BLOG DO EDNEY
NA LUPA 🔎
Por Edney Souto.
AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS SERÃO DEFINIDAS POR FATORES LOCAIS.
Os municípios pernambucanos já respiram a política 24 horas por dia e os prefeitos atuais estão sintonizados no andamento de suas obras e ações de gestão que possam trazer o voto do eleitor para o seu projeto de continuidade na reeleição nos lugares onde os prefeitos estão em primeiro mandato. Nas demais localidades em que os papéis já foram relevantes a busca por um sucessor costuma trazer muitas problemáticas, uma vez que nos lugares em os prefeitos estão bem avaliados, todo mundo quer ser ungido candidato daquele que está no poder ou que pode causar desavenças, rupturas e sobretudo divisões que na maioria dos casos favorecem as oposições.
ESCOLHER UM SUCESSOR- Na Política escolher um sucessor significa um grande desafio, uma vez que geralmente os criadores são traídos pelas criaturas. Muitos agem assim é quando os mesmos assumem as suas cadeiras começam a mudar o seu jeito de ser. Com raríssimas exceções existem aqueles que são fiéis e leais aos prefeitos que indicaram os seus nomes e bancaram suas campanhas. Maquiavel já dizia que ninguém governa o governante deste modo é praticamente impossível eleger o sucessor e ficar em estar ferindo na gestão daquele que foi votado nas urnas. Alguns aceitam inicialmente mas logo se dão conta de que o poder estar “nas mãos” do que tem a “caneta” e não daquele que “passou a caneta”.
BOTAR PARA PERDER- Um grande prefeito amigo desse colunista quer exerceu vários mandados de prefeito sempre diz que “o melhor a se fazer em uma sucessão é lançar um candidato para perder, porque quando se lançar um candidato para ganhar, você termina com dois adversários, o que já é o seu opositor tradicional e aquele que você elegeu que passa a ser seu inimigo figadal. E quatro anos depois quando o ex-prefeito quer retomar a prefeitura terá que enfrentar dois adversários, correndo sério risco de encerrar sua carreira política precocemente.
FATOR LOCAL- As eleições municipais são um fator meramente local. O povo quer ver em discussão os problemas reais que afetam a cidade como funcionamento do hospital, transporte de paciente para fora do domicílio, o funcionamento da educação, o transporte estudantil, a merenda da escola, a oportunidade de geração de emprego e renda e tantos assuntos meramente municipais que são locais como iluminação pública, limpeza da rua, coleta de lixo, abastecimento da água, energia elétrica e tudo que eu tem a ver com funcionamento de um município. Nesse tipo de eleição fatores estaduais e nacionais possuem pouca relevância.
SEM ANDOR EXTERNO- É natural que na eleição municipal o eleitor se paute por todos os problemas que o cercam no lugar onde vive. Nesse momento o apoio dos deputados sejam eles federais ou estaduais, de governador presidente, sobretudo nas pequenas cidades, possui um potencial mínimo de influência na decisão do eleitorado, na escolha dos prefeitos e vereadores. Ou seja a decisão do voto são assuntos meramente localizados e parte na frente sempre, aqueles que vão a reeleição, e aqueles que já passaram pelo comando das prefeituras, os ex-prefeitos, com raras exceções.
NO AGRESTE E SERTÃO - os bastidores políticos no Agreste e no Sertão já fervem com a montagem de grupos que pretende disputar as prefeituras dos respectivos municípios. A quantidade de ex-prefeitos quem pretendem entrar na disputa de 2024 será muito grande, sobretudo pela mudança da lei, em relação a aprovação ou rejeição de contas pelas Câmaras de vereadores. Pela nova redação dada na Lei das inelegibilidade diversos ex-gestores passaram a ficar aptos a disputar as prefeituras. Uma vez que uma mera rejeição por parte dos vereadores, sem que o ex-gestor tenha causado danos ao erário, não o deixa mais inelegível. É isso aí.