve se consumar, salvo surpresas, pelo placar de 7 a 4, quando se colher o voto do ministro Marco Aurélio Mello, na próxima sessão.

Grande parte das sentenças proferidas em julgamentos – e não só da Lava Jato – sem que a defesa dos condenados tivesse o direito de se manifestar depois daqueles que se beneficiaram da delação premiada será anulada.

As tentativas de Luís Roberto Barroso, Luiz Fachin e Luiz Fux de fazer com que esta agressão ao direito de defesa só valha daqui para a frente – “ex-nunc”, no vocabulário jurídico – foram patéticas e não têm nenhuma chance de prosperar, pela insólita pretensão de dizer que o respeito ao princípio da ampla defesa “só vale daqui para a frente”.

Mesmo a modulação sugerida por Alexandre de Moraes – vale apenas para os réus cuja defesa tenha tenha arguido antes este cerceamento de defesa, que estaria precluso (vencido) no caso de não ter havido recurso tempestivo do réu que o alegasse dificilmente se sustentará senão por razões políticas, não jurídicas.

Infelizmente, é tese com possibilidade, pelos restos de covardia presentes no STF, com chances de prosperar, mas sob protestos.

Celso de Mello deu duas vezes este recado: a primeira, em seu voto, ao dizer que a violação do devido processo legal, para ser reconhecida, independe dos reclamos do réu e a segunda, ao frisar que qualquer modulação dependeria de uma maioria de oito votos favoráveis, sinalizando que o seu não seria um deles.

O julgamento teve momentos vergonhosos, como o voto de Cármen Lúcia, ao reconhecer que havia uma violação do processo legal mas que era preciso que, dela, se comprovasse o prejuízo ao réu, numa aplicação mecânica do principio do “pas de nullité sans griffe” (não há nulidade sem prejuízo), porque o atingido, neste caso, não é o réu, mas o processo que sofreu a violação.

Luís Roberto Barroso, numa cena deprimente, tratou o julgamento como a anulação dos processos da Lava Jato, o que nunca foi.

Até porque a decisão do Supremo, ainda a ser formalizada, não anula as investigações, as delações ou os testemunhos, anula apenas as sentenças proferidas sem o exercício amplo da defesa, que deve ser permitida com o conhecimento amplo e completo das acusações.

Feito isso, todos os processos estarão aptos para julgamento.

A diferença essencial é a de que serão julgamentos de outros juízes, não de Sergio Moro.

O Deus da Lava Jato não é mais o senhor do Universo e que as decisões serão recorríveis, sem que contrariá-las seja uma heresia.

Seis homens que pretendiam assaltar bancos e carros-fortes na Bahia são mortos em confronto com a polícia



Fotos:



Seis suspeitos que pretendiam atacar bancos e carros-fortes no Sudoeste da Bahia foram mortos em confronto com a polícia nesta quarta-feira (25), em Minas Gerais. Outros seis conseguiram fugir na ação.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), a ocorrência foi iniciada há uma semana quando o grupo passou a ser monitorado pela polícia. Equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte, com suporte da Polícia Federal, seguiram o grupo por cidades baianas.

Nesta quarta, em Encruzilhada, divisa com Minas, os policiais fizeram aproximação e houve confronto. A quadrilha conseguiu fugir para o estado vizinho e foi perseguida. Ainda segundo a SSP-BA, já na zona rural do município mineiro de Padre Carvalho houve nova troca de tiros entre criminosos e forças de segurança.

Após o confronto, os criminosos Levi Nunes de Araújo, 39 anos, Valmir Silva Lemos, 34, José Mendes de Sá, 36, e outros três ainda não identificados acabaram feridos e não resistiram. O restante do grupo fugiu por um matagal.

Com os criminosos, foram apreendidos quatro fuzis calibre 7,62 e 5,56, cerca de 100 explosivos, 1.123 munições, entre elas algumas para fuzil russo modelo AK 47 e metralhadora antiaérea calibre 50, detonadores, estopins, coletes balísticos, três pistolas calibres 9mm e 40, carregadores, quatro veículos modelos Duster Oroch, Onix, Ka e Crossfox, além de capuzes, luvas e R$ 864 em espécie.