BLOG DO EDNEY
NA LUPA 🔎
Por Edney Souto
QUE O IMPASSE ENTRE GOVERNO MUNICIPAL E GOVERNO ESTADUAL CHEGUE AO FIM. O 32° FIG É MUITO MAIOR QUE TUDO ISSO
No cenário cultural de Garanhuns, um clima de incerteza se instala à medida que se aproxima a data prevista para o 32° Festival de Inverno (FIG). O embate entre a Prefeitura, liderada pelo prefeito Sivaldo Albino do PSB, e o Governo Estadual, representado pela governadora Raquel Lyra do PSDB, coloca em risco a realização deste renomado evento cultural. O que parecia ser uma oportunidade para unir forças e fortalecer a tradição do FIG, agora se desdobra em um impasse político que ameaça a logística, financiamento e programação do festival.
As negociações entre as partes, apesar das expectativas iniciais, falharam em encontrar um consenso, deixando em suspenso não apenas a estrutura do evento, mas também seu significado econômico e cultural para a região. O FIG não é apenas um festival; é um catalisador de turismo, uma vitrine para a riqueza cultural local e um impulsionador da economia.
A Prefeitura de Garanhuns, em resposta às alegações da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), reitera seu compromisso em garantir a realização do FIG, destacando sua disposição para o diálogo e colaboração com o Governo Estadual. No entanto, as tentativas de cooperação parecem ter sido frustradas pela falta de alinhamento de objetivos e visões entre as partes.
A gestão municipal ressalta seus esforços em antecipar os preparativos para o festival, inclusive divulgando informações e atrações com um ano de antecedência. No entanto, a resposta do Governo do Estado, expressa através de um termo de cooperação que não atende às expectativas da prefeitura, levanta questionamentos sobre a verdadeira vontade política de garantir o sucesso do FIG.
É crucial reconhecer que a decisão da Prefeitura de assumir a realização do FIG em 2024 foi motivada pela percepção de que a gestão exclusiva do Estado no ano anterior foi excludente e prejudicial para a comunidade local. Portanto, a proposta de uma gestão compartilhada não é apenas uma questão de divisão de responsabilidades, mas também de inclusão e representatividade.
Enquanto os líderes políticos se engalfinham em discussões sobre financiamento e controle do evento, a comunidade artística e os cidadãos de Garanhuns aguardam ansiosamente por uma resolução que assegure a continuidade do FIG. Afinal, o festival não pertence apenas aos políticos; é um patrimônio cultural compartilhado por todos os que valorizam a diversidade e a expressão artística.
Neste impasse, é fundamental que ambas as partes coloquem os interesses da comunidade acima de suas divergências políticas. O FIG não pode ser refém de disputas partidárias; sua importância transcende qualquer agenda política. Portanto, é hora de encontrar um terreno comum e trabalhar em conjunto para garantir que o 32° Festival de Inverno de Garanhuns seja um sucesso, preservando sua história, tradição e impacto cultural.
Em minha análise, a realização do FIG não é apenas uma questão de orgulho local, mas também um reflexo do compromisso com a cultura e a arte como pilares fundamentais do desenvolvimento humano e social. Que as autoridades municipais e estaduais encontrem a sabedoria e a visão necessárias para superar este impasse e celebrar o FIG como um testemunho da resiliência e da vitalidade cultural de Garanhuns e de todo o estado de Pernambuco. O FIG é de todos nós! Garanhuenses! Pernambucanos! Brasileiros! E Pronto falei! É isso!