quarta-feira, 19 de junho de 2024

EM TRÊS MESES, LULA ANUNCIA OBRAS PARA GERAR 11 MIL NOVAS VAGAS EM CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES EM PERNAMBUCO

Em três meses, governo Lula anuncia obras para gerar 11 mil novas vagas em cursos técnicos e superiores em Pernambuco
Investimento é de R$750 milhões no estado, para novas unidades do IFPE, IFSertão e um novo campus da UFPE em Sertânia
Lula durante entrega de medalhas da Olimpíada Brasileira de Matemática, no Instituto Brasileiro de Matemática Pura e Aplicada (RJ) - Ricardo Stuckert/Presidência da República
Na última segunda-feira (10), o presidente Lula anunciou a construção de um novo campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no município de Sertânia, região do Sertão do Moxotó. Três meses antes, no dia 12 de março, ele e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), anunciaram a construção de seis novos campi de Institutos Federais no estado.

As vagas dos seis campis de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e a ampliação da UFPE para Sertânia devem produzir 11,2 mil novas vagas anuais nos ensinos técnico e superior no estado, quando as obras estiverem concluídas. O investimento somado nessas construções é de R$750 milhões.

O campus de Sertânia da UFPE deve ofertar aproximadamente 2.800 vagas anuais em seis cursos de nível superior, além de 388 vagas de emprego direto, através de concurso a ser realizado em 2025 ou 2026. Este é o quarto campus da universidade, que está presente no Recife, Caruaru e Vitória de Santo Antão.

Ângelo Rafael (PSB), prefeito de Sertânia, comemorou a conquista. “É uma felicidade grande e quero agradecer a todos os que lutaram por isso”, diz ele, citando os senadores petistas Teresa Leitão e Humberto Costa, os deputados federais Carlos Veras (PT) e Pedro Campos (PSB), além do ex-deputado Gonzaga Patriota (PSB) e do estadual Diogo Moraes (PSB). “Mas a participação mais importante, abaixo apenas do presidente Lula, é a do reitor Alfredo Gomes”, pontuou o prefeito.

Ângelo Rafael informou que o terreno para a construção do campus será doado pela prefeitura e destacou que o município será um polo para estudantes que vivem em municípios vizinhos, como Arcoverde e mesmo municípios paraibanos.

A senadora Teresa Leitão (PT) destacou o trabalho de um grupo formado por professores da UFPE e da rede estadual em Sertânia. Eles elaboraram o projeto para expandir a universidade para o município sertanejo. “Estou muito feliz. Essa iniciativa nasceu do sonho de um grupo de educadores. Esse grupo me procurou em 2023, cultivamos a ideia, eles aprimoraram o projeto e agora devo parabenizar vocês que acreditaram”, exaltou a petista, que é também professora. “Esse núcleo de educadores trabalha muito por Sertânia”, completou ela, parabenizando ainda o prefeito e o reitor.

Sertânia tem 32,9 mil habitantes e a economia local depende principalmente dos recursos públicos injetados pela Prefeitura, que aquecem o setor de comércio e serviços / Prefeitura de Sertânia/reprodução

A unidade de Vitória também tem o que comemorar no pacote de obras, já que o campus vai ganhar a quarta etapa, com mais salas de aula e laboratórios. Uma terceira conquista da UFPE é a Escola de Música, que será erguida no campus Recife, em terreno ao lado do Restaurante Universitário e em frente à Praça das Humanidades - em construção no antigo estacionamento frontal ao Centro de Educação.

O investimento na unidade de Sertânia é estimado em R$ 60 milhões. As obras mencionadas estão no pacote apelidado de “PAC das Universidades”, uma linha do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com recursos para obras de infraestrutura nas instituições de ensino superior e hospitais universitários. Este ano o montante foi de R$ 5,5 bilhões, distribuídos para 69 universidades e institutos federais.

Os números incluem a construção de 10 novos campi, que devem apliar em cerca de 28 mil as vagas de nível superior no país. Os recursos também serão destinados à construção de oito hospitais universitários e outros 23 que passarão por obras.

O reitor Alfredo Gomes celebrou as três obras da UFPE contempladas no pacote. “A UFPE está contente. Vamos aprofundar a nossa presença no estado e saldar essas dívidas que temos com a comunidade universitária, especialmente a de Vitória e a de Música”, disse Gomes. Também foram anunciados recursos para a recomposição das verbas de custeio do funcionamento das universidades. “Após anos sem investimentos em universidades, temos novamente diálogo com o Governo Federal e a retomada de obras”, comemora o reitor.

Institutos Federais

As seis unidades de Institutos Federais, anunciadas em março, são cinco do IFPE, nos municípios do Recife, Goiana, Bezerros, Santa Cruz do Capibaribe e Águas Belas; e um novo campus do IF Sertão, em Araripina. Com a ampliação, o IFPE, hoje com 16 campi, chegará a 22; já o IF Sertão amplia de oito para nove unidades. O campus do Recife, segundo o prefeito João Campos (PSB), funcionará no tradicional Edfício Trianon, onde esteve a Uninabuco/Uninassau nos últimos anos, em frente aos Correios da avenida Guararapes.

O investimento nos campi de IFs de Pernambuco foi de R$150 milhões para gerar 8.400 vagas anuais em cursos técnicos e superiores. São 6,7 mil vagas em cursos técnicos integrados ao ensino médio e 1,7 mil em cursos superiores. O anúncio, para o Brasil, foi R$ 3,9 bilhão para a construção de 100 novos campi.

O senador Humberto Costa (PT) afirmou que os investimentos estão sendo destinados, em sua maioria, para municípios do interior do Brasil. “Estamos mudando a geografia brasileira por meio da educação, valorizando a potencialidade das cidades interioranas e qualificando capital humano para se fixar nelas e desenvolvê-las”, diz Costa.

O petista mostra otimismo. “É um cenário animador, um ambiente de mudanças profundas por meio da educação”, diz ele, pontuando que a formação é uma conquista pessoal, mas com reflexos na sociedade. Costa afirma que até 2026 o Brasil terá 18 novas universidades e 173 novos campi. “Nós criamos, só nos governos do PT, mais universidades e institutos federais do que em 500 anos de Brasil”, destaca.

Greves continuam

No anúncio dos investimentos do PAC das Universidades, Lula discursou pelo fim da greve dos servidores técnicos e professores. A greve completa dois meses neste 15 de junho. O Governo Federal tem oferecido ganhos salariais para 2025 (9%) e 2026 (5%), mas os profissionais não abrem mão de um aumento de 7% ainda em 2024

NINO DE ENOQUE É O NOVO LIDER DO PL NA ALEPE, FEITOSA FOI AFASTADO

Nesta terça-feira (18), o Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) trouxe uma significativa mudança na liderança da bancada do Partido Liberal (PL). O deputado Nino de Enoque, em seu primeiro mandato, assumiu a liderança da legenda, que possui cinco deputados na Alepe. Este movimento marca uma reconfiguração nas relações políticas internas e externas do PL, refletindo uma aproximação estratégica com o Palácio do Campo das Princesas.

Nino de Enoque, apesar de sua atuação discreta no plenário, é visto como um aliado confiável do governo estadual. Sua nomeação como líder do partido sugere uma consolidação do apoio do PL à governadora Raquel Lyra, do PSDB. Este apoio é evidenciado pelo alinhamento de Enoque às orientações governamentais e sua ausência de críticas à gestão tucana. Essa mudança de liderança dentro do PL pode ser interpretada como uma manobra para garantir um bloco mais coeso e favorável ao governo nas votações e debates legislativos.

A substituição de Alberto Feitosa, que até então liderava a bancada do PL, é uma peça central nesse rearranjo político. Feitosa, conhecido por suas frequentes críticas à administração de Raquel Lyra, foi rebaixado para a posição de terceiro vice-líder. Esta demissão do cargo de liderança parece ser uma resposta direta às suas constantes manifestações oposicionistas, que contrastavam com a nova direção que a bancada do PL pretende seguir.
Essa reconfiguração não se limita apenas à liderança da bancada, mas também deve provocar mudanças significativas nas comissões mais importantes da Alepe, onde o PL possui representação. A expectativa é que estas mudanças facilitem um ambiente legislativo mais favorável às propostas e projetos do governo estadual.

O contexto dessa mudança ganha ainda mais complexidade ao considerarmos as recentes exonerações no Detran, que afetaram cargos indicados por Anderson Ferreira, presidente do PL em Pernambuco. Essas exonerações, no entanto, não abalaram a relação do partido com a governadora. Pelo contrário, a substituição de Feitosa por Enoque pode ser vista como uma demonstração de que o PL, apesar das turbulências, está comprometido em manter um relacionamento construtivo com o governo de Raquel Lyra.

Ainda há especulações sobre a ocupação de novas pastas por membros do PL no governo estadual, o que indica que a rearrumação interna no partido pode ser apenas o começo de uma série de movimentos políticos destinados a fortalecer a aliança com o Palácio do Campo das Princesas. A substituição na liderança do PL na Alepe é, portanto, um sinal claro de que o partido está realinhando suas estratégias e prioridades para se manter relevante e influente no cenário político de Pernambuco.

Em resumo, a troca de liderança no PL da Alepe, com Nino de Enoque assumindo a frente e Alberto Feitosa sendo rebaixado, é um reflexo de uma estratégia política mais alinhada com o governo de Raquel Lyra. Este movimento não só demonstra a dinâmica interna do partido, mas também sublinha a importância das alianças políticas para a governabilidade e a execução das políticas públicas no estado.

GELLER DIZ QUE LEILÃO DE ARROZ FOI DECISÃO DA CASA CIVIL E CORONEL MEIRA CONVOCA RUI COSTA

Geller diz que leilão de arroz foi decisão da Casa Civil e Coronel Meira convoca Rui Costa
Em audiência Pública realizada na manhã desta terça-feira, 18, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural – CAPADR, o ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller disse que a decisão de realizar leilão para importação de  um milhão de toneladas de arroz partiu da Casa Civil, diante dessa afirmação, o deputado Coronel Meira (PL-PE) fez requerimento convocando o ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa para prestar esclarecimento sobre o assunto na comissão.

Após a anulação do leilão de 263 mil toneladas, em 11 de junho de 2024, diante de irregularidades e possíveis ilegalidades no certame, o ex-secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Neri Geller, declarou que a organização dos leilões para a importação de arroz partiu da Casa Civil e do Ministro Carlos Fávaro.

Ainda de acordo com o ex-secretário, o Ministro Rui Costa foi responsável pela decisão de importar as 300 mil toneladas de arroz junto com o Ministro da Agricultura. Geller afirmou que os critérios técnicos não foram seguidos e que era preciso analisar qual foi efetivamente a perda de arroz, qual o nível de estoques em outros grandes centros e quanto a logística de transporte foi prejudicada, e considerou que o processo de importação das 300 mil toneladas foi conduzido de forma equivocada. 

“Precisamos saber o porquê da decisão de importar arroz, da real finalidade de fazer leilão, do impacto econômico no setor nacional de produção de arroz a curto e médio prazo, do provável risco de desabastecimento, em razão da quebra do produtor brasileiro,” disse o deputado. O Requerimento também foi assinado pelos deputados Tião Medeiros (PP/PR), Zucco (PL/RS) e Marcel Van Hattem (NOVO/RS).

VÍDEO - EMPRESÁRIO FOI MORTO POR PAPANGU ASSASSINO PORQUE OS TRAFICANTES ACHAVAM QUE ELE ERA INFORMANTE DA POLÍCIA

Papangu assassino: Empresário foi morto porque traficantes acharam que ele era informante da polícia
 
A morte de Rafael Gonçalves Elihimas — o empresário de 34 anos assassinado por um homem fantasiado de papangu no domingo de carnaval em Olinda — foi encomendada por uma facção criminosa que comandava o tráfico de drogas na área onde o crime aconteceu. Segundo o delegado responsável pelas investigações, os traficantes achavam que ele era informante da polícia.

De acordo com as investigações, a mesma quadrilha foi a responsável pela morte do produtor de brega funk José Otávio de Queiroga Maciel Júnior no ano passado (saiba mais abaixo).

Os detalhes sobre o caso foram divulgados nesta terça-feira (18). Em entrevista ao g1, o delegado Francisco Océlio, titular da 9ª Delegacia de Homicídios, disse que o posto de gasolina de Rafael, onde ele foi morto, era usado como ponto de apoio por policiais que investigavam a quadrilha da comunidade do V8, no bairro do Varadouro.

Segundo Océlio, nove pessoas estariam envolvidas no crime. Cinco foram presas, três estão foragidas e uma foi encontrada morta sete dias depois do assassinato.

"Havia ali perto [do posto] outro estabelecimento comercial, de fachada, que servia como ponto de venda de drogas [para os traficantes]. Eles [os policiais] compravam água, lanchavam, e Rafael chegou a dizer para os funcionários não cobrarem porque achava bom que a polícia ficasse lá. E quando a polícia começou a se concentrar ali, a dona do outro estabelecimento fechou porque não dava mais para vender droga com a polícia ali", contou o delegado.

De acordo com Francisco Océlio, o atirador, identificado como Glaucio Pereira dos Santos, de 24 anos, não fazia parte do grupo criminoso e falou em depoimento que foi contratado apenas para praticar aquele crime.

"Quando perguntamos qual foi a motivação, o 'papangu' disse que não contaram os detalhes porque só mandaram matar, mas disseram que o rapaz era um X9. É o cara que delata", explicou o delegado.

O mandante, identificado apenas como Egídio, de 38 anos, foi preso na semana passada no Rio de Janeiro. Segundo o delegado Francisco Océlio, ele era um dos "gerentes" da facção, junto com outro suspeito, conhecido como Balaquinha, que estava com Egídio na capital fluminense, mas conseguiu fugir.

"O 'papangu' disse que trabalha com transporte por aplicativo e que conheceu o mandante do crime durante uma corrida. Eles conversaram e acabaram se acertando", relatou Océlio.


O delegado contou ainda que o empresário não conhecia os traficantes e não imaginava que poderia ser alvo deles. "A vítima não tinha a menor preocupação de que aquilo aconteceria. Se ele estivesse passando informações para a polícia, ele não estaria com a guarda aberta", afirmou. (Via: G1 PE)

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