Em meio a intensas discussões políticas e expectativas crescentes, o prefeito de Recife, João Campos, fez declarações importantes à imprensa no último fim de semana. Durante a conversa, o prefeito esclareceu que a decisão sobre a vaga de vice-prefeito não será tomada em julho, mas sim no início de agosto. “Os partidos já tiveram seus posicionamentos formais sobre isso, tanto a direção nacional do meu partido, o PSB, quanto a direção nacional do PT, elencando cinco cidades prioritárias para a articulação direta do presidente da República. E o prazo de decisão (sobre a vice) será nas convenções partidárias, que no nosso caso será no último final de semana previsto. Ou seja, no primeiro final de semana de agosto”, afirmou João Campos.
Essas declarações vêm em um momento crucial para a política recifense, onde as especulações sobre a escolha do vice-prefeito têm sido intensas. A expectativa é que a decisão seja anunciada apenas no último minuto possível, como o prefeito já havia indicado anteriormente. “Na seara do campo político, o prefeito recifense já disse, reiteradas vezes, que só vai anunciar o seu candidato bem próximo ao último minuto da prorrogação do prazo para as convenções, que começam no próximo dia 20 e se encerram em 5 de agosto.”
No entanto, mesmo com a demora estratégica, o nome do escolhido já está praticamente definido. O chefe de gabinete de João Campos, Victor Marques, é o indicado para ocupar a vaga de vice-prefeito. Filiado ao PCdoB, partido que faz parte da federação liderada pelo PT, Marques é visto como uma escolha estratégica que pode agradar a diversas alas da base aliada do prefeito. Apesar do desejo do PT de participar diretamente da chapa, a escolha de Victor Marques pelo PCdoB representa um equilíbrio delicado dentro da coalizão política que sustenta a gestão de Campos.
A decisão de adiar o anúncio oficial até o último momento permitido pelas convenções partidárias revela uma estratégia calculada de João Campos. Ao manter o suspense até o final, o prefeito busca evitar desgastes desnecessários e manter a coesão de sua base de apoio, enquanto administra as expectativas e pressões de diversos setores políticos.
Com as convenções partidárias previstas para o período de 20 de julho a 5 de agosto, o anúncio oficial de Victor Marques como vice-prefeito deve ocorrer apenas nos dias finais desse prazo. Até lá, o cenário político recifense continuará repleto de especulações e manobras, à medida que partidos e lideranças tentam assegurar suas posições e influências na próxima gestão municipal.
A declaração de João Campos sobre o adiamento da decisão do vice-prefeito para o início de agosto e a confirmação informal de Victor Marques como o escolhido revelam uma estratégia política bem articulada, destinada a maximizar o apoio e minimizar conflitos internos, mantendo a base aliada unida até o último momento possível.