domingo, 13 de julho de 2025

DIVERSIDADE MUSICAL E ENERGIA MARCAM TERCEIRA NOITE DO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS

A terceira noite do 33º Festival de Inverno de Garanhuns se destacou por uma celebração intensa da diversidade musical brasileira, trazendo para o palco da Praça Mestre Dominguinhos uma programação que abraçou diferentes ritmos e gerações. O público, formado por moradores locais, turistas e amantes da cultura, foi presenteado com um repertório variado que transitou do rap ao samba, do rock ao manguebeat, refletindo a pluralidade que tornou o FIG um dos maiores eventos multiculturais da América Latina.
A abertura ficou por conta da banda Jam 212, um dos nomes emergentes da cena musical de Garanhuns. Com uma mistura criativa entre música romântica e influências do rock britânico, a banda apresentou uma sequência de canções que encantaram pela interpretação sensível e pela sonoridade contemporânea. Entre os destaques da apresentação estavam versões de hits internacionais, como “Wonderwall”, que surpreenderam pela adaptação ao estilo próprio do grupo, e músicas autorais que resgataram a atmosfera afetiva das baladas locais, incluindo “Leviana”, uma homenagem à tradição popular pernambucana.
Logo depois, o cenário mudou com a energia pulsante do rapper Marcelo D2, que subiu ao palco acompanhado da banda Um Punhado de Bamba. A performance trouxe à tona a mistura única entre o samba e o rap, gêneros que dialogam profundamente com as raízes culturais do país. Marcelo D2 apresentou tanto suas composições mais recentes quanto versões reinventadas de clássicos do samba, resgatando a ancestralidade musical de maneira contemporânea e com uma pegada urbana muito marcada. A conexão com a plateia foi imediata, com muitos cantando e acompanhando o ritmo contagiante que mesclava batidas eletrônicas e percussão tradicional.
Em seguida, foi a vez de Zeca Baleiro conduzir o público por uma jornada musical repleta de variações de estilo e sentimento. Reconhecido pela versatilidade e pela capacidade de transitar entre diferentes universos musicais, Baleiro falou da importância do Festival de Inverno de Garanhuns como um espaço que reúne o Brasil em sua diversidade cultural. Suas músicas, que carregam elementos da MPB, do rock e do pop, ganharam interpretações que destacaram tanto a leveza quanto a profundidade das letras, com momentos de introspecção intercalados a outros mais animados. O artista ressaltou que o FIG representa um lugar onde o público tem a oportunidade de experimentar a música sob múltiplas perspectivas, fortalecendo a identidade nacional.
A animação voltou a crescer com o show do rapper Hungria Hip Hop, que trouxe para o festival um repertório que mistura o rap com elementos do forró e do pop. Hits como “Amor e Fé” e “Coração de Aço” embalaram a plateia, que cantava junto e vibrava em cada refrão. O artista destacou em sua performance a importância da fé, do amor e da superação, temas recorrentes em suas canções que dialogam diretamente com os sentimentos do público jovem. Durante o show, o prefeito Sivaldo Albino subiu ao palco para anunciar oficialmente as atrações já confirmadas para a edição de 2026 do festival, confirmando o retorno de Hungria e também da banda Jota Quest, trazendo expectativa para as próximas celebrações culturais.

A noite ganhou ainda mais prestígio com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que prestigiou o evento e concedeu entrevista coletiva no local. O ministro falou sobre os esforços em andamento para modernizar o aeroporto de Garanhuns, com um investimento previsto de até 20 milhões de reais, especialmente focado na viabilização de voos noturnos. Segundo ele, essa iniciativa pretende ampliar a conectividade da cidade, impulsionando o turismo e a economia local, além de integrar Garanhuns ainda mais ao circuito nacional e internacional de eventos culturais.
Para encerrar a noite, a Nação Zumbi subiu ao palco trazendo toda a força do manguebeat, gênero que mistura elementos tradicionais pernambucanos com o rock, o funk e a psicodelia. A banda celebrou os 30 anos do álbum “Da Lama ao Caos”, um marco da música brasileira, e iniciou sua turnê europeia, mostrando a vitalidade e o alcance global da cultura nordestina. Com uma performance eletrizante, a Nação Zumbi agitou o público com clássicos que envolvem ritmos e sonoridades típicas, reafirmando a importância de Garanhuns como palco para manifestações artísticas que são patrimônios culturais do Brasil. A mistura de batidas, guitarras e percussão criou um ambiente de celebração e identidade, fechando a terceira noite do festival com emoção e energia contagiante.

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