O evento contou com a presença de figuras proeminentes do bolsonarismo, como os ex-ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Carlos Brito (Turismo), o senador Efraim Filho (União Brasil-PB) e o deputado federal Cabo Gilberto (PL-PB), todos defensores ferrenhos da pauta conservadora e da liberdade de expressão. A inauguração da nova sede regional do PL se insere em um contexto de expansão da sigla no Nordeste, região onde Bolsonaro tem buscado fortalecer suas bases eleitorais após a derrota nas urnas em 2022.
Representando o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto — também alvo de medidas restritivas impostas pelo STF — estiveram presentes o vereador do Recife, Gilson Machado Filho, e o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL-PE). Ambos destacaram a importância da união da direita diante do que classificam como uma ofensiva institucional contra o campo conservador. "A Direita está mais unida do que nunca. A mobilização nacional no próximo dia 3 de agosto está fortalecida", afirmou Feitosa, que revelou ter passado os últimos três dias em Brasília em articulações com parlamentares de oposição e em encontros com o próprio Bolsonaro.
A nova sede do PL na Paraíba surge como um polo de articulação política para as eleições municipais de 2024 e a construção do projeto eleitoral da direita rumo a 2026. A presença de Michelle Bolsonaro simboliza o papel crescente da ex-primeira-dama na linha de frente da militância conservadora, especialmente diante das limitações judiciais enfrentadas por seu marido. A atmosfera do evento foi marcada por discursos inflamados, bandeiras verde-amarelas e críticas diretas ao Supremo Tribunal Federal, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, acusado pelos aliados de Bolsonaro de cercear liberdades fundamentais.
O fortalecimento da direita nordestina com apoio do PL tem se dado por meio de visitas frequentes a cidades do interior, encontros regionais e reforço de candidaturas conservadoras alinhadas ao ex-presidente. A mobilização nacional citada por Feitosa se refere a uma manifestação prevista para o início de agosto em diversas capitais do país, com o objetivo de denunciar o que os organizadores chamam de "perseguição política" contra figuras públicas da direita. Com discursos que mesclam religiosidade, patriotismo e crítica institucional, o PL vem se consolidando como a principal legenda da oposição ao governo Lula, utilizando eventos como este para ampliar sua base de apoio.
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