Medidas para segurança nas escolas e contra pânico cibernético
Por: Ana Paula Canto de Lima
Apesar das inúmeras mensagens que circularam informando sobre ameaças de ataques que seriam realizados, é importante destacar que a polícia está atuando fortemente para que não ocorram.
O Diario de Pernambuco noticiou que o Governo do Estado, através das secretarias de Defesa Social, de Educação e Esportes, reuniu agentes das forças de segurança e gestores regionais das unidades de ensino para definir a atuação conjunta na segurança das escolas pernambucanas. No encontro foi anunciada a ativação do número exclusivo - 197 - para emergências escolares e foi definido um protocolo de ações efetivas.
O Governo Federal informou que criou um canal de denúncias para receber informações sobre ataques e ameaças às escolas, a medida integra a “Operação Escola Segura”, uma série de ações preventivas e repressivas a ameaças e ataques às escolas em todo o país. O link para denúncia é
https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura .
A iniciativa é do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil, qualquer usuário pode realizar denúncias e não é exigida a identificação do denunciante. Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo, segundo o site.
O “Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola” - 7 de abril - é um dia para refletir e para combater esse fenômeno, é preciso envolver os jovens em dinâmicas, rodas de diálogo, trazer casos reais acerca das consequências dessa prática nefasta que nem de longe pode ser considerada uma brincadeira. É preciso tratar o tema com a seriedade que ele requer.
Na sociedade contemporânea, o cyberbullying elevou o bullying a outro patamar, a vítima não tem mais paz, pode ser atacada e agredida a qualquer dia e horário, e até dentro do próprio lar, a internet não tem pausa, o seu alcance é imprevisível, o ataque que causou o constrangimento pode viralizar criando um problema ainda maior e um sofrimento intolerável. As consequências desses fenômenos são severas, duradouras, imprevisíveis e por vezes, fatais.
Por isso, pais, conversem com seus filhos, não diminuam a dimensão do sofrimento da vítima, não desconsidere o bullying que o filho faz como se brincadeira fosse, casos de bullying e cyberbullying são mais atuais e mais prejudiciais que nunca, não desconsidere a dor e o sofrimento de quem está sendo exposto.
A escola igualmente precisa tomar as rédeas e se responsabilizar, pois é indispensável inserir meios de prevenir e combater o fenômeno, treinar professores e colaboradores para identificar os casos e orientar os envolvidos. Por fim, mas não menos importante, o Estado deve ser parte integrante desse combate. É necessário que haja campanhas, projetos, e acompanhamento das ações realizadas nas escolas. O combate ao bullying só será efetivo se o tripé funcionar. Somente assim, unindo forças, pode ser possível enfrentar o problema.