domingo, 7 de maio de 2023

HOMENAGEM - A HISTÓRIA DE VIDA DE GIVALDO NARRADA PERFEITAMENTE

BIOGRAFIA- Givaldo Calado de Freitas nasceu em 10 de julho de 1947 na vizinha cidade de Correntes, tendo chegado em Garanhuns, com os pais, ainda nos braços de sua mãe. Foi batizado na Igreja de São Sebastião, na Boa Vista, bairro em que morou com sua família. Aprendeu as primeiras letras na Escola da Dona Ducina Galvão, que funcionava na Avenida Santo Antônio, onde hoje é o Shopping Center Brasil. Depois, foi estudar na Escola de Dona Geraldina Miranda, na Rua Dr. José Mariano, antiga Rua do Recife. Em seguida, no Colégio Diocesano de Garanhuns, até o então 2º Ano clássico, em 1965, ano do cinquentenário do Colégio. O 3º Ano clássico fez na cidade de Recife, juntamente com o Curso Torres, de preparação ao vestibular de Direito.
BIOGRAFIA 2- Aluno da tradicional Faculdade de Direito do Recife, onde se formou em Direito. “Todos os finais de semana, estava eu de volta a Garanhuns”, assevera. Em certa ocasião contou ao titular desta Coluna que começou sua vida muito cedo. Estudando, à noite, para poder trabalhar de dia, no comércio. “Precisava, na condição de filho de agricultor e pequeno comerciante. Isso foi aqui. E, também, em Recife. Trabalhei na MESBLA e na LTB. Mas, minha paixão sempre foi Garanhuns”, declarou.
NÃO SAIU DAQUI- Givaldo Calado foi Auditor Fiscal. Mais adiante, advogado do Banco Nacional da Habitação e, depois, da Caixa Econômica Federal”, revela Givaldo. Para os amigos, Givaldo sempre confessa que nunca pensou em sair de Garanhuns, apesar de seus filhos e netos viverem em Austin e São Francisco, nos Estados Unidos, e Lisboa, em Portugal. “Fiz essa opção. Afinal, gosto muito do friozinho da cidade. Conheço tantas... Ah! Mas, aqui, criei raízes. Garanhuns, realmente, é uma cidade excelente para se viver. Foi aqui, que eduquei meus filhos. Daqui, eles só saíram para prosseguir seus estudos em Recife.”
GRANDE EMPREENDIMENTO- Empresário de visão e atitudes ousadas, Givaldo sempre esteve na vanguarda do tempo. Como empreendedor nato, nunca deixou de acreditar em seus ideais. No final dos anos 80, quando a Avenida Santo Antônio ainda era uma Avenida de aspecto residencial, Givaldo ousou em construir uma empresa, tida como marco divisor do progresso daquela Avenida - o Matriz Center, uma galeria vertical para fins comerciais com cinco pavimentos, sendo quatro superiores. Para muitos o Matriz Center foi o primeiro Shopping Center de Garanhuns e Point da cidade. O empreendimento foi o primeiro daquele porte para tais fins do interior de Pernambuco. (Até o início da década de 90 a área comercial da Avenida Santo Antônio se resumia da esquina da rua 13 de Maio até os limites da 1º Igreja Presbiteriana de Garanhuns, a outra parte da Avenida era quase toda residencial).
INVESTIU EM GARANHUNS- Em 1987 Givaldo deu início a mais um empreendimento ousado na cidade. A construção do maior empreendimento comercial fora da área central de Garanhuns, no charmoso bairro de Heliópolis. Começava a nascer um hotel que faria história na cidade: o Garanhuns Palace Hotel - GPH, um hotel refinado com requintes de modernidade, dotado de instalações sofisticadas e primorosas, e distintos serviços personalizados, conforto e qualidade de serviço. E importante: “levando o nome de Garanhuns para todo o Brasil”, diz com resquício de satisfação e orgulho.”  Hoje, o PALACE é considerado o melhor hotel do interior de Nordeste, segundo agências especializadas.
CIDADE POESIA - A visão de Givaldo não se resume apenas a um hotel sofisticado. Vai além. A estrutura do empreendimento conta com uma vasta área externa comercial. Assim, lojas e escritórios de serviços fazem parte de seu conjunto que embelezam a avenida Rui Barbosa, cartão postal da “Cidade Encanto”, de tanto fala o seu gestor.
PALACE - teve sua placa inaugural descerrada em 06 de julho de 1990, quatro dias antes do aniversário de seu criador e construtor: 10 de julho. Que acreditava na “prosperidade da cidade, como tantos, como o Governador Agamenon Magalhães e o Prefeito Celso Galvão”, minimiza Givaldo. Um ano após a inauguração do Palace o Governador Joaquim Francisco e o prefeito Ivo Amaral traziam para a cidade o Festival de Inverno de Garanhuns, que, anos depois, atrairiam outros Festivais. Assim, o Garanhuns Jazz Festival, Festival Viva Dominguinhos, o Natal Luz..., “porque essa a grande vocação da cidade. Senão a maior: descanso, diversão, lazer... Só que não se sabia que a cidade chegasse a tamanha grandeza, a ponto de o seu Festival de Inverno vir a ser considerado como o Maior Festejo Multicultural da América Latina.
AMOR ETERNO- Apaixonado por Garanhuns, Givaldo fez da Cidade de Simôa sua pátria: “Minha paixão sempre foi Garanhuns.” Sua trajetória como homem público na Cidade das Sete Colinas iniciou ainda nos indos anos 60, nos movimentos estudantis. Como seu irmão, Geraldo Calado de Freitas, um importante líder estudantil, que concebeu e construiu a Casa do Estudante de Garanhuns, mas fixado na ideia de fazer de Garanhuns uma Cidade Universitária, Geraldo também exerceu um mandato de vereador por Garanhuns.
GIVALDO VEREADOR- Givaldo foi vereador na cidade, e se destacou entre os seus pares pelo trabalho inovador e desprendido dos vícios peculiares da política. Ao encerrar seu mandato foi considerado um dos melhores parlamentares da história que passaram pela Casa Raimundo de Moraes. Secretário de Cultura, entendia estranho a cidade respirar e transpirar cultura, sem contar, no entanto, com uma Secretaria de Cultura. Porque agregadas suas atribuições, ora a Secretaria de Educação, ora a Secretaria de Turismo. A Givaldo foi dada, naquela ocasião, a missão de fundar a Secretaria de Cultura de Garanhuns, e, lá, reunir artistas, produtores culturais, homens e mulheres das letras... e criar políticas públicas, focadas ao desenvolver da cidade. Mais tarde, como Secretário de Turismo, já, agora, na gestão do prefeito Sivaldo Albino, relembra as bandeiras que sempre defendeu para Garanhuns: o turismo, a cultura, educação e o comércio como suas grandes vocações, contudo, sem esquecer da agricultura, da pecuária e do agronegócio. Apesar de “as vocações de Garanhuns não se esgotarem nesses quatro ou cinco nichos. Pelo contrário, eles inspiram e incentivam outros mais. Que a eles se agregam, adensando-os. Nesse sentido, somos uma cidade plural”, comenta Givaldo.
COM SIVALDO ALBINO- Como Secretário de Turismo de sua cidade, Givaldo foi responsável junto com sua equipe, e o apoio e incentivo do prefeito Sivaldo Albino por colocarem Garanhuns de volta ao “Mapa do Turismo Nacional”. A cidade havia saído, após perder todos os prazos de inscrição e apresentação dos documentos. A omissão levou o município a ficar fora por anos do Mapa, e não poder conveniar nem receber recursos federais, mas com muito trabalho e engajamento de toda a equipe da Secretária de Turismo foi possível essa vitória para o município. Este ano, Givaldo participou e levou a bandeira de Garanhuns para o Encontro Nacional de Secretários de Turismo de todo Brasil, na capital federal. Uma oportunidade para a busca por investimentos e estratégias para recuperar a econômica, sobretudo a turística, segmento muito prejudicado durante o período de pandemia do coronavírus.
A Equipe Blog do Edney se solidariza com a família, amigos e funcionários do grande amigo pessoal Givaldo Calado de Freitas. Hoje Garanhuns está mais pobre pois a cidade encanto, a cidade poesia viu seu grande defensor e a quem sempre decantou o amor pela cidade em versos e prosas partir para a eternidade. Givaldo se encantou! Que o Criador conforte a todos.  
(A matéria acima foi publicada originalmente no blog Garanhuns Notícias e trata-se de uma verdadeira biografia sobre a vida e a obra de Givaldo Calado)

LUTO - MORRE GIVALDO CALADO DO HOTEL GARANHUNS PALACE

Givaldo Calado de Freitas, empresário do ramo hoteleiro e da construção civil, alucinado por Garanhuns e que desenvolvia um trabalho na gestão de Sivaldo Albino(PSB) como secretário municipal de Turismo, faleceu deixando uma legião de amigos. Givaldo Calado era apaixonado por Garanhuns e fazia questão de demonstrar o seu amor pela nossa cidade através de livros, artigos e publicações. Para Givaldo Calado, que também disputou a prefeitura de Garanhuns em varias oportunidades e que chegou a ser vereador da Casa Raimundo de Moraes, assim como seu irmão de saudosa memória Geraldo Calado, que foi o construtor da Casa do Estudante de Garanhuns. Sua esposa Emília Valença Calado faleceu a pouco tempo após uma longa batalha contra um câncer. As causa da morte não foram divulgadas. Que o Criador o receba Givaldo Calado na morada dos justos. Nosso Blog lamenta bastante o falecimento de um exímio ser humano apaixonado por Garanhuns a que chamava de “Cidade Poesia”.

AVISO - SEPULTAMENTO DE ESDRAS CARVALHO SERÁ HOJE 10:00h

O sepultamento do jovem estudante e servidor público Esdras Carvalho foi adiado para a manhã deste domingo (7), devido a um problema com a documentação. A família alega que houve atraso na liberação do corpo por parte do Instituto Médico Legal (IML) e que isto os impediu os transmites do Óbito. O enterro seria realizado na tarde deste sábado (6), no Cemitério São Luiz Gonzaga na cidade de Paranatama, ficou para hoje as 10 horas.
Lamentamos a falta de eficiência do IML, o que só aumenta o sofrimento dos seus familiares e amigos.

ESPECIAL - A TRAJETÓRIA DO PRESIDENTE LULA, DE GARANHUNS PARA MUNDO

Conheça a trajetória do presidente Lula
Eleito pela 3ª vez, Lula enfrenta desafios ainda maiores neste novo mandato. Saiba a trajetória do político que desperta amor e ódio no país
Eleito com 60,3 milhões de votos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se tornou presidente, em 2023, pela terceira vez. Sua vitória, porém, com mínima margem de vantagem, frente ao candidato derrotado no 2º turno, Jair Bolsonaro (PL), ajudou a ampliar a polarização no país.
Após uma transição e início de governo bastante conturbados, Lula busca implementar algumas das suas principais promessas de campanha. Entre elas, o reajuste acima da inflação do salário mínimo, a correção da tabela do imposto de renda e a entrega de uma nova regra fiscal.
Além disso, relançou o Bolsa Família e o programa Minha Casa Minha Vida, que foram marcas de seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010.
Outras iniciativas dizem respeito às áreas saúde, educação, meio ambiente e relações internacionais, que se alteraram em relação ao governo Bolsonaro (2019-2022). 
Durante a disputa eleitoral, em 2022, Lula foi amplamente questionado sobre escândalos de corrupção, sobretudo os descobertos pela Operação Lava Jato. Além disso, foi cobrado pelo período em que esteve preso, por 1 ano e 7 sete meses.
Conheça, agora, a história do líder sindical, que virou presidente, e que divide opiniões favoráveis e contrárias no Brasil e no mundo.
História de Lula
O presidente Lula nasceu em Garanhuns, em Pernambuco, no dia 27 de outubro de 1945, sendo o sétimo de oito filhos entre Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Mello. Em 1952, a família migrou para o Guarujá (SP), em busca de melhores condições de vida, viajando por 13 dias num caminhão “pau de arara”.
Em 1956, a família se mudou para o bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP). Com 12 anos, Lula teve seu primeiro trabalho, numa tinturaria, e, em seguida, foi engraxate e office-boy. Aos 14, começou a trabalhar com carteira assinada, em uma fábrica, e se formou como torneiro mecânico.
A chegada de Lula ao mundo político se deu por meio do movimento sindical, na região do ABC paulista. Entre 1969 e 1975, foi galgando espaços até se tornar presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo e Diadema (SP), representando 100 mil trabalhadores.
Após ser reeleito presidente do sindicato, em 1978, liderou uma série de greves de operários. Em março de 1979, cerca de 170 mil trabalhadores do ABC pararam as atividades. Como consequência de sua atuação, foi preso em 1980, por menos de um mês.
Em 1980, Lula ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), que contribuiu no processo de redemocratização do país, durante o período final dos governos militares (1964-1985).
Salário mínimo passará a ser no valor de R$ 1.429, segundo ministro
A primeira disputa eleitoral de Lula foi em 1982, como candidato ao governo do estado de São Paulo, não se elegendo. Em 1986, contudo, conquistou uma cadeira como deputado federal, sendo o mais votado do país. Ele teve participação na criação da nova constituição, de 1988.
Disputas presidenciais
Antes de vencer três eleições, Lula sofreu três derrotas. Em 1989, na primeira eleição direta para presidente, após 29 anos, ele foi para o segundo turno, sendo derrotado por Fernando Collor de Mello (PRN).
Em 1992, Collor sofreu impeachment e ficou marcado por ter sido o responsável pelo confisco da poupança. A iniciativa foi uma tentativa, frustrada, de controlar a inflação.

Enquanto isso, em 1994 e em 1998, foi novamente derrotado, desta vez, por Fernando Henrique Cardoso (FHC), do PSDB, partido que polarizou a política brasileira com o PT por 20 anos.
O principal feito de FHC, o que garantiu suas duas vitórias sobre Lula, foi o processo de estabilização da economia, com a criação do Plano Real. 
A medida conseguiu estancar o processo de hiperinflação que assolava o país entre os anos 80 e primeira metade dos 90. 

Veja o resultado das eleições perdidas por Lula:
1989: Collor, 35,090 milhões de votos (53,03%) x Lula, 31,075 milhões de votos (46,97%) – disputa decidida em 2º turno;
1994: FHC, 34,364 milhões de votos (54,28%) x Lula, 17,122 milhões de votos (27,04%) – disputa decidida em 1º turno;
1998: FHC, 35,936 milhões de votos (53,06%) x Lula, 21,475 milhões de votos (31,71%) – disputa decidida em 1º turno.
Vitórias de Lula
A primeira vitória de Lula aconteceu nas eleições de 2002, quando venceu o candidato do PSDB, José Serra, que havia sido ministro da Saúde de FHC. No dia 1º de janeiro de 2003, portanto, subiu a rampa do Planalto, como 35º presidente da República.
Entre suas primeiras iniciativas esteve a manutenção do processo de estabilização econômica, iniciado com FHC. Lula também se comprometeu com os princípios da “carta ao povo brasileiro”, quando assegurou que respeitaria os contratos nacionais e internacionais.

Por conta de declarações passadas, como de rompimento com o FMI e críticas ao pagamento da dívida externa, porém, houve nervosismo do mercado financeiro com a eleição de Lula. O dólar, por exemplo, disparou e o governo precisou elevar as taxas de juros.
Entretanto, o governo conseguiu ultrapassar as turbulências econômicas e implementou as bases de seus programas sociais, garantindo o crescimento da distribuição de renda. O principal deles foi o Bolsa Família, carro-chefe da política social de seus governos.

Nem mesmo o escândalo do Mensalão, de “compra de apoio” no Congresso Nacional, que derrubou seu então ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi o suficiente para tirar sua popularidade com o eleitorado.
2º mandado
Bem avaliado, Lula conseguiu a reeleição, no pleito de 2006, contra outro candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo. Assim como em 2002, Lula manteve o empresário José Alencar como seu vice-presidente na chapa.
Neste segundo mandato manteve a política de valorização do salário mínimo [veja gráfico abaixo], o que ajudou na ascensão da classe média ao poder de consumo. Foi quando surgiu também o Minha Casa Minha Vida, programa de habitação popular.
Aumentos reais no salário mínimo
O governo se destacou ainda na educação. Foram criados o Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior (FIES), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Tudo isso ampliou o acesso das classes de renda mais baixa ao ensino superior. 
Na economia, o Brasil superou a crise financeira internacional de 2007 e 2008, com medidas de estímulo à atividade, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Houve também um constante aumento da concessão de crédito às famílias.
Ao final de seus oito anos de mandato, o governo Lula acumulou um crescimento médio anual de 4% do PIB. Além disso, encerrou seu 2º mandato com uma taxa de desemprego de 5,7%, a menor desde 2002.
Enquanto isso, a classe média, segundo estudo do IBGE, cresceu 44% em oito anos, sendo que o consumo nesta faixa de renda – na época entre R$ 1.064 e R$ 4.591 – aumentou 6,8 vezes, quase se igualando aos gastos das classes A e B.  
Com relativos sucessos na economia e no campo da inclusão social, Lula deixou o governo, em 31 de dezembro de 2010, com uma aprovação recorde de 87%, conforme o Ibope. Com isso, conseguiu eleger sua sucessora, Dilma Rousseff, que assumiu em 2011.
Lava Jato e prisão 
Após deixar o governo, contudo, Lula se manteve ativo na política. Foi conselheiro informal da presidente Dilma e passou a realizar palestras no Brasil e no exterior. Ademais, ajudou, em 2012, na eleição de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. 
Em 2014, apoiou Dilma na campanha à reeleição ao Planalto, abrindo mão de um eventual terceiro mandato. Logo após eleger sua candidata, em uma disputa acirrada, novamente, contra o PSDB, desta vez com Aécio Neves, começou o declínio do PT.
Nos dois anos seguintes, se instaurou uma crise política e econômica. O estopim foi a Operação Lava Jato, que descobriu esquemas de corrupção, dentro da Petrobras. Outros partidos estavam envolvidos, mas o foco das investigações se deu em cima do PT.
Como consequência de todas as investigações, em abril de 2018, poucos meses antes da nova eleição presidencial, que apontava Lula como um dos favoritos, ele teve ordem de prisão expedida e confirmada pelo STF. 
O caso se referia ao processo do Triplex do Guarujá, quando Lula teria sido supostamente beneficiado com uma reforma, por parte de uma empreiteira, por conta de contratos envolvendo a Petrobras durante o seu governo.
Lula acabou sendo condenado, inicialmente, a 12 anos e 1 mês de reclusão, a serem cumpridos na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o caso foi julgado. Dessa forma, ele teve que sair da disputa presidencial, indicando Haddad ao seu lugar.
Ao final das eleições de 2018, Bolsonaro acabou se elegendo com 57,7 milhões de votos (55,13%), contra 47,04 milhões (44,87%) de Haddad, do PT.
Volta de Lula
Depois de ficar 580 dias preso, Lula foi solto em novembro de 2019. A ordem veio por conta de uma mudança de entendimento do STF a respeito de prisão em segunda instância. O tribunal entendeu que réus só podem ser presos se não houver mais recursos da defesa.
Em meio a isso, surgiram vazamentos de conversas envolvendo o juiz responsável pelo caso da Lava Jato, Sérgio Moro, e procuradores. Com isso, a defesa de Lula argumentou parcialidade do juiz em relação ao caso, tese aceita posteriormente pelo STF.
Entretanto, o que possibilitou a participação de Lula nas eleições foi a anulação de suas condenações, em março de 2021, no âmbito da Operação Lava Jato. A justificativa foi a de que a 13ª Vara Federal de Curitiba não era a competente para julgar os casos.
Assim, as condenações que haviam retirado Lula das eleições de 2018, por estar enquadrado na Lei da Ficha Limpa, caíram e ele pôde disputar as eleições de 2022. Dessa vez, se aliando a Alckmin, contra quem disputou o cargo em 2006.
3º mandado
A volta de Lula ao Palácio do Planalto se deu a partir da disputa mais acirrada até hoje realizada para a presidência. Ao final, a diferença de votos foi de pouco mais de 2,1 milhões, dentro de um total de 118,5 milhões de votos válidos.
Durante a campanha, a troca de acusações se sobrepôs à apresentação de propostas aos problemas da população brasileira. Uma onda de notícias falsas (fake news) e acusações de possíveis fraudes nas urnas eletrônicas tomaram conta da campanha.
Após perder a eleição, Bolsonaro não admitiu oficialmente a derrota e não passou a faixa presidencial. Em meio ao clima de tensão e de suposta tentativa de golpe, houve a invasão, em 8 de janeiro, dos prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
No início de seu terceiro governo, Lula enfrenta a desconfiança do mercado, por conta da apresentação de uma nova regra para as contas públicas, e relança os programas Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família. 
Também anunciou, no dia 1º de maio de 2023, reajustes do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda. Nos primeiros meses de governo, Lula esteve nos EUA, na China, na Argentina, no Oriente Médio e na Europa.
No exterior, Lula busca reinserir o Brasil no cenário político internacional, visando fechar novos acordos comerciais e anunciar medidas relativas ao clima, como compromissos de redução do desmatamento na Amazônia.
Entretanto, em viagem ao Oriente, o presidente fez declarações polêmicas sobre o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Além disso, enfrenta um Congresso conservador, em que terá duras negociações para aprovar os seus principais projetos.
Novos desafios
Ao contrário de 2003, quando assumiu pela primeira vez, agora, Lula enfrenta problemas de restrição orçamentária, juros altos e inflação persistente, ainda como consequência da pandemia, bem como uma polarização da sociedade.

Por mais que tenha tido uma experiência, relativamente exitosa, no passado, o contexto atual traz maiores desafios a Lula. A capacidade, portanto, de superá-los vai ditar o final de sua biografia, no futuro.

Veja o resultado das eleições vencidas por Lula:
2002: Lula, 52,793 milhões de votos (61,27%) x José Serra, 33,370 milhões de votos (38,72%) – disputa decidida em 2º turno;
2006: Lula, 58,295 milhões de votos (60,83%) x Geraldo Alckmin, 37,543 milhões de votos (39,17%) – disputa decidida em 2º turno;
2022: Lula, 60,345 milhões de votos (50,90%) x Bolsonaro, 58,206 milhões de votos (49,10%) – disputa decidida em 2º turno.
(Cândido Mendes)


sábado, 6 de maio de 2023

ROMERO ALBUQUERQUE ABRE CAMPANHA INTERNA NA ALEPE PRÓ EDUARDO PORTO

O deputado Romero Albuquerque manifestou o seu apoio ao nome de Eduardo Porto para ocupar a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, em aberto após a aposentadoria do ex-deputado estadual Carlos Porto, anunciada na última quarta-feira, 3. Vice-presidente da Comissão de Legislação e Justiça da Alepe, que apreciará o nome dos candidatos, o parlamentar defende que o advogado honrará o legado de seu antecessor e “somará à composição do TCE”.

“Eduardo preenche os requisitos e conserva as habilidades técnicas para assumir o posto de conselheiro. Estou certo e seguro de que seu nome engrandecerá ainda mais o Tribunal de Contas do Estado, dando ao trabalho da Corte aquilo que nós esperamos: ainda mais transparência e zelo pelo dinheiro público e combate à corrupção”, Romero afirmou.

O deputado garantiu uma apreciação cautelosa na avaliação de Eduardo pela CLJ. “A Comissão cumprirá o seu papel”, pontuou.

MORTO VIVO - "VIÚVA" DE EX-MAJOR PRESO, RECEBE GORDA PENSÃO

Preso pela PF, ex-major aliado de Bolsonaro é dado como morto pelo Exército e esposa recebe pensão gorda
Investigado como um dos articuladores do esquema de falsificação de carteiras de vacinação do Ministério da Saúde, o major reformado do Exército Ailton Barros - preso na quinta-feira (4) durante a Operação Venire - é tido como morto pela força militar.

Com isso, a "viúva", Marinalva Leite da Silva Barros, recebe uma pensão bruta de R$ 22 mil, sendo R$ 14 mil líquidos mensalmente, segundo o Portal da Transparência. A informação sobre o "irmão 02" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi divulgada pela Globo News.

Barros foi expulso do Exército. A remuneração para Marinalva é feita pelo menos desde setembro do ano passado. Em nota, o Exército afirmou que ele foi julgado pelo Superior Tribunal Militar (STM), em 23 janeiro de 2014 - consideraram-no "incompatível com o oficialato, resultando na perda de seu posto e patente".

Segundo o Exército, apesar da expulsão, Barros não perdeu os direitos que se estendiam aos dependentes. "Em consequência, após a exclusão das fileiras do Exército, o ex-militar foi incluído no sistema como 'morto ficto' (morto fictício) para que seus beneficiários legais (no caso a mulher) pudessem receber a pensão correspondente ao posto, cumprindo o previsto na legislação vigente.

OPOSIÇÃO DE GARANHUNS DEVERIA SEGUIR O EXEMPLO DE QUEM SE OPÕE A RAQUEL

Por Roberto Almeida
Na Assembleia Legislativa a oposição está sendo civilizada. Deu um crédito de confiança à governadora Raquel Lyra (PSDB) para contrair empréstimo de R$ 3,4 bilhões. Os deputados esperam que com essa dinheirama toda a líder política tucana comece a trabalhar e realize obras importantes para o Estado. Até mesmo a bancada do PSB, partido que a governadora critica tanto, votou a favor do projeto de empréstimo, assim como Dani Portela, do PSOL.

O líder dos socialistas na Alepe, Sileno Guedes, destaca que a oposição colaborou inclusive com emendas que melhoraram a proposta enviada pelo Palácio das Princesas.

É uma pena que em Garanhuns a oposição não tenha a mesma grandeza. O deputado Izaías Régis, líder de Raquel Lyra na Assembleia, é o primeiro a se posicionar contra um pedido de empréstimo feito pelo prefeito Sivaldo Albino, no valor de R$ 100 milhões.

Por que o Estado pode recorrer a um empréstimo de R$ 3,4 bilhões e a Prefeitura de Garanhuns não pode se endividar com uma quantia bem menor, mesmo levando em conta a proporção do Estado e do município?

Izaías e os vereadores que o acompanham não querem que se construa um hospital municipal, não querem mais ruas pavimentadas com drenagem de água, são contrários à compra de mais 10 mil lâmpadas leds, que cheguem a toda periferia e aos distritos?

De parabéns o deputado Sileno Guedes, os outros parlamentares do PSB, o PSOL e demais oposicionistas com assento na Assembleia Legislativa.

E que o exemplo deles seja seguido pela oposição de Garanhuns. Cumpram seu papel, mas sem impedir o prefeito de trabalhar, sem travar a realização de obras e o desenvolvimento da cidade.

LULA SANCIONA PROJETO DE HUMBERTO QUE INSTITUI SAÚDE BUCAL NO SUS

Lula sanciona projeto de Humberto que institui política de saúde bucal no SUS
De autoria do senador Humberto Costa (PT), o projeto que torna permanente a política de saúde bucal no Sistema Único de Saúde (SUS), aprovado pelo Congresso Nacional, será sancionado pelo presidente Lula, na próxima segunda-feira (8), e vai virar lei. A solenidade ocorrerá no Palácio do Planalto, às 11h, com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do próprio senador.
Ministro da Saúde do primeiro governo Lula, iniciado em 2003, Humberto criou, um ano depois de assumir a pasta, o programa Brasil Sorridente para tentar mudar a realidade do país nessa área. Na época, 15 milhões de brasileiros tinham perdido todos os seus dentes, 75% deles eram idosos. Somente 42% da população tinham acesso regular a escova de dente e creme dental.

"Era um quadro terrível. A saúde bucal era totalmente negligenciada. Demos início a um programa revolucionário, à maior política de saúde bucal do planeta, que deu centralidade ao tema no SUS e em todo o país. Conseguimos mudar aquela triste realidade e a cultura da população. Hoje, cuidar dos dentes e da saúde bucal é algo muito valorizado", afirma o senador, que é presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
Até o fim do governo Dilma, em 2016, mais de 20 mil equipes de saúde bucal haviam sido instituídas no país, chegando a cerca de 4,3 mil municípios em todo o Brasil. Outros 1,5 mil Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) haviam sido criados pelas administrações do PT.
"Infelizmente, tudo foi paralisado e destruído por Temer e, especialmente, por Bolsonaro. Meu projeto, que Lula vai transformar em lei, pretende tornar sa úde bucal em política permanente do SUS, para que nenhum governo nefasto, como o dos anos anteriores, possa jamais acabar com essa área tão importante da saúde", defendeu Humberto.
Com o Brasil sorridente, o SUS passou a ser o maior empregador do setor de odontologia do país. Para o senador, "saúde bucal não é só devolver saúde dentária. É, também, devolver autoestima, vontade de sorrir, de se olhar no espelho, de sentar à mesa para comer com amigos e familiares sem ter vergonha de si mesmo", disse o senador