O nome pata seca era porque ele tinha mãos grandes e dedos finos e ressecados, por isso ficou conhecido por "pata seca".
Comprado por contrato em 1849, Pata Seca (1827-1958) foi um escravizado reprodutor do grande latifúndio da Fazenda Santa Eudóxia. Tendo vivido 131 anos, teve mais de 250 filhos.
Pata Seca foi comprado por um tropeiro na vila de Sorocaba, por volta de 1849, de lá foi vendido para a Fazenda Grande em São Carlos no distrito de Santa Eudóxia, seu dono era o
Visconde da Cunha Bueno.
Ali ele foi criado e logo selecionado como escravo reprodutor da fazenda, pois era muito forte, alto e tinha canela fina, uma das características tidas como importantes na época para gerar filhos homens, fortes e saudáveis. Ele tinha 2,18m de atura e por isso se destacava muito no serviço braçal.
Naquela época acreditava-se que escravos com a perna fina tinham mais filhos homens, muito interessante para aqueles que os escravizavam, pois assim conseguiam mão de obra de graça.
Ele trabalhou com o trato dos cavalos da casa grande e com as correspondências da cidade de São Carlos para a Fazenda Grande, por isso comia melhor e tinha mais benefícios do que os escravizados em geral. Logo ele ficou por conta somente da reprodução e serviços leves.
Ele era estimado pelos donos da fazenda, e só la nas senzalas para reproduzir com as escravizadas. Seus filhos e irmãos não tiveram a mesma sorte. Acorrentados, foram treinados para servir de força de trabalho e morreram muitos deles bem jovens.
Em 1888 quando foi abolida a escravidão no Brasil, o escravo Pata Seca foi registrado como Roque José Florêncio. Casou e tempos depois teve um pequeno sítio chamado "sítio pata seca"
Fonte: Sua neta que se chama Maria Madalena
Matéria do G1
#fazenda #escravizado
Nenhum comentário:
Postar um comentário