Segundo Eduardo Bolsonaro, o Brasil voltou a ser um ambiente hostil para quem deseja empreender, apontando a retomada de pautas ambientais rigorosas lideradas pela ministra Marina Silva, o aumento da carga tributária sob o comando do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a instabilidade jurídica provocada, em sua visão, por decisões de Moraes. O parlamentar alegou que a combinação desses fatores tem afugentado o capital produtivo, tornando o cenário interno desfavorável para o crescimento do setor privado.
Durante a live, Eduardo afirmou que empresários nacionais deveriam encarar como um “convite” o gesto de Trump. “Olha, eu estou aqui colocando 50% de tarifa no Brasil por causa do seu presidente, do Lula, e principalmente por causa do Alexandre de Moraes. E se você, empresário brasileiro, quiser investir nos Estados Unidos, em semanas a gente coloca o seu processo adiante”, disse, imitando um possível discurso de Trump. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro argumentou que os EUA oferecem mais segurança jurídica, liberdade econômica e acesso a acordos com outros países, fatores que, segundo ele, colocam o ambiente americano em posição muito mais favorável para os negócios.
Ao mencionar “o ambientalismo xiita da Marina Silva” e criticar o aumento da arrecadação sob o governo Lula, Eduardo usou tom inflamado para sustentar que a atual política econômica brasileira está na contramão do crescimento. “Se o governo Lula diz que imposto é bom, por que está reclamando agora?”, ironizou, referindo-se à reação negativa do Planalto às tarifas impostas por Trump.
Eduardo Bolsonaro também aproveitou o espaço para direcionar ataques ao STF, insinuando que o Judiciário brasileiro, na figura de Alexandre de Moraes, contribui diretamente para a insegurança jurídica no país. A menção constante ao magistrado reflete a estratégia adotada por aliados de Jair Bolsonaro em manter Moraes como alvo prioritário, especialmente em temas relacionados à liberdade de expressão, redes sociais e investigações envolvendo membros da extrema-direita.
Apesar de estar licenciado do mandato na Câmara dos Deputados, Eduardo segue atuando politicamente com forte presença digital, aproveitando suas redes para propagar discursos alinhados à direita norte-americana. A aproximação com Trump e a defesa de sua política comercial reforçam a narrativa de que o bolsonarismo ainda enxerga nos Estados Unidos um modelo a ser seguido, sobretudo quando comparado ao atual governo brasileiro. As falas de Eduardo alimentam o clima de tensão entre as esferas do poder e acirram ainda mais o debate sobre a condução da economia e da política externa no Brasil.
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