quinta-feira, 19 de junho de 2025

MINISTRO SILVIO COSTA FILHO DEBATE EM AGRESTINA PROJETO QUE VAI INTEGRAR MODAIS LOGÍSTICOS E IMPULSIONAR O INTERIOR DE PERNAMBUCO

O município de Agrestina, no Agreste pernambucano, será palco de uma importante agenda de articulação regional nesta sexta-feira (20), com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Ele participa do 1° Encontro de Lideranças em prol da Transnordestina e da Plataforma Porto Seco, evento que será realizado às 14h na sede do Consórcio de Municípios do Agreste e Mata Sul de Pernambuco (COMAGSUL). A reunião reunirá prefeitos, vereadores e representantes de 23 municípios da região, com o objetivo de debater o futuro da logística multimodal em Pernambuco e o papel que o interior do estado pode desempenhar no desenvolvimento nacional.

A expectativa é de que o ministro apresente os avanços do projeto que prevê a ampliação e interligação dos modais logísticos em território pernambucano. A proposta central da chamada Plataforma Multimodal é a construção e implantação de um sistema integrado de Portos Secos, que funcionariam como polos estratégicos de movimentação e armazenagem de cargas, com estrutura aduaneira que permita o desembaraço de mercadorias diretamente no interior. Esses terminais intermodais seriam conectados aos grandes portos e à malha ferroviária da Transnordestina, promovendo uma nova dinâmica econômica para os municípios não litorâneos.

A reunião representa mais que um debate técnico; simboliza uma tomada de posição conjunta das lideranças municipais em defesa da interiorização do desenvolvimento, bandeira que tem sido defendida por gestores locais há décadas. A presença de Silvio Costa Filho reforça o peso institucional do encontro e abre portas para a consolidação de uma agenda que ultrapassa limites territoriais, unindo o governo federal, consórcios regionais e a classe política municipalista em torno de um projeto estruturante. O ministro também atenderá à imprensa ao fim da cerimônia, sem necessidade de credenciamento prévio.

A escolha de Agrestina para sediar esse primeiro encontro é estratégica. Localizado às margens da BR-104, o município está inserido em uma zona de influência logística entre o Porto de Suape, a ferrovia Transnordestina e os polos de produção agrícola e industrial do Agreste e Sertão. A instalação de Portos Secos na região não apenas dinamizaria a economia local, mas reduziria custos operacionais para as empresas e escoaria com mais eficiência a produção regional. O projeto mira no futuro, mas dialoga com demandas históricas de Pernambuco, como a descentralização dos investimentos logísticos e a valorização da produção interiorana.

Essa iniciativa dialoga diretamente com o plano do governo federal de ampliar a malha logística nacional com foco na multimodalidade, buscando eficiência, redução de impacto ambiental e integração territorial. A Transnordestina, obra ferroviária que corta o Nordeste e liga o sertão ao litoral, volta ao centro do debate como peça-chave para a concretização da Plataforma Porto Seco. Os Portos Secos, por sua vez, funcionariam como braços operacionais avançados, interligando rodovias, ferrovias e portos em um ecossistema logístico moderno, eficiente e próximo dos centros produtivos.

Silvio Costa Filho tem defendido publicamente a descentralização dos investimentos portuários e aeroportuários, e o evento desta sexta reforça esse compromisso. Ele pretende ouvir as demandas específicas de cada município envolvido, com o intuito de formatar um projeto que respeite as particularidades regionais e seja capaz de gerar emprego, renda e competitividade para o interior. O encontro pode marcar o início de uma nova etapa para o Agreste pernambucano, colocando a região no mapa logístico nacional com protagonismo e visão de futuro.

A movimentação em torno do encontro já mobiliza prefeitos e lideranças políticas locais, que enxergam na proposta uma oportunidade concreta de desenvolvimento integrado. A proposta dos Portos Secos não é nova, mas ganha fôlego renovado com o avanço das discussões sobre a retomada da Transnordestina e com a articulação do COMAGSUL. A ideia é construir um modelo replicável que sirva de referência para outras regiões do Brasil, onde o gargalo logístico ainda limita o crescimento econômico.

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