sexta-feira, 16 de maio de 2025

ROUBO - OPERAÇÃO DA COMPESA IDENTIFICA 132 LIGAÇÕES CLANDESTINAS EM CARUARU EM APENAS CINCO DIAS


Uma operação de combate ao furto de água realizada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) em Caruaru resultou na identificação de 132 ligações clandestinas em apenas cinco dias de fiscalização. A ação, articulada pela Coordenação de Segurança Patrimonial da companhia, contou com apoio das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria da Fazenda, Vigilância Sanitária, Neoenergia e Instituto de Criminalística. De acordo com a Compesa, o volume desviado pelas ligações clandestinas chegava a 10,3 milhões de litros por mês — quantidade suficiente para abastecer mais de mil residências no mesmo período. Quatro pessoas foram presas.

As equipes percorreram diversos bairros e comunidades do município, incluindo Cidade Alta, Sítio Torres/Rendeiras, Universitário, Loteamento Juriti, Lajes, Jacaré, Umburana, Gonçalves Ferreira e Taquara. No último dia da operação, sexta-feira (9), as ações se concentraram em um condomínio de alto padrão onde foi constatado que 70 imóveis em construção desviavam água havia pelo menos três anos. O volume estimado do desvio era de 1,5 milhão de litros por mês, comprometendo o abastecimento nos bairros Amilson Afonso e Fernando Lyra. As irregularidades geraram multas que somam R$ 151.905,60, além de protesto cartorial por inadimplência.

Das quatro prisões registradas, duas ocorreram nos bairros Cidade Alta e Sítio Torres/Rendeiras, onde a água era desviada para abastecer um clube com piscina e um conjunto de empreendimentos, incluindo supermercado, haras e 15 chácaras. No supermercado, a fraude envolvia adulteração no hidrômetro, reduzindo artificialmente o consumo registrado e aumentando o desvio. A comunidade do sítio Torres havia recebido recentemente um novo sistema de abastecimento, com investimento de R$ 410 mil, mas moradores começaram a relatar falta de água pouco tempo após a entrega, o que levou à investigação.

A Compesa informou que a operação foi motivada por monitoramento técnico e pelo volume de reclamações sobre interrupções no fornecimento de água, mas destacou que denúncias anônimas também foram fundamentais. A empresa reforça que ligações clandestinas são crime, tipificadas nos artigos 155 (furto) e 265 (atentado ao funcionamento de serviço público) do Código Penal, com penas que variam de um a cinco anos de prisão, além de multas entre R$ 5 mil e R$ 50 mil. A prática compromete o abastecimento de água para a população, escolas, hospitais e demais serviços essenciais

Via Blog do Magno 

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