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Por Edney Souto
PERNAMBUCO SE VONSOLIDA COMO DESTAQUE EM NOVOS INVESTIMENTOS NO NORDESTE, ESTADO DEMONSTRA FORÇA ECONÔMICA E LIDERA CRESCIMENTO EMPRESARIAL DESTACANDO-SE NACIONALMENTE NUM CENÁRIO DE EXPANSÃO E EMPREENDEDORISMO
Em outubro do ano passado, o Nordeste reafirmou sua relevância no cenário econômico nacional com a criação de 59.905 novos empreendimentos, um reflexo do fortalecimento da região como ambiente favorável ao empreendedorismo. Entre os Estados nordestinos, a Bahia assumiu a liderança, com 16.816 novos registros, consolidando um crescimento de 12,9% em relação ao mesmo período de 2023. Pernambuco, por sua vez, destacou-se em segundo lugar, com 10.696 novas empresas, superando o Ceará, que vinha em crescimento consistente, mas registrou 10.355 novos negócios.
Esse desempenho coloca Pernambuco como um protagonista no fortalecimento econômico do Nordeste, demonstrando a eficácia das políticas públicas voltadas ao empreendedorismo e a capacidade do Estado de atrair e sustentar investimentos.
Os números por trás do avanço pernambucano
Os dados do Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian destacam o protagonismo de Pernambuco no cenário nordestino. O Estado não apenas consolidou sua posição à frente do Ceará, mas também manteve uma distância significativa dos demais estados da região. O Maranhão, quarto colocado, registrou 4.735 novos empreendimentos, seguido pela Paraíba, com 4.693.
Os números revelam que Pernambuco atraiu mais que o dobro de investimentos em relação a esses Estados, refletindo o impacto de fatores como infraestrutura, localização estratégica e programas estaduais de incentivo ao empreendedorismo. Além disso, a ascensão de micro e pequenos negócios, impulsionados pela facilidade de formalização e pelo crescimento do mercado digital, tem contribuído para manter o ritmo de desenvolvimento.
Crescimento nacional: Pernambuco em um cenário mais amplo
No panorama nacional, o Brasil registrou 394.710 novos CNPJs no mesmo período, o equivalente a uma nova empresa aberta a cada cinco segundos. Esse número reflete um aumento expressivo de 16,5% em relação a outubro de 2023. O Sudeste, com sua infraestrutura consolidada e poder econômico, liderou o ranking nacional, contabilizando 204.791 novas empresas. São Paulo, principal motor econômico do país, foi responsável pela abertura de 123.782 novos empreendimentos, mais de 30% do total nacional.
O Sul, com 76.991 novos registros, aparece em segundo lugar, seguido pelo Centro-Oeste, que registrou 34.835, e o Norte, com 18.188. Apesar de ainda estar atrás das regiões mais ricas, o Nordeste consolida sua posição como uma força emergente, tendo Pernambuco como um dos pilares desse crescimento.
O domínio dos setores e o papel dos MEIs
A análise setorial das empresas abertas no Brasil revela que o setor de Serviços liderou, com 290 mil novos negócios, refletindo a predominância da economia digital e de atividades voltadas à prestação de serviços especializados. O Comércio ficou em segundo lugar, com 75.737 novas empresas, seguido pela Indústria, com 23.929.
Outro destaque foi o predomínio dos Microempreendedores Individuais (MEIs), responsáveis por 282.204 novos registros. A formalização de pequenos negócios tem sido impulsionada por políticas de simplificação tributária e maior acesso ao crédito, permitindo que milhares de empreendedores ingressem no mercado formal. As Sociedades Limitadas, com 89.158 unidades, ocuparam o segundo lugar, seguidas pelas Empresas Individuais (13.257) e por empreendimentos classificados como “Demais” (10.091).
O ambiente pernambucano para negócios
O crescimento de Pernambuco como um dos líderes de novos investimentos no Nordeste não é por acaso. A implementação de políticas de apoio ao empreendedorismo, como a simplificação de processos burocráticos e o fortalecimento da infraestrutura logística, tem sido crucial para criar um ambiente favorável à atração de negócios.
Além disso, a localização estratégica do Estado, que conecta o Nordeste às principais rotas comerciais do País, e a presença de polos industriais e tecnológicos são fatores determinantes para atrair empresas de diferentes segmentos. A expansão de programas voltados à qualificação da mão de obra local também contribui para a sustentabilidade desse crescimento.
Os desafios e as perspectivas para Pernambuco
Apesar do avanço expressivo, desafios importantes precisam ser enfrentados para que Pernambuco continue a crescer de forma sustentável. Segundo a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, o sucesso dos novos negócios depende de fatores como acesso a recursos financeiros, orientação técnica e uma infraestrutura sólida para apoiar o crescimento.
“O ambiente de negócios dinâmico e as políticas de apoio ao empreendedorismo têm estimulado a abertura de novas empresas. Contudo, a aceleração da transformação digital e a redução das barreiras de entrada também impõem a necessidade de estratégias que garantam a saúde financeira e a sustentabilidade desses empreendimentos a longo prazo”, destacou Abdelmalack.
Em termos práticos, isso significa que Pernambuco precisará continuar investindo em áreas-chave, como inovação tecnológica, políticas de crédito e incentivos fiscais para pequenos negócios. O fortalecimento das parcerias entre o setor público e privado também será fundamental para ampliar a atratividade do Estado para investidores nacionais e internacionais.
Pernambuco como referência no Nordeste
Os resultados alcançados em outubro de 2024 colocam Pernambuco em uma posição privilegiada dentro do Nordeste e do Brasil. Ser o segundo Estado da região em novos investimentos não apenas confirma o protagonismo econômico do Estado, mas também aponta para a necessidade de manter o ritmo de desenvolvimento e buscar soluções que consolidem essa trajetória de crescimento.
A combinação de políticas públicas eficazes, empreendedorismo crescente e um ambiente de negócios favorável é a base sobre a qual Pernambuco pode construir um futuro ainda mais promissor. Esse avanço, no entanto, só será sustentável se houver atenção contínua aos desafios que o crescimento traz consigo, garantindo que o Estado permaneça como um dos principais destinos de investimento do Nordeste. É isso!