domingo, 15 de junho de 2025

A VOLTA DAS DRILHAS A CARUARU FOI DE ALEGRIA, PAZ E SEGURANÇA

Com a força de uma tradição que resistiu ao tempo e à saudade, a cidade de Caruaru viveu, neste domingo (15), um momento emblemático: o retorno triunfal das drilhas juninas à Avenida Agamenon Magalhães. Após 12 anos de ausência, a festa voltou a ocupar o coração da cidade e reacendeu a memória afetiva de milhares de forrozeiros. O evento, que marcou uma geração entre os anos 90 e início dos anos 2000, transformou a principal avenida do município em um corredor de alegria, cores e sons, trazendo de volta o espírito popular das ruas ao Maior e Melhor São João do Mundo. Desde o início da tarde, multidões se aglomeravam com entusiasmo e nostalgia, embaladas por uma organização impecável que garantiu segurança, fluidez e tranquilidade ao público. A Prefeitura, com apoio de diversas secretarias, montou um esquema robusto de controle de acesso, patrulhamento ostensivo, pontos de apoio médico e orientações constantes, o que foi essencial para o sucesso da retomada.

Na linha de frente dessa reconexão com a tradição, esteve o prefeito Rodrigo Pinheiro, que celebrou o resultado com entusiasmo e já confirmou a continuidade das drilhas no calendário junino de 2026, anunciando Claudia Leitte como a primeira atração confirmada. O retorno da cantora baiana, que não desfilava nas drilhas há 22 anos, foi um dos pontos altos da tarde. Durante sua apresentação, ela foi homenageada com a faixa de 'Rainha da Pipoca', emocionando o público com seu carisma e performance que uniu axé e forró. Emocionada, ela declarou seu amor por Pernambuco e se mostrou tocada com o reencontro. Também presente estava o ícone absoluto das drilhas: Elifas Júnior, consagrado como o Rei das Drilhas, que trouxe à avenida seus clássicos que embalaram tantas gerações. A presença dele foi recebida como símbolo de continuidade e autenticidade. Sua passagem pela avenida, cercado por fãs antigos e novos, foi carregada de emoção e gratidão.

O grupo Juntô, formado por jovens talentos da própria Caruaru, agregou frescor e contemporaneidade à celebração. Com nomes como Mateus Santos, Renan Cruz, PV Calado e Klever Lemos, e participações especiais de artistas da cena local como Thayse Dias e Matheus Vini, a apresentação refletiu o vigor da nova geração musical caruaruense. Essa mistura entre tradição e inovação foi celebrada pelo público, que dançava entre gerações ao som de ritmos que costuravam o passado com o presente. Na multidão, o sentimento era de reencontro coletivo com uma parte essencial da identidade caruaruense. A comerciante Aline Vitória, que viveu a época de ouro das drilhas na juventude, descreveu a experiência como uma viagem no tempo. Em meio aos trios elétricos e ao batuque contagiante das zabumbas, o que se via era um povo inteiro resgatando a sua festa, ocupando com alegria o espaço urbano. A retomada das drilhas não foi apenas um evento cultural; foi uma declaração de pertencimento e resistência. A cidade provou que a tradição não morre — ela apenas espera o momento certo para florescer de novo.

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