Na coluna de hoje aqui NA LUPA vamos fazer uma breve análise da situação no momento atual, da pré-candidatura do deputado federal Danilo Cabral ao governo de Pernambuco. São muitas as variáveis que procuramos demostrar que podem ou não, terem contribuído para a leitura atual que está sendo feito nas pesquisas divulgadas e registradas no TSE. A coisa vai muito além da ciência política, passa também pelo comportamento de assessores, pela surpresa da repentina entrada da pré-candidata do Solidariedade 77 no jogo, quando julgavam que a mesma disputaria apenas a reeleição de deputada federal pelo PT. Tudo isso é outros fatores que não conhecemos podem estar travando o crescimento do representante majoritário do PSB, o deputado federal Danilo Cabral. Vamos lá:
ANÁLISE- o xadrez político nada mais é do que um grande jogo em que a estratégia certa define os rumos e alavanca o candidato para a vitória. Após dezesseis anos de domínio da máquina pública estadual, a chamada Frente Popular de Pernambuco, cujo comando central está a cargo do Partido Socialista Brasileiro, o PSB, emite sinais de “fadiga de material”. (Fadiga de materiais é um processo que leva a falha mecânica local, causado por um carregamento alternado, variável, e geralmente de valor muito abaixo do que uma carga estática que leva a ruptura).
NOME NATURAL - Por mais ilógico que pareça ou possa ser, o nome natural do PSB para encabeçar a chapa da Frente Popular de Pernambuco chegou ao ponto em que o deputado federal Danilo Cabral tornou-se o nome natural do processo. Não há dúvidas que Danilo é o nome natural pela expressão de votos que possuía como candidato a deputado é porque os demais nomes do seleto grupo que manda e desmanda no PSB não possuíam, pelo menos em tese, o alcance de Danilo para o pleito estadual. Obviamente que estamos falando em nome natural, excluindo o ex-prefeito do Recife Geraldo Júlio, pois este era naturalíssimo. Com sua saída do páreo, por decisão pessoal e familiar, a natureza das coisas levou a Danilo Cabral.
OUTROS NOMES- Uma hegemonia de 16 anos não se entrega a outro partido que não seja o que estar no poder, pois caso isso aconteça o “rei” vira “soldado” e o “soldado vira rei” e tudo se inverte pois quem manda não quer ser comandado. Eis que na lista de escolhas só havia Aluísio Lessa, atual deputado estadual, pessoa fiel e decente porém carente de votos, Sileno Guedes, a antipatia em pessoa que não atende telefone de ninguém e que está eleito deputado mas que depois que assumir suas bases vão ver o que é trabalho pra se comunicar com ele. Sileno odeia se comunicar. Tadeu Alencar, equilibrado e de jogo fácil porém eliminado da escolha por ser parente dos Campos. Nessa pisada sobrou Zé Neto, cordato, educado, atencioso, tarefeiro e ideal para ser governador também, assim como Danilo Cabral é. Nossa coluna nunca duvidou da capacidade de Danilo em gerir Pernambuco. Porém Zé Neto não foi aprovado pelo crivo da família Campos. Então de fato o nome naturalíssimo do grupo fechado que domina o PSB de fato é Danilo Cabral, queiram ou não queiram.
DANILO CABRAL- Agora vem uma análise interessante, como é que pode um candidato com a máquina estatal na mão e a maior “máquina de moer campanha” que se tem notícia na história desse estado, estar estacionado há dois meses na casa de apenas um dígito nas pesquisas (levantamentos registrados no TSE). É preciso que se faça uma análise apurada da coisa. Alguns fatores estão dando um freio em Danilo. Um analista que sempre conversa com o Blog disse que o voto de Danilo Cabral pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff é um desses fatores, porque o eleitorado petista não perdoa esse comportamento. Segundo esse mesmo observador, isso será veiculado a exaustão pelos adversários nos guias eleitorais.

DANILO CABRAL 2- Uma fonte de dentro do próprio palácio disse em reserva ao Blog que os coordenadores da política do governo estadual ao receberem a notícia de que Danilo teria sido escolhido ficaram eufóricos e incrédulos porque muitos deles possuem mais intimidade com Danilo Cabral do que com o próprio Paulo Câmara. “Subiram no salto alto, não atendiam mais telefone de ninguém, não respondiam mensagens (coisas que faziam automaticamente antes da escolha de Danilo), simplesmente passaram a ignorar as segundas forças políticas nos municípios pernambucanos. Se sentiram em fim de jogo, sem o jogo ter sido jogado”, concluiu.
NO PALÁCIO - Nesse pacote os integrantes da área política de relacionamento do governo, acharam que por contar num quadro na parede com uma centena de prefeitos estaria a eleição liquidada. Agiram sem humildade e não agregaram nada. Eduardo Campos ensinou e parece que não aprenderam a lição: no jogo todo apoio ainda é pouco e quanto mais apoio mais seguro fica o caminho. A prova disso é que diversas forças políticas aliadas ao PSB tomaram rumo em direção de outras candidaturas de oposição ao projeto da Frente Popular de Pernambuco. Alguns prefeitos em reserva disseram que até pedidos de audiência com o deputado federal Danilo Cabral não foram sequer retornados, dado a euforia em que esse pessoal entrou ao ver o nome do deputado federal Danilo Cabral confirmado.
OS SOCIALISTAS NÃO ACREDITAVAM QUE MARÍLIA ARRAES TIVESSE DESPRENDIMENTO DO MANDATO DE DEPUTADA FEDERAL

FICHAS - Subestimaram a capacidade de Marília Arraes e o seu desprendimento em largar uma reeleição certa para A Câmara Federal e se lançar na disputa de forma estratégica, isso já nos pênaltis. Essa medida do tabuleiro deixou os que estavam de “salto alto”, que não eram poucos caro leitor, de orelha em pé. E assim o improvável e o que parecia impossível aos olhos de alguns, não estava na mente da corajosa Marília Arraes. Muitos pensaram ela tem voto ideológico no PT, tem eleição certa, basta Humberto Costa atrapalhar a vida dela e ela ficará quieta. Eis que nada disso aconteceu e tudo virou uma bomba que está levando a um resultado, no momento, desastroso para os atores socialistas.
PREFEITOS NA LISTA DA FRENTE POPULAR ESTÃO SÓ ESPERANDO O PULO DO GATO
AGUARDO- É grande a quantidade de gestores no estado de Pernambuco que estão só observando a cena política para dar o chamado “pulo do gato”. Esses dois meses serão cruciais para o governo do estado consolidar o apoio desses prefeitos e isso vai depender não só de uma ampla movimentação política é uma melhoria no trato pessoal com os aliados, como também de liberação de pleitos dos municípios de forma prática e real. “Nós estamos atentos para ver se o que foi pactuado com nosso município vai ser liberado e cumprido pelo governo do estado, caso não cumpram conosco, estarão nos desobrigando também de cumprir com eles” revelou um prefeito do Agreste que está de malas prontas para aderir ao palanque de Miguel Coelho.
DANILO CONHECE TODA. ENGRENAGEM DE UMA ELEIÇÃO MAJORITÁRIA DESSE PORTE POIS JÁ COORDENOU A CAMPANHA DE EDUARDO CAMPOS
COORDENADOR- Na política todo mundo sabe que os coordenadores que são alçados a posição de candidatos perdem totalmente a capacidade de coordenação, que deve ser imediatamente entregue a um profissional de confiança absoluta. Danilo sabe que não pode coordenar a própria campanha. Apesar de vasta experiência quando se mistura coordenadas e candidaturas o resultado é indigesto. Possuindo todas as qualificações os ser governador de Pernambuco, Danilo Cabral precisa dar um freio de arrumação na sua pré-campanha e designar nas regiões pessoas que conheçam as áreas e as cidades e que tenham capacidade de agregação. Não adianta mandar um engravatado do palácio usar sandálias havaianas e descer para o Agreste ou para o sertão. Isso não funciona. O que tem que ser feito na nossa modesta opinião é o inverso, colocar uma gravata no que usa havaianas e soltar ele no campo. Bom, por hora o estrago é alto, mas na política não existe impossível pois o improvável sempre pode acontecer. Nesse caso, pode acontecer nada, inclusive tudo.
PESQUISA CONECTAR DIVULGADA NO BLOG DO JAMILDO É DESAFIADORA PARA O PSB
RESULTADO - A pesquisa eleitoral do Conectar, divulgada nesta terça-feira (26), mostra Marília Arraes (SD) liderando a corrida pelo Governo de Pernambuco. Danilo Cabral (PSB)candidato da situação, patina e, neste momento, está longe de disputar um eventual segundo turno.
De acordo com o levantamento, no cenário mais amplo, Marília Arraes tem 26% de intenção de voto e, em seguida, aparece Raquel Lyra (PSDB) com 15%. Miguel Coelho (UB) tem 12% e fecha o grupo dos pré-candidatos com dois dígitos.
Pré-candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL) em Pernambuco, Anderson Ferreira (PL) começa a disputa com 8% de intenção de voto. Danilo Cabral tem cinco vezes menos votos que Marília, com 5%.
DESAFIO- O desfio está justamente em encontrar o caminho para alavancar o pré-candidato da Frente Popular de Pernambuco a ultrapassar pelo menos os três mais próximos a sua frente. A questão esbarra exatamente na falta de lideranças com voto disponíveis no estado. Uma vez que as candidaturas que estão à frente do socialista estão segurando mais de 50% dos votos