segunda-feira, 25 de agosto de 2025

CARLOS VERAS NÃO QUER CHAPA AO SENADO COM BOLSONARISTA POR PERTO

Novo presidente do PT-PE não quer chapa ao Senado com candidato bolsonarista

O presidente estadual do PT empossado na cerimônia, deputado federal Carlos Veras. Foto: Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

A cerimônia de posse da nova diretoria estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), neste domingo (24), teve espaço para todas as declarações e acenos para siglas parceiras, com foco principal nas eleições de 2026. O que não houve, no entanto, foi uma certeza sobre quem o partido vai apoiar na disputa pelo governo estadual, entre Raquel Lyra (PSD) e João Campos (PSB).

De um lado, o PSB, encabeçado por João Campos na presidência nacional, já cravou que subirá no palanque de Lula para sua reeleição. O presidente nacional, Edinho Silva, chegou a destacar a “aliança história” entre os dois partidos, deixando a entender o movimento natural do partido em apoiar Campos.

Por outro lado, ele lembrou que o partido da governadora também está na base do governo federal, portanto, será preciso agir “com cautela”. “Nós temos um diálogo muito sólido com João Campos. Mas claro, a construção da tática eleitoral aqui, nós temos que lidar com muita cautela, porque também o PSD, que é um partido aliado do presidente Lula”, afirmou.

Edinho Silva pontuou, por fim, que é preciso dialogar com as bases e com as lideranças. “Nós não vamos construir nenhuma posição sem ouvir as lideranças do estado de Pernambuco”, declarou.

O presidente nacional do PT, Edinho Silva. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Carlos Veras

O presidente estadual empossado na cerimônia, deputado federal Carlos Veras, alinhou o discurso com a fala de Edinho, mas relembrou ainda a necessidade de observar o cenário mais amplo. O objetivo do partido é, a princípio, reeleger Lula, e em Pernambuco, a segunda meta é reeleger Humberto Costa ao Senado. A formação da chapa foi apontada por Veras como um ponto de ponderação. “Não queremos o senador do PT numa chapa em que o outro seja um fascista, seja um bolsonarista”, afirmou.

Outros partidos já ventilam alguns nomes para uma das duas cadeiras da Casa Alta. O PT, por sua vez, não descarta apoiar (ou ser apoiado) pela maioria dos atuais pré-candidatos, como Marília Arraes (Solidariedade), Silvio Costa Filho (Republicanos), Jô Cavalcanti (PSOL). Ele fez ressalva, no entanto quanto ao nome de Miguel Coelho (União). “Ele precisa ainda conquistar a confiança desse campo, entendeu? Que eu acho que não tem”, disse, depois de ter afirmado que Coelho “não é um bolsonarista raiz”.

Cerimônia de posse

A solenidade contou com a presença lideranças políticas como o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), Marília Arraes (Solidariedade), representantes do PCdoB e da Rede. Das lideranças petistas, compuseram a mesa o presidente nacional Edinho Silva, os deputados João Paulo e Rosa Amorim, os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, o presidente municipal Osmar Ricardo, e o ex-ministro José Dirceu

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