quarta-feira, 30 de abril de 2025

UNIÃO PROGRESSISTA APOIARÁ RAQUEL DIZ EDUARDO DA FONTE PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO EM PERNAMBUCO

A formalização da Federação União Progressista, composta pelo União Brasil e o Progressistas (PP), marcou um novo capítulo no cenário político nacional e, especialmente, em Pernambuco. Em cerimônia realizada no Salão Negro do Congresso Nacional, na tarde da terça-feira (29), a aliança foi oficializada com a presença de figuras expressivas da política brasileira, entre deputados federais e estaduais, senadores, governadores e prefeitos. Durante o evento, o deputado federal Eduardo da Fonte, uma das principais lideranças do PP, confirmou que assumirá a presidência da federação em Pernambuco, consolidando sua posição estratégica no estado e antecipando o movimento da legenda em direção ao apoio à reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD) em 2026.

A união entre os dois partidos projeta uma força expressiva no estado. Atualmente com seis cadeiras na Câmara Federal, Eduardo da Fonte prevê que a nova federação deverá eleger ao menos 10 deputados federais pernambucanos nas próximas eleições. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a expectativa é saltar dos 13 parlamentares para 20, consolidando uma presença mais robusta e articulada nas esferas estadual e federal. O deputado credita esse crescimento à estrutura política da federação e ao apoio crescente de prefeitos e vereadores, que devem ser fundamentais para impulsionar candidaturas nas próximas disputas. Segundo ele, o momento é de organização e diálogo interno, sempre buscando equilíbrio e coesão para manter a força do bloco.

Eduardo da Fonte evitou citar diretamente o nome de Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina e atual presidente do União Brasil em Pernambuco. Miguel, aliado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), vem sendo cotado para compor uma chapa majoritária em 2026 ao lado de Campos, seja como candidato a vice-governador ou ao Senado. Mesmo com as tensões latentes, Da Fonte enfatizou que as decisões dentro da federação serão tomadas com “calma e ponderação”, buscando consenso entre as lideranças, sem rupturas precipitadas. Ao anunciar sua intenção de levar a União Progressista ao palanque de Raquel Lyra, o deputado sinaliza uma costura política que pode influenciar decisivamente os rumos da disputa estadual.

Com números superlativos, a Federação União Progressista nasce como a maior do país em diversos aspectos. Terá a maior bancada na Câmara dos Deputados, somando 109 parlamentares, e empata no Senado com PL e PSD, cada um com 14 senadores. Além disso, com quase 1,4 mil prefeituras, ultrapassa o PSD em capilaridade municipal, tornando-se o grupo com maior presença entre os executivos locais. A nova federação também lidera em arrecadação e volume de recursos públicos, com previsão de receber R$ 197,6 milhões do fundo partidário e R$ 953,8 milhões do fundo eleitoral, valores que superam inclusive os montantes destinados ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Se confirmar o apoio à governadora Raquel Lyra, a Federação União Progressista oferecerá não apenas musculatura política, mas também aporte financeiro e tempo de propaganda em rádio e televisão que podem ser determinantes em uma campanha majoritária. As federações partidárias, instituídas por lei, exigem um vínculo mínimo de quatro anos entre as legendas associadas, funcionando como um só partido, com atuação conjunta no Congresso e em disputas eleitorais. Apesar disso, mantêm estruturas próprias, o que exige habilidade de negociação constante para preservar a coesão entre seus integrantes.

A presidência de Eduardo da Fonte em Pernambuco indica que o PP deve ter papel central na condução dos rumos da federação no estado, especialmente diante da perspectiva de ampliação de bancadas e do fortalecimento de alianças. O gesto de aproximação com Raquel Lyra reforça a tese de que a governadora, mesmo filiada ao PSD, pode construir uma base ampla e multipartidária para a tentativa de reeleição. O desafio de Eduardo da Fonte será acomodar interesses distintos e, ao mesmo tempo, manter a unidade da federação diante de cenários eleitorais complexos e da coexistência de lideranças com projetos divergentes. A União Progressista, ao nascer com protagonismo, já se coloca como uma das principais forças a influenciar os desdobramentos políticos de 2026.

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