sábado, 19 de julho de 2025
MÚSICA NORDESTINA MARCA NOITE DE SEXTA-FEIRA (18) NA PRAÇA MESTRE DOMINGUINHOS
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STF APERTA O CERCO, TRUMP DECLARA GUERRA COMERCIAL E BOLSONARO SE APROXIMA DA PRISÃO
PRESIDENTE LULA EMITE NOTA A IMPRENSA SOBRE MEDIDA DOS EUA CONTRA MINISTROS DO STF
COM NOVO ENDEREÇO, PALCO ESTAÇÃO INICIOU A PROGRAMAÇÃO NO FIG NESTA SEXTA-FEIRA (18)
RAQUEL LYRA PARTICIPA DA 26ª SERENATA DA RECORDAÇÃO EM SANTA MARIA DA BOA VISTA NESTE SÁBADO
A Serenata da Recordação é conhecida por seu clima nostálgico, em que músicos, vestidos com trajes antigos e acompanhados de violões, serenam pelas ruas ao som de boleros, serestas e canções eternizadas nas décadas de 1950 a 1970. As janelas das casas se abrem para saudar a poesia da noite, e o público, tomado por sentimentos de saudade, acompanha a procissão musical com velas acesas e olhos marejados. Mais do que um espetáculo, é um ritual de resistência cultural em um mundo cada vez mais digital e acelerado.
A expectativa é de que Raquel Lyra caminhe junto ao cortejo e participe da cerimônia de abertura oficial ao lado do prefeito George Duarte e de lideranças regionais. A governadora deve ainda reforçar investimentos do Estado na cultura sertaneja, principalmente por meio da Fundarpe e da Secult, que têm ampliado o apoio logístico e financeiro a eventos tradicionais como a Serenata da Recordação. A movimentação também atrai visitantes de outras cidades do Sertão e do Agreste, contribuindo para a economia local, especialmente no setor de hospedagem e alimentação.
A programação inclui apresentações de corais, seresteiros consagrados da região e uma homenagem póstuma a Dona Lúcia Santana, uma das idealizadoras do evento. A praça será transformada em um verdadeiro cenário de época, com iluminação amarelada, arranjos florais, bancos antigos e sons que ecoam memórias. É um encontro de gerações, onde netos levam avós pela mão para reviver uma tradição que resiste ao tempo. A cada serenata entoada, revive-se um pouco da alma de Santa Maria da Boa Vista.
A presença da chefe do Executivo estadual também se conecta com o trabalho de interiorização das ações de governo, com Raquel Lyra buscando fortalecer os laços institucionais com os municípios do Sertão. É uma agenda simbólica, mas estratégica, num momento em que a governadora amplia sua base de apoio político em todas as regiões do estado. O acolhimento popular na cidade, que tem forte vínculo com a cultura e a música, deve marcar mais um momento de aproximação entre o governo estadual e a população sertaneja.
JUSTIÇA PROÍBE PROMOÇÃO PESSOAL DO PREFEITO DE SERRITA DURANTE A POLÊMICA MISSA DO VAQUEIRO DE 2025
Os autos da ação mencionam discursos e inserções em que Aleudo teria sido enaltecido como responsável exclusivo pelas festividades, mesmo diante de recursos advindos de diferentes esferas governamentais. Enquanto a tensão jurídica se desenrola, documentos do Diário Oficial revelam contratos celebrados por inexigibilidade com artistas de projeção nacional. Somente a apresentação de Wesley Safadão foi contratada por R$ 1,1 milhão. A grade inclui ainda Henry Freitas, por R$ 565 mil, Joelma, por R$ 500 mil, e a dupla Iguinho e Lulinha, por R$ 400 mil. Também constam valores de R$ 200 mil para a cantora Walkyria Santos, R$ 80 mil para atrações representadas por William Produções e R$ 15 mil para o “Esquenta do Jacó”, nome atribuído a uma das festas que antecedem o evento principal entre os dias 17 e 20 de julho.
Paralelamente à contratação das atrações musicais, a Prefeitura de Serrita estabeleceu uma rígida tabela para exploração comercial e publicitária nos espaços do evento. De acordo com a regulamentação publicada, barracas, ambulantes, áreas de estacionamento e espaços VIPs devem pagar taxas para atuar durante os festejos, cujos valores variam conforme a localização — seja no tradicional Parque Padre João Câncio, reduto da missa original, ou na sede urbana do município. Também foi estruturado um plano de patrocínios com cotas classificadas entre “Fã”, com valor mínimo de R$ 1 mil, e “Master”, cujo piso é de R$ 100 mil, evidenciando a profissionalização e a mercantilização da festa que, outrora, se resumia à união de vaqueiros, bois, fé e poesia. O modelo atual, mais corporativo, tem sido alvo de resistência por parte de lideranças locais e religiosos, que denunciam o distanciamento da essência que deu origem à celebração.