quinta-feira, 18 de setembro de 2025
GOVERNADORA RAQUEL LYRA DOA SANGUE E REFORÇA INVESTIMENTO DE R$ 8 MILHÕES EM REFORMAS PARA O HEMOPE
SIMÃO DURANDO AUTORIZA CONSTRUÇÃO DA PRIMEIRA CLÍNICA VETERINÁRIA PÚBLICA DE PETROLINA
SERTÂNIA GARANTE 70 CISTERNAS PARA FAMÍLIAS RURAIS EM PARCERIA COM A FUNASA
A iniciativa integra o programa de captação e armazenamento de água da chuva, que busca atender comunidades em situação de vulnerabilidade hídrica. Cada cisterna representa um avanço concreto na vida das famílias beneficiadas, proporcionando segurança, dignidade e condições básicas de sobrevivência diante das longas estiagens que marcam a região.
Com capacidade para abastecer residências por meses, as estruturas são essenciais para o cotidiano das famílias do campo, que muitas vezes precisam recorrer a soluções improvisadas ou depender do abastecimento por carros-pipa. Além de reduzir a insegurança no consumo, a medida contribui para a saúde pública, evitando doenças transmitidas pela ingestão de água contaminada.
O investimento em cisternas também tem um caráter social profundo. Ele permite que crianças e adolescentes possam frequentar a escola sem a preocupação diária de buscar água em longas distâncias, além de oferecer melhores condições para o preparo de alimentos e cuidados básicos de higiene.
A parceria entre Sertânia e a FUNASA reflete um esforço conjunto de diferentes esferas de governo em promover inclusão social e combater os impactos da seca. O projeto vai além do simples acesso à água: é uma ferramenta de cidadania, que valoriza o sertanejo e garante condições mais justas de vida.
Com a implantação das 70 cisternas, Sertânia dá um passo importante em sua agenda de políticas públicas voltadas para o bem-estar da população. A expectativa é que outras iniciativas do tipo sejam ampliadas, fortalecendo o enfrentamento à seca e consolidando práticas sustentáveis de convivência com o semiárido.
DEPUTADO CAYO ALBINO COBRA OBRAS PROMETIDAS PELA GOVERNADORA EM GARANHUNS
NORDESTE RECEBE R$ 128 BILHÕES EM PROJETOS PARA NOVOS INVESTIMENTOS NA REGIÃO
PEC DA BLINDAGEM AVANÇA E ESTENDE PRIVILÉGIOS A DEPUTADOS ESTADUAIS E DISTRITAIS
O ponto que mais chama atenção, porém, é o chamado “efeito cascata”. Embora a PEC não mencione explicitamente deputados estaduais e distritais, eles também passam a ser beneficiados. A interpretação decorre de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em janeiro de 2023, em julgamento que terminou com placar apertado: seis votos a cinco.
Na ocasião, os ministros analisaram as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 5.824 e 5.825, movidas pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB). A entidade questionava dispositivos das Constituições do Rio de Janeiro e de Mato Grosso que estendiam as mesmas imunidades dos congressistas aos deputados estaduais.
O Supremo, no entanto, concluiu que essa garantia já está prevista no artigo 27, parágrafo 1º, da Constituição Federal, que determina a aplicação das regras de imunidade e inviolabilidade aos legislativos estaduais. Na prática, isso significa que, a partir da aprovação definitiva da PEC, todos os parlamentares — federais, estaduais e distritais — precisarão de aval político antes de enfrentar ações penais.
A decisão é vista por críticos como um reforço ao manto de proteção sobre a classe política, dificultando a responsabilização em casos de crimes comuns. Já defensores da medida argumentam que a imunidade preserva a independência do Poder Legislativo e impede perseguições judiciais.
O debate agora segue para o Senado, mas os reflexos já se estendem por todo o país. A PEC da Blindagem, se confirmada, poderá consolidar um novo capítulo na relação entre Justiça e política no Brasil, ampliando o alcance de um privilégio historicamente contestado.
JUNTOS PELA SEGURANÇA: AGRESTE TEM QUEDA NOS PRINCIPAIS CRIMES PATRIMONIAIS EM 2025
O maior declínio nos registros de CVPs no Agreste, considerando o acumulado dos meses de 2025, ocorreu nas modalidades de Roubo de Cargas, com 40% menos registros que no mesmo período de 2024, seguido da subtração de aparelhos celulares, com 16,8% de queda e da diminuição dos Roubos de Veículos, cuja diminuição foi de 9,5% no período. Destaca-se, ainda, que não há registro de ocorrências de roubo a coletivos na região. No mês de agosto/25, a SDS também computou redução de 14,2% no quantitativo de celulares subtraídos. Este ano, o trabalho das polícias resultou em 1.536 aparelhos recuperados.
“A Polícia Militar, através da Diretoria Integrada do Interior 1 e de suas unidades operacionais da região do Agreste de Pernambuco, vem trabalhando incansavelmente desde o início do ano para a redução dos índices da criminalidade. O que tem trazido uma importante redução nos Crimes Violentos contra o Patrimônio, principalmente os roubos de cargas, roubos de veículos e roubos de celulares. Além disso, estamos conseguindo uma redução expressiva nos crimes contra a pessoa, notadamente nos crimes de homicídios, nas mortes violentas intencionais”, frisou o coronel Adriel Serafim, comandante da DINTER 1.
O comandante também destacou a importância do trabalho integrado com as demais operativas da Secretaria de Defesa Social (SDS), a exemplo da Polícia Civil, na diminuição dos crimes. “Temos trabalhado juntos para que o resultado seja ainda mais expressivo, com reduções ainda maiores, trazendo benefícios a toda sociedade pernambucana”, concluiu o comandante.
Para o delegado Bruno Vital, diretor Integrado do Interior 1 da Polícia Civil, a integração das polícias e demais órgãos da SDS, juntamente com os municípios, é um exemplo de cooperação que reforça os resultados. “Vemos uma redução contínua dos números da criminalidade, e esses resultados demonstram o nível de esforço e trabalho que temos empenhado, de forma integrada, discutindo de forma planejada as ações, as quais vêm contribuindo para uma maior produtividade em termos de prisões, operações, cumprimentos de mandados, retiradas de armas e drogas das ruas, em instrução de procedimentos de violência contra mulher, apreensões de celulares e motocicletas com registro de roubo e furto, entre outros procedimentos que se refletem diretamente na redução dos números da violência na região”, destacou o diretor.
CRIMES CONTRA A PESSOA – Não só os CVPs reduziram no Agreste, de janeiro até agosto deste ano. Também houve redução de 12,8% nas Mortes Violentas Intencionais (MVIs) e das MVIs de mulheres (4,7%). Já no comparativo do mês de agosto 2025/2024, os homicídios diminuíram 1,9%.
CÂMARA IMPÕE DERROTA AO GOVERNO E ABRE CAMINHO PARA ANISTIA AOS CONDENADOS PELOS ATOS GOLPISTAS
A votação é vista como um gesto direto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal, e abre a disputa sobre os rumos da proposta: se haverá perdão amplo, incluindo o ex-presidente, ou apenas redução de penas. O presidente da Câmara, Hugo Motta, correligionário de Tarcísio de Freitas no Republicanos, foi pressionado após a ida do governador de São Paulo a Brasília para articular com lideranças e autoridades a análise da anistia. O centrão sonha em projetar Tarcísio como adversário de Lula em 2026 e busca com esse movimento garantir o apoio político do bolsonarismo.
A aprovação da urgência não significa que o texto esteja pronto para votação final. A partir de agora, será escolhido um relator que poderá modificar toda a redação do projeto. Nos bastidores, líderes do centrão defendem uma saída intermediária: reduzir as penas aplicadas pelo STF aos condenados, inclusive a Bolsonaro, sem promover um perdão amplo e irrestrito. Já a ala mais radical da oposição insiste em uma anistia geral que elimine condenações e limpe a ficha dos envolvidos.
Hugo Motta discursou após a votação pedindo “paz e pacificação nacional”, afirmando que caberia ao plenário decidir sobre os diferentes interesses e visões em jogo. O deputado destacou que sua função não é impor uma verdade, mas permitir que todas sejam ouvidas. A fala foi seguida por manifestações antagônicas no plenário: parlamentares de esquerda entoaram gritos de “sem anistia”, enquanto bolsonaristas comemoraram chamando o momento de histórico.
O líder do PT, Lindbergh Farias, disse que a aprovação da urgência compromete a biografia dos que apoiaram a medida, acusando-os de conivência com um “golpe de Estado continuado”. Ele lembrou que os mesmos grupos que tumultuaram o funcionamento da Câmara após a prisão domiciliar de Bolsonaro agora celebravam o resultado. Em contraponto, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, agradeceu a postura equilibrada de Motta e voltou a criticar o que chamou de julgamento político e perseguição a opositores.
Segundo pesquisa Datafolha realizada em 8 e 9 de setembro, 54% da população rejeita a anistia a Bolsonaro, contra 39% que defendem. O dado reforça a polarização que se repete no Congresso e que promete dominar o debate nos próximos dias. O governo Lula, que tentou evitar a votação, estuda medidas de retaliação, inclusive a revisão de cargos ocupados por aliados que apoiaram o avanço da pauta.
O projeto de Crivella prevê anistiar desde 30 de outubro de 2022, até a publicação da lei, todos que participaram ou apoiaram manifestações políticas e eleitorais, incluindo doações, apoio logístico e publicações em redes sociais. Líderes do PL querem aproveitar essa brecha para incluir Bolsonaro. O centrão, no entanto, considera que uma proposta mais restrita tem maior chance de passar no Senado e resistir a eventuais vetos do presidente Lula, além de reduzir a tensão com o Supremo.
Nos bastidores, a alternativa mais viável seria a redução das penas. A proposta em discussão diminuiria de quatro a oito anos para dois a seis anos a punição pelo crime de abolição violenta do Estado democrático de Direito. Já o crime de golpe de Estado passaria de quatro a doze anos para dois a oito anos, sem acumular penas. O objetivo seria evitar que Bolsonaro fosse para o presídio da Papuda e permanecesse em prisão domiciliar devido à idade e aos problemas de saúde.
Com a aprovação da urgência, o país entra em uma nova etapa da disputa política em torno dos acontecimentos de 8 de janeiro. O futuro da anistia ou da redução das penas agora está nas mãos do plenário da Câmara e depende da costura entre centrão, oposição e governo.