segunda-feira, 18 de agosto de 2025

ANUÊNCIA DO PSB BLOQUEIA QUALQUER DISPUTA JURÍDICA E GARANTE MANDATOS DE WALDEMAR BORGES E DIOGO MORAES


A movimentação política desta segunda-feira (18) trouxe mudanças importantes na composição partidária da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Os deputados estaduais Diogo Moraes e Waldemar Borges oficializaram suas saídas do PSB e ingressaram em novas legendas: Moraes se filiou ao PSDB, enquanto Borges decidiu seguir pelo caminho do MDB. Apesar de o troca-troca partidário sempre levantar dúvidas sobre a possibilidade de perda de mandato por infidelidade partidária, a conjuntura política atual elimina praticamente qualquer risco de questionamento judicial.

O ponto central está na postura do próprio PSB, que, em outras circunstâncias, poderia reivindicar as cadeiras dos parlamentares na Alepe. No entanto, o partido não apenas não demonstra interesse em judicializar a questão como também tem plena confiança de que seus aliados diretos não pretendem abrir qualquer disputa em torno das vagas. O primeiro nome que poderia se beneficiar de uma eventual vacância seria o ex-deputado estadual Isaltino Nascimento, hoje à frente da Secretaria de Educação da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho. Ligado ao PSB e ao prefeito do Recife, João Campos, Isaltino se mantém firme no campo socialista e não cogita retomar uma cadeira parlamentar por via judicial.

A linha sucessória também aponta para outros nomes sem qualquer motivação em levantar questionamentos. Caso Isaltino não aceitasse, o próximo seria o ex-deputado Aderaldo Pinto, igualmente aliado do prefeito João Campos e alinhado com a estratégia política do PSB no estado. A lista ainda contempla o ex-deputado Marco Aurélio, figura tradicional na política recifense e pai do atual secretário e vereador licenciado, Marco Aurélio Filho, que também está em sintonia com o campo governista. Todos esses nomes, que poderiam ser legitimamente beneficiados com a saída de Waldemar Borges e Diogo Moraes, se mantêm em completa convergência com a direção do partido e não pretendem embarcar em disputas que possam desestabilizar a base.

Nesse contexto, a chamada “anuência do PSB” se torna decisiva. Sem contestação interna e com aliados consolidados na esfera municipal e estadual, o partido fecha as portas para qualquer tentativa externa de questionamento. O recado político é claro: a saída de Borges e Moraes foi acompanhada com serenidade e, sobretudo, com o reconhecimento de que a manutenção de suas cadeiras fortalece o ambiente de diálogo e não gera atritos entre legendas que hoje ainda mantêm proximidade no campo do governo estadual.

Com a movimentação, Waldemar Borges passa a ser uma das principais referências do MDB dentro da Alepe, reforçando o peso da legenda sob a liderança do deputado federal Raul Henry. Já Diogo Moraes encontra no PSDB o espaço para consolidar sua atuação no Agreste, região onde mantém forte base eleitoral. Ambos se reposicionam no xadrez político, mas permanecem blindados contra qualquer risco de perda de mandato, já que a combinação de fatores jurídicos e políticos garante tranquilidade às novas escolhas partidárias.

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