quinta-feira, 26 de junho de 2025

BARULHO DE FOGOS MATA CINCO CÃES NEM ABRIGO DURANTE FESTA DE SÃO JOÃO

Barulho de fogos mata cinco cães em abrigo durante festa de São João
O responsável pelo local, Vandeilson de Lima, de 32 anos, relatou que havia acabado de sair do abrigo por volta das 19h, quando ouviu os fogos...
Cinco cachorros morreram na noite de segunda-feira (23) após a queima de fogos de artifício com estampido em frente ao Abrigo São Francisco de Assis, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Os animais, já fragilizados, não resistiram ao estresse causado pelo barulho intenso, durante a prévia de São João. O abrigo acolhe atualmente cerca de 120 cães.

O responsável pelo local, Vandeilson de Lima, de 32 anos, relatou que havia acabado de sair do abrigo por volta das 19h, quando ouviu os fogos e correu de volta. “Eu fiquei apavorado e corri para socorrer o cachorro que estava mais necessitado. Quando escutei os animais, acendi os refletores e vi que eles estavam apavorados devido ao barulho”, contou.

Vandeilson suspeita que os responsáveis pela queima dos fogos não sejam moradores da rua do abrigo, pois os vizinhos conhecem a existência do local e sabem dos danos que os estampidos causam aos animais. “Provavelmente isso foi feito por algum jovem, algum maloqueiro por maldade para atingir os animais”, disse.

A sensibilidade auditiva dos cães os torna extremamente vulneráveis a esse tipo de barulho, que pode ativar o instinto de fuga e gerar crises de pânico. “Os animais que morreram já estavam mais sensíveis. A gente luta para que eles fiquem bem e sejam adotados. Estou abismado com o que aconteceu”, desabafou Vandeilson.

Sem câmeras de segurança ou testemunhas, nenhum suspeito foi identificado. O responsável pelo abrigo pretende registrar um Boletim de Ocorrência nesta quinta-feira (26) e afirmou que colaboradores já se ofereceram para instalar câmeras no local.

A soltura de fogos com estampido é proibida em Pernambuco desde 2021, por meio da Lei nº 17.195, justamente para proteger animais, pessoas com hipersensibilidade auditiva e o meio ambiente.

Com informações do Diário de Pernambuco

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