segunda-feira, 28 de julho de 2025

EUA MANTÊM TARIFAS PARA 1º DE AGOSTO E PREVEEM US$ 7 TRILHÕES EM RECEITA COM EXPORTAÇÕES

Em uma entrevista à Fox News, o Secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, confirmou que as tarifas previstas pelo governo americano entrarão em vigor no dia 1º de agosto, sem possibilidade de adiamento. Segundo ele, não haverá mais períodos de carência ou postergações. A decisão reforça a postura firme da atual administração em relação à sua política comercial, especialmente no que diz respeito à proteção de setores estratégicos da economia americana. Apesar do tom rígido, Lutnick afirmou que o governo do presidente Donald Trump continuará aberto ao diálogo com parceiros internacionais, mesmo após o início da aplicação das tarifas.

Lutnick destacou que o presidente mantém disposição para negociar com grandes economias e explorar acordos que beneficiem os Estados Unidos. Para ele, as tarifas têm sido uma ferramenta eficaz de pressão e negociação, e não apenas um mecanismo de proteção. “O presidente está definitivamente disposto a negociar e conversar com as grandes economias, com certeza”, afirmou. De acordo com o secretário, as tarifas devem gerar uma arrecadação de aproximadamente US$ 700 bilhões por ano, o que, em uma projeção de dez anos, representaria um total de US$ 7 trilhões aos cofres públicos americanos.

Segundo o secretário, esse volume de receitas se justifica não apenas pela taxação em si, mas também pelos reflexos positivos nas exportações americanas, que estariam em trajetória de crescimento acelerado. Ele afirmou que os acordos comerciais que vêm sendo assinados pela atual gestão estão abrindo novos mercados para os exportadores dos Estados Unidos, especialmente nas áreas agrícola e industrial. "Nunca nosso setor agrícola e industrial teve acesso a esses mercados", ressaltou. Para ele, esse acesso ampliado representa uma oportunidade histórica de fortalecimento da balança comercial do país e de valorização dos produtos americanos no cenário internacional.

Lutnick acredita que esse novo cenário de exportações mais robustas será capaz de financiar todo o plano econômico da administração, sem gerar prejuízos ao orçamento. “O crescimento das exportações pagará por tudo”, disse, apostando em um ciclo virtuoso em que o comércio internacional impulsiona a produção interna, gera empregos, movimenta setores estratégicos e aumenta a arrecadação fiscal. Ele defende que, ao combinar tarifas com negociações bilaterais mais agressivas, o governo está promovendo um redesenho das relações comerciais internacionais, onde os Estados Unidos ocupam uma posição de maior vantagem estratégica.

O secretário também reforçou que as tarifas não devem ser vistas como uma barreira permanente, mas como um instrumento de equilíbrio e pressão para que os parceiros comerciais revejam práticas consideradas desleais pelo governo americano. Ele afirmou que muitos países já estão respondendo positivamente à nova abordagem, oferecendo concessões e abrindo setores anteriormente protegidos aos produtos dos EUA. Lutnick não revelou nomes, mas sinalizou que negociações relevantes estão em curso, envolvendo economias importantes da Ásia e da Europa.

Com a aproximação da data de início da nova rodada tarifária, o mercado internacional observa com atenção os desdobramentos dessa política, enquanto governos estrangeiros avaliam como responder à ofensiva americana. Para Washington, a mensagem está clara: os interesses comerciais dos Estados Unidos estão no centro da agenda, e qualquer reconfiguração de acordos será feita com base em reciprocidade e abertura real de mercados. A postura adotada pelo secretário Howard Lutnick reflete o espírito da política comercial do governo Trump, baseada em pragmatismo econômico, assertividade diplomática e visão estratégica de longo prazo.

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