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Por Edney Souto
EM NOME DA UNIDADE DO PT, CARLOS VERAS SE RETIRA DO PROJETO VICE DE JOÃO E APOIARÁ MOZART SALES NO PROJETO DO PT
Em um encontro decisivo realizado no início da noite de ontem, o Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou a escolha de Mozart Sales como candidato a vice-prefeito na chapa de João Campos, prefeito do Recife, para as próximas eleições municipais. O encontro contou com a presença de importantes figuras políticas, incluindo os senadores Teresa Leitão e Humberto Costa, o deputado federal Carlos Veras, e o médico e ex-vereador Mozart Sales.
Contexto e Importância da Decisão
O processo de escolha do vice-prefeito foi marcado por intensas articulações e debates internos, refletindo a complexidade e a importância da decisão para o futuro político do Recife. A escolha de Mozart Sales é vista como um passo estratégico para fortalecer a aliança entre o PT e o PSB, partido de João Campos, garantindo uma campanha sólida e coesa.
Carlos Veras Retira Candidatura
Carlos Veras, que vinha sendo um dos nomes cotados para a posição de vice-prefeito, optou por retirar sua candidatura. Em comunicado oficial, Veras destacou que sua decisão foi tomada em nome da unidade interna do PT e da coesão da Federação Brasil da Esperança e da Frente Popular do Recife. Ele ressaltou que suas responsabilidades como deputado federal limitariam sua disponibilidade para a campanha, enquanto Mozart Sales, com mais tempo e apoio, seria a melhor escolha para representar o partido.
Comunicação Oficial de Carlos Veras
"Prezados amigos e amigas, venho comunicar que, em nome da unidade interna do PT, bem como da coesão da Federação Brasil da Esperança e da Frente Popular do Recife, retiro meu nome da lista de possíveis pré-candidatos à vice-prefeitura do Recife, na composição com o PSB. Essa decisão foi construída conjuntamente aos coletivos petistas e lideranças populares, que impulsionaram esse projeto – e a todos, agradeço imensamente por toda a confiança e dedicação.
O PT do Recife agora segue com o nome do companheiro Mozart Sales, a quem desejo todo êxito no pleito. Vou, a partir de agora, intensificar a missão conferida a mim pelo presidente Lula e pelo senador Humberto Costa, de lutar contra as forças atrasadas que tentam retomar um lugar central de poder em Pernambuco e no Brasil.
Entre as ações prioritárias com essa finalidade, está a de contribuir com o processo eleitoral, em todo estado, para que o PT, a Frente Popular e todas as forças progressistas façam o maior número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Essa atribuição é fundamental, considerando que o resultado das eleições municipais terá impactos não apenas locais, mas se configura como a primeira trincheira de luta para a preservação da democracia e da busca pela justiça social em todo o país, que tem à frente a maior liderança do Brasil: o presidente Lula. Por fim, convoco todas as forças progressistas e emancipatórias de Pernambuco para seguirmos juntas e juntos a fim de cumprir essa imensurável missão, que será decisiva na composição do futuro da nação brasileira."
Articulações Internas e Acordo Final
A decisão de Veras foi construída com base em amplas consultas aos coletivos petistas e lideranças populares. Antes do encontro final, Veras se reuniu com seu grupo e, juntos, chegaram ao consenso de que Mozart Sales, devido à sua maior disponibilidade e articulação prévia, era a escolha mais adequada. Esse entendimento foi fundamental para evitar uma votação interna que poderia evidenciar divisões na base do partido.
Reação dos Senadores e Impacto na Campanha
Os senadores Teresa Leitão e Humberto Costa celebraram a decisão, destacando a importância de evitar uma disputa interna que poderia fragilizar a aliança com João Campos. Ambos trabalharam intensamente para garantir um consenso que fortalecesse a unidade partidária. Com a escolha de Mozart Sales, o PT apresenta um candidato a vice-prefeito com experiência e capacidade de agregar valor à campanha de João Campos.
Estratégia e Desafios Futuros
Com a retirada de Veras e o apoio unificado a Mozart Sales, o PT se posiciona estrategicamente para as eleições municipais. Veras afirmou que, a partir de agora, intensificará seus esforços na luta contra as forças conservadoras que tentam retomar o poder em Pernambuco e no Brasil. Ele destacou a importância de eleger um grande número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores progressistas, ressaltando que o resultado das eleições municipais terá um impacto significativo na preservação da democracia e na busca pela justiça social em todo o país.
O Papel de Mozart Sales na Campanha
Mozart Sales traz para a chapa de João Campos um perfil técnico e político robusto. Criador do Programa Mais Médicos, do governo federal, Mozart Sales comandou a Secretaria Nacional de Gestão de Trabalho e Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, durante três anos (2011-2014), a convite do então ministro Alexandre Padilha. Durante este período, estudou programas de intercâmbio de médicos em países como Canadá, Inglaterra, Espanha, Portugal e Austrália, adaptando-os de forma bem-sucedida para o Brasil.
Mozart também idealizou o Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica (Provab), cujo objetivo é incentivar médicos, enfermeiros e dentistas brasileiros a atuar nos Postos de Saúde da Família (PSF) espalhados pelo país. Em 2003, Mozart foi assessor do então ministro da Saúde Humberto Costa (PT). Em 2009, retornou a Brasília como chefe de gabinete de Alexandre Padilha, à época ministro das Relações Institucionais, com quem tem uma amizade desde os tempos de movimento estudantil.
Histórico de Mozart Sales
Mozart também possui uma longa trajetória de militância. Ele foi um dos protagonistas do movimento estudantil na Universidade de Pernambuco, exigindo eleições diretas para reitor, além de ter participado do movimento dos caras-pintadas, que culminou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Mozart se filiou ao PT em 1992 e atuou no Sindicato dos Médicos de Pernambuco até 2000, quando assumiu a gerência do Distrito Sanitário VI do Recife. Em 2004, foi eleito vereador do Recife, e em 2006, ficou na primeira suplência para deputado estadual.
Mozart Sales, natural de Fortaleza, mudou-se para o Recife aos 20 anos para estudar medicina na Universidade de Pernambuco. Especializou-se em clínica médica e medicina legal. É casado com a médica Jurema Telles, com quem tem três filhos, Letícia, Victor e Larissa.
Carreira Política e Contribuições
1. Movimento Estudantil e Início da Militância:
- Entre 1990 e 1994, Mozart foi uma figura central no Diretório Acadêmico de Medicina Josué de Castro, liderando a luta pela redemocratização da Universidade de Pernambuco (UPE).
- Protagonizou o movimento que ocupou a reitoria da UPE por uma semana, exigindo eleições diretas para reitor.
- Participou ativamente do movimento dos caras-pintadas, que culminou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
2. Atuação Sindical:
- Militou no movimento sindical através do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) até 2000.
- Assumiu a gerência do Distrito Sanitário VI do Recife na gestão do ex-prefeito João Paulo (PT).
3. Carreira Política:
- Em 2004, foi eleito vereador do Recife, sendo o 13º mais votado na capital pernambucana, com 8.470 votos.
- Presidiu a Comissão de Higiene, Saúde e Bem-estar da Câmara, e integrou as comissões de Ética Parlamentar e de Direitos Humanos.
- Em 2006, disputou a eleição para deputado estadual e ficou na primeira suplência, com 24.516 votos.
- Atuou na Assembleia Legislativa de Pernambuco por 28 dias, substituindo Isaltino Nascimento.
- Em 2008, disputou a reeleição para vereador e ficou na terceira suplência, com 6.891 votos.
4. Contribuições no Ministério da Saúde:
- Comandou a Secretaria Nacional de Gestão de Trabalho e Educação na Saúde (2011-2014).
- Criador do Programa Mais Médicos, adaptado a partir de programas internacionais.
- Idealizou o Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica (Provab).
Unidade Consolidada
A decisão de Carlos Veras de retirar sua candidatura em favor de Mozart Sales reflete um compromisso com a unidade e a estratégia partidária do PT no Recife. Com essa escolha, o partido não apenas fortalece a chapa de João Campos, mas também se posiciona de forma mais coesa e preparada para enfrentar os desafios eleitorais que estão por vir. A expectativa é que essa unidade se traduza em uma campanha sólida e bem-sucedida, capaz de manter o Recife no caminho do progresso e do desenvolvimento social. A coesão demonstrada pelo PT será um diferencial importante na construção de uma campanha que busca não apenas a vitória eleitoral, mas também a consolidação de políticas públicas que beneficiem toda a população do Recife. É isso!