Brasília se prepara para receber, a partir do dia 19 de maio, a 26ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, um dos eventos mais expressivos do calendário político nacional. Organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), a mobilização deve reunir mais de 11 mil representantes de administrações locais, entre prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários e demais agentes públicos. O encontro será realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), espaço que se transformará por quatro dias no epicentro do debate sobre a autonomia municipal e os desafios enfrentados pelas gestões locais em todo o país. A magnitude do evento se revela não apenas pelo número de participantes já confirmados, mas também pela presença de lideranças políticas nacionais, a começar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está entre os convidados da solenidade de abertura marcada para o dia 20, às 9h. O ato solene também deverá contar com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), além de ministros de Estado, parlamentares e lideranças do setor público e privado. O tema central desta edição é “Autonomia Municipal: a Força que Transforma o Brasil”, uma escolha que reflete a pauta prioritária da CNM para este ano. A entidade tem reiterado a necessidade de avanços no pacto federativo, especialmente diante das dificuldades financeiras enfrentadas por centenas de municípios brasileiros, que convivem com a sobrecarga de atribuições sem a devida compensação de recursos. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, será o principal porta-voz dessas reivindicações. No dia 19, às 11h, ele concede uma coletiva de imprensa na sede da Confederação, com transmissão simultânea por videoconferência, onde apresentará os dados gerais da Marcha e um estudo inédito que servirá como base para as discussões ao longo do evento. A pesquisa deve evidenciar os principais gargalos da administração municipal, subsidiando os debates técnicos e políticos nos painéis programados. O ambiente da Marcha é tradicionalmente marcado por intensa articulação institucional, com prefeitos buscando diálogo direto com autoridades federais e parlamentares para destravar recursos, apresentar pleitos e defender projetos de interesse local. Para muitos gestores, a presença na Marcha representa uma rara oportunidade de influenciar diretamente decisões que impactam a gestão pública em seus territórios. Além dos debates centrais, a programação contempla atividades paralelas como painéis temáticos, feiras de inovação, reuniões com bancadas estaduais e exposições de boas práticas. Desde sua criação, a Marcha se consolidou como uma vitrine da realidade dos municípios e um espaço estratégico para pressionar por mudanças legislativas, repactuação de responsabilidades e ampliação de investimentos descentralizados. A expectativa da CNM é que esta edição, pela sua dimensão e contexto político, seja uma das mais importantes da história do evento.
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