sexta-feira, 12 de setembro de 2025

BOLSONARO É CONDENADO A 27 ANOS E 3 MESES DE PRISÃO POR PLANO DE GOLPE


A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (11) condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses no julgamento da trama golpista.

Desses 27 anos e 3 meses, 24 anos e 9 meses são de reclusão (ou seja, pena para crimes que preveem regime fechado). E 2 anos e 9 meses de detenção (pena para crimes de regime semiaberto ou aberto). As informações são do g1.

Como a pena total é superior a 8 anos, Bolsonaro terá que começar cumpri-la em regime fechado.

Por 4 votos a 1, a Turma entendeu que Bolsonaro é culpado em todos os cinco crimes atribuídos a ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em razão dos atos golpistas que tentaram derrubar a democracia e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre o fim de 2022 e o início de 2023

STF CONDENA BRAGA NETTO A 26 ANOS DE PRISÃO EM REGIME INICIAL FECHADO

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Walter Braga Netto a 26 anos de prisão, com início em regime fechado.

Além da prisão, Braga Netto também foi condenado a 100 dias-multa no valor de um salário mínimo o dia. Ele foi acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Luiz Fux, por ter votado para condenar o ex-ministro apenas por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, abriu divergência e fixou a pena em sete anos. Ficou vencido. As informações são da CNN Brasil.

Flávio Dino havia sugerido 30 anos e 2 meses de prisão em razão da gravidade dos atos imputados ao ex-ministro, principalmente a participação em plano para matar autoridades. No entanto, acabou aderindo ao valor sugerido por Moraes ao considerar que sairia vencido.

PRIMEIRA TURMA DO STF DEFINE PENA DE 24 ANOS DE PRISÃO PARA ANDERSON TORRES

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-ministro da Justiça Anderson Torres a 24 anos de prisão no julgamento da Trama Golpista. A dosimetria da pena foi definida após a maioria dos ministros considerarem o ex-auxiliar de Jair Bolsonaro culpado em todos os cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Por 4 votos a 1, o colegiado concluiu que Torres participou da organização que tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e promover uma ruptura democrática entre o fim de 2022 e o início de 2023. As informações são do g1

EX-COMANDANTE DA MARINHA, GARNIER É CONDENADO A 24 ANOS DE PRISÃO PELO STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quinta-feira (11/9) o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos (foto em destaque) a 24 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Do total, 6 meses em reclusão, 2 anos e seis meses de detenção. As informações são do Metrópoles.

O ministro relator Alexandre de Moraes fixou a pena em 24 anos, sendo 21 e seis meses em reclusão, 2 anos e seis meses de detenção e 100 dias-multa.

Moraes foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin.

O ministro Luiz Fux votou para absolver Torres, por isso não participou da dosimetria.

COLUNA POLÍTICA | JABOATÃO DOS GUARARAPES | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

O DESCOMPASSO DE MANO MEDEIROS EM JABOATÃO E O AVANÇO DE GUILHERME UCHÔA JÚNIOR NO ESCANTEIO A ANDRÉ FERREIRA 
UM CENÁRIO INUSITADO PARA MANO MEDEIROS

A política de Jaboatão dos Guararapes vive um capítulo curioso e, ao mesmo tempo, revelador das contradições do poder local. O prefeito Mano Medeiros, dono de uma gestão bem avaliada e com ampla base de sustentação na Câmara de Vereadores, enfrenta um dilema que põe em xeque sua liderança: seus aliados institucionais não seguem sua orientação eleitoral. Em vez de apoiarem o deputado federal André Ferreira, tradicional parceiro político do prefeito, os vereadores da base decidiram, de forma quase unânime, marchar com Guilherme Uchôa Júnior, representante de Igarassu que busca renovar seu mandato em Brasília. Vamos dar uma girada aqui NA LUPA. 


A REBELIÃO DA BASE DE MANO MEDEIROS 
O movimento dos vereadores não é apenas um gesto isolado, mas um sinal claro de rebelião política. Ao todo, já se comenta nos bastidores que quinze parlamentares municipais declararam simpatia ou compromisso direto com a candidatura de Uchôa Júnior. Essa adesão em massa revela um esgarçamento na relação entre o prefeito e sua base, que, embora fiel na defesa dos projetos da gestão na Câmara, parece ter construído autonomia quando o assunto é disputa eleitoral. O recado é simples: apoio administrativo não significa apoio político.

GETÚLIO BELÉM NO TABULEIRO
No centro desse enredo aparece o presidente da Câmara Municipal, vereador Getúlio Belém. Astuto, experiente e com trânsito em diversos segmentos, Belém estaria articulando, nos bastidores, uma dobradinha com Uchôa Júnior. O projeto não se limita a 2026: a ideia seria pavimentar sua própria candidatura à Assembleia Legislativa de Pernambuco. Para isso, o apoio do deputado federal funciona como trunfo e incentivo. Nos corredores do Legislativo, comenta-se que Belém teria encontrado em Uchôa o parceiro ideal para fortalecer sua caminhada rumo à Assembleia Legislativa de Pernambuco e em 2028 rumo a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. 

UMA DOBRADINHA DE “CABELO, BARBA E BIGODE”
A expressão popular “cabelo, barba e bigode” caiu como luva para definir a estratégia de Uchôa e Belém. O primeiro garante musculatura no segundo maior colégio eleitoral do Estado; o segundo ganha lastro e legitimidade com a chancela de um deputado federal consolidado. O pacto sela um campo político poderoso e ameaça diretamente os planos de Mano Medeiros, que trabalha silenciosamente para eleger sua esposa, Andréa Medeiros, deputada estadual. Essa triangulação altera o equilíbrio de forças no município e cria um impasse para o prefeito.

O RISCO PARA ANDRÉA MEDEIROS
A principal vítima desse cenário é justamente a primeira-dama. Sem os vereadores na linha de frente, a candidatura de Andréa Medeiros corre sério risco de naufragar antes mesmo de ser oficializada. Vereadores são cabos eleitorais estratégicos: conhecem as comunidades, controlam votos e são termômetros da base. Sem esse apoio, a chance de Andréia se viabilizar diminui consideravelmente. Pior: a ausência de apoio pode gerar a narrativa de que a gestão perdeu prestígio, mesmo que os índices administrativos ainda estejam em alta.

A SOMBRA DE ANDRÉ FERREIRA
Outro personagem que emerge desse imbróglio é André Ferreira, deputado federal e aliado histórico do prefeito. A recusa dos vereadores em apoiá-lo soa quase como um afastamento planejado. Há quem diga que Mano Medeiros, consciente da fadiga dessa aliança, estaria permitindo o distanciamento para abrir espaço a novas composições. O problema é que, em política, quem perde apoio dificilmente recupera espaço com a mesma força. O silêncio do prefeito sobre o assunto apenas alimenta especulações e fragiliza ainda mais a relação com Ferreira.

O PREFEITO PERDEU O CONTROLE?
A grande questão que se coloca hoje em Jaboatão é: Mano Medeiros perdeu o controle de sua base ou está apenas manobrando em silêncio para redesenhar seu campo político? Para muitos observadores, o prefeito foi surpreendido pelo ímpeto de Getúlio Belém e pela habilidade de Uchôa Júnior em costurar apoios. Para outros, trata-se de um jogo calculado, onde o afastamento de André Ferreira é apenas o primeiro passo de uma reconfiguração mais ampla. Em qualquer dos cenários, o desgaste é inevitável e a imagem de liderança de Mano sai arranhada.

O FUTURO INCERTO DE JABOATÃO
O episódio expõe a instabilidade da política jaboatonense e a fragilidade das alianças baseadas apenas em acordos administrativos. Se a base do prefeito prefere marchar com outro deputado e apostar em projetos próprios, significa que a coesão política da gestão é mais frágil do que parecia. O futuro da candidatura de Andréa Medeiros está em xeque, e o prestígio de Mano Medeiros, até aqui preservado, pode sofrer abalos caso não consiga reconduzir sua tropa ao caminho planejado. O jogo está aberto, mas a verdade é que, em Jaboatão, quem dita o ritmo hoje não é o prefeito, e sim os vereadores. É isso aí. 

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

AUGUSTO HELENO É CONDENADO A 21 ANOS DE PRISÃO POR PLANO DE GOLPE

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) general Augusto Heleno a 21 anos de prisão, em regime inicial fechado.

Além da prisão, Heleno também foi condenado a 84 dias multa no valor de um salário mínimo o dia. O ministro Alexandre de Moraes sugeriu a pena levando em consideração a idade avançada do general como fator atenuante. As informações são da CNN Brasil.

Ele foi acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Luiz Fux, por ter votado pela absolvição do réu, decidiu não participar da definição de pena.

Por ser militar, Heleno está sob o risco de perder a patente e terá caso avaliado pelo Superior Tribunal Militar.

EX-MINISTRO PAULO SÉRGIO É CONDENADO A 19 ANOS DE PRISÃO POR PLANO DE GOLPE

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou uma pena total de 19 anos para o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército Brasileiro no governo Jair Bolsonaro (PL), pela condenação pela trama golpista.

O regime inicial do cumprimento da pena é o fechado.

Além disso, foram fixados 84 dias multa para Paulo Sérgio Nogueira. Um dia multa equivale ao valor de um salário mínimo. As informações são do g1.

A pena por cada crime fixada pela Primeira Turma foi:

Organização criminosa: pena definitiva de 4 anos e 5 meses.
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: de 5 anos.
Golpe de Estado: 4 anos.
Dano qualificado: 2 anos e 1 mês, 42 dias multa (1 salário mínimo cada).
Deterioração de patrimônio tombado: 2 anos e 1 mês, 42 dias multa (1 salário mínimo).

DEPUTADO RAMAGEM É CONDENADO A 16 ANOS E 1 MÊS DE PRISÃO POR TENTATIVA DE GOLPE

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quinta-feira (11/9), o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) a 16 anos e um mês de prisão por tentativa de golpe de Estado.

O ministro relator Alexandre de Moraes fixou a pena em 17 anos e sim a 16 anos e 1 mes e 15-dias. A ministra Cármen Lúcia interviu, sinalizando que na sua dosimetria, a pena seria de 16 anos. Moraes acatou. As informações são do Metrópoles.

Moraes foi seguido pelos ministros Flávio Dino e pelo presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin.

O ministro Luiz Fux votou para absolver Ramagem, por isso não participou da dosimetria.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fechou em 4 a 1 o julgamento da trama golpista, condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados dele por crimes como organização criminosa e golpe de Estado. É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia.

Após o voto do ministro Luiz Fux, que discordou dos colegas de Supremo Alexandre de Moraes e Flávio Dino, os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram, na tarde desta quinta, e fecharam a condenação pelo placar de 4 a 1.