A rapidez com que o processo tramitou e a ausência de pareceres técnicos sólidos sobre irregularidades levantaram questionamentos nos bastidores políticos e jurídicos. A medida cautelar do TCE causou forte impacto na comunicação institucional do Governo de Pernambuco, que se viu obrigado a interromper campanhas em andamento. No entanto, o Ministério Público de Contas (MPCO) se posicionou formalmente contra a suspensão, argumentando que não havia elementos suficientes para comprovar qualquer tipo de dano ao erário ou vício insanável no processo licitatório. O parecer do órgão reforçou que os auditores técnicos do próprio tribunal não apontaram nenhuma irregularidade objetiva que justificasse a medida extrema de paralisação.
Foi com base nesse entendimento que o desembargador Fernando Cerqueira decidiu suspender os efeitos da decisão do TCE, afirmando que, sem provas concretas de prejuízo aos cofres públicos, a suspensão do contrato era desproporcional. A decisão judicial permite que o contrato com a E3 Comunicação volte a ser executado em sua totalidade, restaurando as ações de publicidade institucional do governo estadual. A repercussão da medida tem sido acompanhada de perto por integrantes do Executivo e do meio jurídico, uma vez que envolve não apenas questões administrativas, mas também possíveis conflitos de interesse e a relação entre membros do TCE e os autores da denúncia. A restauração do contrato é vista como uma vitória técnica pelo governo, que havia defendido, desde o início, a legalidade do processo licitatório e a importância da continuidade das campanhas de utilidade pública. Nos bastidores, a leitura é de que a atuação do TJPE reequilibra o processo e impõe limites a decisões monocráticas baseadas em representações sem respaldo técnico robusto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário