A denúncia afirma que mesmo após a Justiça determinar a remoção do vídeo das redes sociais, o parlamentar insistiu na prática e divulgou novo material em tom desafiador, o que teria configurado desobediência a uma ordem judicial expressa. Para os promotores, a reincidência demonstra não apenas a intenção deliberada de manter a desinformação em circulação, como também um desprezo pelas instituições democráticas e pela lisura do processo eleitoral. Além de Nikolas Ferreira, outros integrantes do PL também são alvos da ação, acusados de fazer parte de uma estratégia articulada de ataques e desinformação com objetivos eleitorais.
O juiz Marcos Antônio da Silva, responsável pelo caso, estipulou o prazo de dez dias para que os réus apresentem suas defesas formais. A ação, se resultar na condenação, poderá levar à inelegibilidade do deputado e afetar diretamente a sua permanência no cargo. O Ministério Público também solicitou a imposição de multa e a fixação de uma indenização por danos morais coletivos, cujo valor não foi revelado. A família de Fuad Noman, por sua vez, declarou publicamente que qualquer quantia resultante de eventual condenação será destinada a instituições de caridade, como forma de homenagear o legado do ex-prefeito.
Nikolas Ferreira, eleito em 2022 como o deputado federal mais votado do país, é conhecido por seu posicionamento conservador nas redes sociais e por sua atuação agressiva contra adversários políticos. A repercussão do processo tem movimentado os bastidores da política mineira, especialmente pelo potencial impacto jurídico e eleitoral que pode recair sobre uma das principais lideranças da bancada bolsonarista no Congresso Nacional. A defesa do parlamentar ainda não se pronunciou oficialmente sobre a aceitação da denúncia. O processo segue em trâmite, e novos desdobramentos são aguardados nos próximos dias.
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