sexta-feira, 23 de maio de 2025

PREFEITO PAULO GALVÃO BUSCA RECURSOS PARA ITAMARACÁ AO LADO DO DEPUTADO FEDERAL EDUARDO DA FONTE

O prefeito de Ilha de Itamaracá, Paulo Galvão, marcou presença na 26ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, evento realizado entre os dias 19 e 22 de maio na capital federal. Promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), a Marcha é considerada o maior encontro municipalista da América Latina e se consolidou como espaço estratégico para o diálogo entre prefeitos, parlamentares, ministros e o Governo Federal. Acompanhado do deputado federal Eduardo da Fonte, o gestor de Itamaracá participou ativamente das atividades do evento, buscando fortalecer a posição do município nas discussões nacionais e garantir o encaminhamento de pleitos diretamente ligados ao desenvolvimento da Ilha.

Durante os dias de programação, Paulo Galvão esteve presente em reuniões com representantes de ministérios e técnicos da CNM, apresentando as demandas urgentes do município e reivindicando avanços em áreas prioritárias como saúde, educação, infraestrutura e turismo. Uma das bandeiras defendidas pelo prefeito foi o aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), essencial para o equilíbrio fiscal de cidades como Itamaracá, que dependem fortemente dos repasses federais para manter serviços públicos básicos e executar novos investimentos. A escassez de recursos nos últimos anos, agravada por crises econômicas e cortes orçamentários, tem exigido dos gestores uma atuação mais incisiva junto ao Governo Federal, e a Marcha se mostrou uma oportunidade crucial para esse enfrentamento institucional.

Acompanhado de Eduardo da Fonte, parlamentar que possui forte articulação política em Brasília, o prefeito buscou viabilizar projetos que impactem diretamente a vida da população da Ilha, como obras de infraestrutura urbana, modernização do sistema educacional e fortalecimento do setor turístico, uma das principais vocações econômicas locais. Além disso, foram tratados temas como a ampliação da cobertura da atenção básica em saúde, a destinação de recursos para construção de unidades de saúde e escolas, e a implementação de ações de proteção ambiental voltadas para o ecossistema costeiro da região. Paulo Galvão destacou a importância da presença ativa do município em espaços de decisão nacional e reafirmou o compromisso de sua gestão com a articulação federativa como estratégia para promover avanços reais em Itamaracá.

O chefe do Executivo municipal aproveitou a ocasião para estreitar o relacionamento com lideranças políticas e técnicas de diversas partes do Brasil, fortalecendo redes de cooperação e trocando experiências sobre modelos de gestão pública que têm apresentado bons resultados em outras cidades. Para ele, a interlocução com autoridades federais é indispensável para assegurar que a realidade das cidades litorâneas e com desafios socioeconômicos específicos como Itamaracá seja compreendida e acolhida nos programas nacionais. A busca por recursos e apoio institucional é vista como um dos pilares de sua administração, que tem priorizado investimentos que melhorem a infraestrutura da Ilha, incentivem o turismo sustentável e ampliem o acesso da população aos serviços públicos de qualidade.

IFOOD REAJUSTA VALOR DE COMISSÃO PARA ENTREGADORES ACIMA DA INFLAÇÃO

A plataforma de delivery e entregas iFood anunciou um novo reajuste para os entregadores que atuam no aplicativo a partir de 1º de junho.

Com a nova atualização, os entregadores passarão a receber um valor mínimo por entrega acima da inflação acumulada em 2024, que foi de 4,8%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O reajuste entra em vigor em junho e eleva o valor mínimo de R$ 6,50 para R$ 7,00 para os entregadores que utilizam bicicletas. Já para os profissionais que usam moto ou carro, o valor será de R$ 7,50.

Os aumentos representam 7,7% e 15,4%, respectivamente.

De acordo com a plataforma, os reajustes foram definidos considerando as particularidades de cada meio de transporte. Por exemplo, motos e carros têm custos de manutenção mais altos do que bicicletas.

O aplicativo também deverá ampliar a cobertura gratuita do seguro pessoal para casos graves, que passará a atingir até R$ 120 mil.

COLUNA POLÍTICA | NA LUPA 🔎| POR EDNEY SOUTO

ELEIÇÃO SEM LULA E BOLSONARO EM 2026 SERÁ IMPREVISÍVEL E CENÁRIO ABERTO PODE ATRAIR NOME ENCANTADO
UMA ELEIÇÃO SEM OS DOIS POLOS DA POLÍTICA BRASILEIRA
Lula e Bolsonaro, protagonistas de um dos capítulos mais intensos da política nacional nas últimas décadas, podem estar fora do páreo em 2026. A ausência de ambos abre caminho para um cenário absolutamente inédito desde a redemocratização. Sem eles, o campo está livre — e o jogo, perigosamente imprevisível. Vamos dar uma analisada NA LUPA desta sexta-feira.

HADDAD E A FRASE QUE ABRIU A DISCUSSÃO
Em recente entrevista à imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi direto: “Não existem só Lula e Fernando Haddad no mundo. Está cheio de gente boa que pode se apresentar”. A declaração, embora embrulhada num discurso de humildade, soou como um ensaio. Uma sinalização. Haddad disse não pensar em eleição, mas a política não dorme.

PT DIVIDIDO ENTRE A PRESERVAÇÃO DE LULA E O NOVO CICLO
No interior do Partido dos Trabalhadores, o debate é intenso. Há quem defenda que Lula não se exponha a uma nova disputa, especialmente se a chance de vitória for mínima. O motivo? Preservar o legado. Há também quem aposte que Haddad, mesmo derrotado em 2018, seja a melhor opção viável — o “plano B” já vestido de “plano A”. Todos os que detém algum espaço no “poder” querem empurrar Lula a todo custo para manter os seus interesses e privilégios. Ocorre que há um risco alto. Lula não é mais o mito de antes. Perdeu muito do encanto, embora ainda seja muito forte. Mas o PT sabe que ele não é imbatível. 

BOLSONARO FORA DO JOGO: A CONFIRMAÇÃO DE UMA ERA ENCERRADA
Jair Bolsonaro está inelegível e, por mais que seus aliados insistam em manter viva sua influência, o ex-presidente não será candidato. Com isso, o PL precisa se reinventar. O nome mais forte até agora? Eduardo Bolsonaro, que dos Estados Unidos tenta manter acesa a chama bolsonarista. Aqui acolá ventilam o nome da esposa de Jair Messias Bolsonaro, Michele, porém não será esse o caminho dos bolsonaristas raiz, eles estão jogando o jogo para preservar o verdadeiro substituto no PL. Tá mais do que na cara que o filho do ex-presidente é o nome guardado a sete chaves pela cúpula que governou o Brasil antes de Lula. 

EDUARDO BOLSONARO: NOME OU SÍMBOLO?
Eduardo tem o sobrenome, mas não necessariamente o capital político do pai. Ainda assim, lidera as preferências dentro da base radical do bolsonarismo. Sua candidatura, no entanto, dependerá do quanto conseguir se descolar da caricatura de “filho do mito” e se apresentar como alguém com projeto próprio.

TARCÍSIO DE FREITAS: A JOIA DO CONSERVADORISMO MODERADO
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem a seu favor uma gestão avaliada positivamente e um perfil técnico-político que agrada ao centro. Porém, recusa por ora qualquer especulação. Se Lula for candidato, Tarcísio aposta em reeleição tranquila. Mas sem Lula, o cenário muda — e Tarcísio pode, sim, vestir o traje presidencial.

O RISCO DO OUTSIDER: A REPETIÇÃO DE UM ERRO CARO
A história recente mostra que flertar com o novo, o diferente, o “encantado” fora da política tradicional, pode custar caro. Em 2026, o risco de surgir um nome fora do eixo, vendendo soluções mágicas e discursos rasos, é real. E perigoso. O Brasil já viu esse filme — e o final não foi feliz.

NOME ENCANTADO: UMA TENTAÇÃO PERIGOSA NUM CENÁRIO INCERTO
O eleitor brasileiro, cansado da polarização, pode ser seduzido por promessas utópicas de renovação. Mas a democracia exige responsabilidade. Não se constrói país com slogans vazios. Os partidos precisam agir agora para evitar que a lacuna aberta seja preenchida por aventureiros.

O CENTRO PRECISA REAGIR: MOMENTO DE RESPONSABILIDADE POLÍTICA
As siglas de centro e direita democrática têm a missão histórica de apresentar alternativas reais, com currículo, história, e capacidade de governar. Este é o momento de evitar o vazio que dá espaço a populistas sem plano, sem preparo e sem compromisso com a institucionalidade. Eduardo Leite, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado são nomes que estão na espreita, feito um vírus incubado. A qualquer momento podem invadir a imunidade política e mostrar a cara e um Programa de Governo para rifar o PT do Palácio do Planalto. 

SE LULA SAIR, HADDAD ENTRA: A SUCESSÃO NATURAL
No PT, o entendimento é claro: se Lula não for candidato, Fernando Haddad será. E ponto final. Não há outro nome com força interna e experiência testada nas urnas. Haddad, mesmo carregando a derrota de 2018, ganha musculatura na Esplanada dos Ministérios e se posiciona com discurso moderado e racional.

O ENIGMA DE 2026: MUITO MAIS DO QUE UMA ELEIÇÃO
A disputa presidencial de 2026 será mais do que uma simples troca de nomes. Será a eleição da reconstrução da política nacional. Uma chance de reestabelecer a conexão entre governabilidade e representatividade. E o Brasil não pode errar de novo. Lula pode preservar o legado ficando de fora de 2026. Não disputar pode ser a decisão mais inteligente para Lula. Seu papel, já inscrito na história, pode ser melhor preservado se não for testado mais uma vez nas urnas. Ser o articulador, o mentor, o guia de bastidores, e isso também é poder.

A ERA PÓS-LULA E PÓS-BOLSONARO: O BRASIL EM BUSCA DE NOVO RUMO
Com os dois grandes polos fora do páreo, o Brasil terá de se olhar no espelho. O que queremos como nação? Para onde vamos sem nossos símbolos recentes? A resposta será dada nas urnas, mas precisa ser construída agora — com responsabilidade, coragem e visão de futuro. O momento é de alerta não de euforia, já que da euforia a crise a distância é um salto.  O clima de indefinição não deve ser confundido com euforia. O país precisa mais do que nunca de líderes reais, projetos sólidos e compromisso com a democracia. A ausência de Lula e Bolsonaro pode ser a oportunidade de ouro — ou o início de um novo abismo. Tudo dependerá de quem tiver coragem de assumir o centro do palco. É isso aí.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

WALDEMAR OLIVEIRA FAZ NOVA DENÚNCIA ENVOLVENDO A ANDELIVROS COM O GOVERNO ESTADUAL

Deputado Waldemar Borges faz nova denúncia envolvendo a Andelivros e o Governo do Estado
Após denunciar no último dia 06 de maio que o Governo de Pernambuco havia contratado mais uma vez, e de novo por dispensa de licitação, a ANDELIVROS por mais de R$ 3 milhões, para promover o seu Circuito Literário de Pernambuco - CLIPE 2025, o deputado estadual Waldemar Borges (PSB) apresentou, ontem (21), uma nova e mais grave denúncia envolvendo essa entidade que abriga algumas grandes editoras, quase todas de fora do estado e o Governo do Estado. Segundo o parlamentar, entre os dias 5 e 15 de maio deste ano, o Executivo estadual emitiu 13 empenhos estimativos no valor total de R$ 41 milhões, destinados à Andelivros. Esses recursos deverão chegar ao caixa da entidade na forma de compras realizadas com o Bônus Livro - benefício que os servidores da Secretaria Estadual de Educação efetivos e contratados de Pernambuco recebem para adquirir livros e materiais didáticos. 

Em 2024, o governo já havia repassado mais R$ 35 milhões sob esse mesmo mecanismo para a privilegiada Andelivros. “Como se vê, o mecanismo segue o mesmo só aumentando o valor dos recursos, ou seja, mais uma vez o governo admite que todos os profissionais da rede pública estadual comparecem a esse evento e lá gastam todo o seu Bônus Livro, o que não é razoável de se acreditar “, avaliou borges. 

“Com essa novo repasse, caso os órgãos de fiscalização não impeçam sua consecução, o valor faturado por essa entidade privada vai se aproximando, em dois anos, da casa dos R$ 100 milhões. E isso sem jamais ter passado por uma licitação”, continua o deputado. Com a nova informação, Waldemar Borges, que ainda aguarda a comprovação das compras feitas através do bônus em 2024, ingressou com uma petição ao Tribunal de Contas do Estado, anexando os 13 novos empenhos como elemento adicional à denúncia que já está sob análise do TCE.

O parlamentar questionou o porquê da pressa com antecipação dos empenhos e o motivo de todo o Bônus Livro continuar sendo canalizado exclusivamente para um evento privado, organizado por uma associação composta por cerca de 17 editoras — em sua maioria de fora de Pernambuco. “É preciso investigar esse modelo que concentra milhões de reais públicos numa entidade privada, repetindo por dois anos consecutivos o mesmo roteiro, à revelia de qualquer debate público, controle ou concorrência. O Governo precisa dar explicações e mudar essa lógica”, concluiu.

“Não somos contra a existência do Bônus Livro, aliás, ajudamos a criá-lo. O que não aceitamos é o seu uso para favorecer uma única entidade privada, sem licitação, sem transparência, e com valores absurdamente tão altos, numa dimensão jamais ocorrida em Pernambuco. Temos, por exemplo, uma editora pública, conceituada e com reconhecida expertise que é a CEPE, que faria muitas vezes mais o número de eventos literários a um custo muito menor, certamente de uma maneira muito mais democrática, porque se trata de uma editora do Governo do Estado e não de uma entidade privada que pertence a um grupo seleto de editoras”, criticou.

POR UNANIMIDADE, COMISSÃO APROVA ANISTIA PARA EX-PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF E INDENIZAÇÃO DE R$ 100 MIL

Por unanimidade, comissão aprova anistia para ex-presidente Dilma Rousseff e indenização de R$ 100 mil
G1 - A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania aprovou nesta quinta-feira (22) o pedido da ex-presidente Dilma Rousseff para ser reconhecida como anistiada política, em razão das violações de direitos humanos que sofreu durante a ditadura militar.

O caso foi o segundo item da pauta da sessão plenária do dia. O relator do caso, Rodrigo Lentz, votou para reconhecer a ex-presidente como anistiada, além da conceção de uma indenização, em parcela única, de R$ 100 mil — o teto . Todos os demais conselheiros votaram acompanhando o relator.

Dilma foi presa em 1970, aos 22 anos, por sua atuação em uma organização de resistência ao regime militar.

Durante a prisão, foi submetida a sessões de tortura e, segundo sua defesa, impedida de retomar os estudos na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pressionada a deixar um cargo público no Rio Grande do Sul por determinação do Serviço Nacional de Informações (SNI).

Ao ler o relatório, Rodrigo Lentz, narrou as sessões de tortura que Dilma foi submetida durante transferências.

"A cada transferência, eram novas torturas e sempre pelos mesmos fatos investigados. Foi condenada à prisão e teve direitos políticos cassados. Foi libertada depois de 13 anos. Teve que prestar novo vestibular e sendo obrigada a cursar novamente todas as disciplinas. Atrasou sua formação como economista", mencionou Lentz

"Já no trabalho, era perseguida pelo passado de prisão e posição política. O exército divulgou uma lista de comunistas infiltrados, ela estava na lista e foi demitida do instituto de estatística. Após a redemocratização teve a condição de anistiada em quatro estados: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro", prosseguiu.

A ex-presidente protocolou o pedido de anistia ainda em 2002, mas a tramitação foi suspensa enquanto ocupava cargos no governo.

Em 2016, solicitou a retomada do processo. O requerimento foi negado em 2022, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora, a Comissão irá analisar o recurso apresentado pela defesa.

As deputadas federais Maria do Rosário (PT-RS) e Jandira Feghali (PCdoB) acompanharam a sessão.

Segundo a coordenação da comissão, a ex-presidente já recebeu indenização por anistia dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, estados em que foi torturada. A soma da indenização foi de R$ 72 mil.

No entanto, ainda segundo a coordenação, Dilma abriu mão do valor e fez doação das indenizações para instituições sociais. 

Julgamento

A sessão plenária desta quinta analisou o caso de Dilma como segundo da pauta. Inicialmente, a previsão era de que ele fosse o primeiro.

O rito prevê que cada requerente ou representante possa se manifestar por até 10 minutos. Em seguida, os 21 conselheiros da Comissão votam pelo deferimento ou não do pedido.


Dilma vive atualmente na China, onde preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira do grupo dos Brics. O caso dela é um dos mais antigos ainda pendentes de julgamento pela Comissão.

Reconhecimento já foi concedido pela Justiça

Em fevereiro de 2023, a Justiça Federal reconheceu Dilma como anistiada política e determinou o pagamento de indenização de R$ 400 mil por danos morais, mas negou o pagamento mensal.

A Comissão, no entanto, é o órgão oficial do Estado brasileiro responsável pela política pública de reparação.

A atual presidente da Comissão de Anistia, Ana Maria Oliveira, afirma que o caso de Dilma “é simbólico” e que a decisão terá impacto no debate sobre memória, verdade e justiça.

Segundo ela, o colegiado trabalhava com um teto de R$ 100 mil em parcela única ou até R$ 2 mil mensais, conforme regras aprovadas em 2023

GOVERNO FEDERAL ANUNCIA QUE QUITARÁ DÍVIDA DE ENERGIA DE R$ 40 MILHÕES DO SISTEMA DE ITAPARICA

Governo federal quita dívida de energia de R$ 40 milhões do Sistema Itaparica
O pagamento do débito representa um alívio para os irrigantes da região, que há meses cobravam providências do poder público

Diario de Pernambuco
O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (22), a quitação de uma dívida de quase R$ 40 milhões referente ao fornecimento de energia elétrica do Sistema Itaparica, conjunto de projetos públicos de irrigação social implantado entre Pernambuco e Bahia. O débito, acumulado até o ano de 2024, ameaçava o funcionamento do sistema e colocava em risco a produção agrícola e o abastecimento de água de cerca de 60 mil pessoas.

Criado na década de 1990 pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), o Sistema Itaparica foi desenvolvido para realocar famílias atingidas pela formação do lago da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, em Petrolândia, no Sertão pernambucano. Atualmente, dez projetos de irrigação integram o sistema, distribuídos entre os municípios de Belém do São Francisco, Floresta, Orocó, Santa Maria da Boa Vista e Petrolândia (PE), além de Abaré e Curaçá (BA).

Nos últimos anos, os constantes atrasos no pagamento da energia elétrica geraram protestos de produtores e lideranças locais, preocupados com a possível suspensão do fornecimento. Sem energia, as bombas que distribuem água para os lotes irrigados e comunidades paralisariam, afetando diretamente a agricultura familiar, o abastecimento humano e a geração de renda nas áreas atingidas.

O pagamento do débito representa um alívio para os irrigantes da região, que há meses cobravam providências do poder público. Em setembro do ano passado, representantes do governo federal, do governo de Pernambuco, da Codevasf e do Sistema Itaparica se reuniram em Petrolina para discutir soluções emergenciais diante da crise provocada pela falta de energia.


Com a liberação do orçamento e a regularização do fornecimento, o governo espera retomar a estabilidade dos projetos irrigados, fundamentais para a economia local. A energia elétrica é indispensável para o funcionamento de escolas, postos de saúde, sistemas de bombeamento e, sobretudo, para a produção agrícola, base da subsistência e do comércio na região.

Apesar do avanço, especialistas e lideranças comunitárias alertam que ainda há desafios. A operação do Sistema Itaparica requer investimentos contínuos em manutenção, infraestrutura e gestão dos recursos hídricos. Também é necessário garantir a participação efetiva da população nas decisões, com mais transparência e inclusão das comunidades realocadas.

A expectativa é que a quitação da dívida represente não apenas o fim de um impasse administrativo, mas o início de uma nova etapa para o Sistema Itaparica. Uma etapa que promova desenvolvimento com dignidade e respeito às famílias que há décadas ajudam a manter viva a produção no sertão irrigado do São Francisco.

A equipe do Diario de Pernambuco entrou em contato com Chesf, mas até o momento da publicação desta matéria, não obteve retorno

DIOGO MORAES COMEMORA ANÚNCIO DE MAIS DE R$ 3 MILHÕES PARA SAÚDE DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE EM ARTICULAÇÃO COM FELIPE CARRERAS

Diogo Moraes comemora anúncio de mais R$ 3 milhões para saúde de Santa Cruz em articulação com Felipe Carreras
Parlamentar esteve em Brasília junto com o prefeito Helinho Aragão, o vice Flávio Pontes e vereadores da cidade
O deputado estadual Diogo Moraes (PSB), representante do Polo de Confecções na Assembleia Legislativa de Pernambuco, celebrou nesta quarta-feira (22), o anúncio de um investimento de R$ 3 milhões destinados à saúde de Santa Cruz do Capibaribe. Os recursos são fruto de articulação com o deputado federal Felipe Carreras (PSB), que confirmou a liberação durante encontro com a comitiva do município em seu gabinete, em Brasília.

A comitiva foi composta pelo prefeito Helinho Aragão, o vice-prefeito Flávio Pontes, vereadores da base aliada e o próprio deputado Diogo Moraes, que agradeceu o empenho de Carreras em atender às demandas da cidade. "Essa é uma conquista importante para Santa Cruz, especialmente na área da saúde, que precisa de atenção constante. Essa parceria com o deputado Felipe Carreras mostra como o trabalho conjunto gera resultados concretos para a população. Mais uma vez, Felipe mostra seu compromisso com o povo santa-cruzense, mais de R$ 50 milhões já foram destinados à cidade", destacou Diogo. “A gente tem muito orgulho de ser parceiro de Santa Cruz, pois sabe que o recurso chega ponta, para quem mais precisa”, completou Carreras.
Além do anúncio dos recursos, a agenda em Brasília incluiu dois dias de compromissos oficiais, com participação na Marcha dos Prefeitos e articulações políticas em gabinetes estratégicos. A comitiva de Santa Cruz do Capibaribe esteve reunida com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, com a senadora Teresa Leitão, e também esteve com o ministro das Comunicações,  Frederico de Siqueira Filho apresentando demandas e buscando mais investimentos para o município.

Durante as visitas, também foi entregue o convite oficial para o São João da Moda 2025, um dos maiores eventos do Agreste, que promete movimentar a economia durante o mês de junho.

Fotos: Divulgação Comunicação - Deputado Diogo Moraes

GRUPO DE MESSIAS MELO QUE CONTAVA COM APOIO DE TERESA LEITÃO ADERE A CARLOS VERAS NO PT

Em um gesto que simboliza maturidade política e compromisso com a unidade interna, o ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Messias Melo, retirou sua candidatura à presidência estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco. A decisão, construída em diálogo com diversas forças internas da legenda, representa uma reconfiguração significativa no processo sucessório dentro do partido, consolidando o nome do deputado federal Carlos Veras, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), como candidato de consenso. A candidatura de Messias havia sido articulada a partir de uma costura entre quatro correntes partidárias: o Coletivo PT Militante, liderado pela senadora Teresa Leitão; a Articulação de Esquerda; a Via Trabalho; e o grupo político de Mozart Sales. A aliança entre esses setores, que vinha sendo desenhada há semanas, refletia uma alternativa política à CNB, buscando ampliar a diversidade interna do partido. No entanto, diante da necessidade de fortalecer o PT no cenário estadual e nacional, prevaleceu a aposta em um entendimento coletivo.

O anúncio da retirada foi feito durante uma reunião entre lideranças e dirigentes dos grupos envolvidos, em clima de conciliação e compromisso programático. Carlos Veras, ao receber o apoio, destacou pontos considerados essenciais pelas forças que compunham a candidatura de Messias, como a defesa da unidade do partido e o fortalecimento de sua presença nos territórios populares, onde o PT tem raízes históricas. O parlamentar também se comprometeu a promover uma gestão partidária plural, que garanta representação efetiva das diferentes tendências e militantes de base. Além disso, assumiu como prioridades a preparação do partido para as eleições de 2026, com foco na reeleição do presidente Lula e na recondução do senador Humberto Costa, além de uma política de reaproximação com a militância de rua e as bases sindicais.

O gesto de Messias Melo foi interpretado como um movimento de responsabilidade histórica, diante dos desafios enfrentados pela esquerda no atual contexto político. Ele afirmou que a unidade do PT em Pernambuco é fundamental para dar sustentação ao projeto nacional liderado por Lula e para ampliar a presença do partido nos espaços institucionais e nos movimentos sociais. A eleição para a nova direção estadual da sigla está marcada para o dia 6 de julho, e com a adesão de quatro correntes à candidatura de Veras, a tendência é de que o processo ocorra em ambiente mais harmônico e programático. Nos bastidores, a expectativa é de que essa nova configuração ajude o partido a superar disputas internas fragmentadas e se apresente com mais vigor às disputas eleitorais e sociais dos próximos anos.