quinta-feira, 31 de julho de 2025
LULA AVALIA TROCAR ALCKMIN POR NOME DO MDB NA VICE SE VICE ACEITAR DISPUTAR GOVERNO DE SÃO PAULO
Em meio às movimentações políticas que começam a desenhar o cenário para as eleições presidenciais de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sinalizado internamente a possibilidade de uma rearrumação na chapa que o conduziu ao Palácio do Planalto. Segundo fontes próximas ao petista, Lula teria admitido a aliados mais próximos que o MDB poderá indicar o nome para a Vice-Presidência, desde que o atual vice, Geraldo Alckmin (PSB), aceite disputar outro cargo, preferencialmente o Governo de São Paulo. A ideia seria abrir espaço para o MDB na composição da aliança nacional, fortalecendo o palanque governista em estados estratégicos e ampliando a base de apoio para uma eventual reeleição. A hipótese vem sendo ventilada em meio ao esforço do Planalto em consolidar uma coalizão robusta, que possa conter eventuais avanços da oposição em redutos eleitorais importantes. No entanto, a equação não é simples. Alckmin resiste à possibilidade de deixar o posto de vice. Ainda que o seu nome surja com frequência nas especulações para o comando do Palácio dos Bandeirantes ou até mesmo para uma candidatura ao Senado, o ex-governador de São Paulo tem expressado o desejo de permanecer na chapa presidencial, ao lado de Lula, considerando que sua presença representa uma ponte importante entre diferentes espectros políticos. Do outro lado, dirigentes do MDB reforçam o argumento de que Alckmin precisará assumir um papel mais direto no cenário eleitoral paulista, seja disputando o Executivo estadual ou garantindo um palanque consistente para Lula em São Paulo. A avaliação emedebista é de que a manutenção de Alckmin como vice enfraqueceria a articulação do campo governista no maior colégio eleitoral do país. O MDB, por sua vez, ensaia a construção de um nome para ocupar o espaço na vice, caso a equação avance. Lula não tem fechado portas e avalia com pragmatismo a movimentação. O presidente sabe que um novo mandato exigirá ainda mais habilidade política para equilibrar interesses e garantir governabilidade, especialmente diante de um Congresso pulverizado. Nos bastidores, integrantes do núcleo político do governo trabalham com simulações e pesquisas qualitativas para mensurar o impacto de diferentes composições de chapa, levando em conta fatores como capilaridade regional, aceitação popular e capacidade de articulação legislativa. Embora nenhuma decisão esteja tomada, o cenário já provoca reações nos bastidores e estimula conversas entre caciques partidários, que observam com atenção os sinais emitidos pelo Planalto. O movimento também pode reconfigurar alianças estaduais e influenciar diretamente o tabuleiro das disputas ao governo e ao Senado, especialmente em São Paulo, onde Alckmin ainda mantém influência expressiva. As articulações seguem em ritmo discreto, mas constante, refletindo a complexidade de se costurar uma frente ampla em um momento em que a política brasileira continua atravessada por polarizações e interesses fragmentados. A decisão final deve amadurecer apenas em 2026, mas o jogo já começou a ser jogado.
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