A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), evitou se envolver no debate antecipado sobre as eleições de 2026 e reforçou que seu foco está totalmente voltado para a gestão estadual. Um dia após participar de uma solenidade em homenagem ao PSB e ao ex-governador Eduardo Campos, evento que acabou ganhando tom eleitoral em favor do prefeito do Recife, João Campos (PSB), seu potencial adversário no próximo pleito, Raquel fez questão de deixar claro que não pretende entrar, neste momento, na disputa política que se desenha para o futuro. Em entrevista à Rádio Nova Brasil FM, na manhã desta terça-feira (12), a gestora afirmou que “quem cuida de 2026 agora é quem não está no governo” e que seu desafio é “trabalhar e trabalhar sério”, mantendo o diálogo como uma marca de sua administração. Questionada sobre qual será a posição do PSD e dela própria no cenário nacional no próximo ano, Raquel optou por não se posicionar diretamente. Ela lembrou que o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, se reuniu recentemente com ministros e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar de temas ligados à governabilidade, reforçando que o mais importante é a construção de consensos capazes de impulsionar o desenvolvimento do Brasil. A governadora defendeu que a política nacional se concentre em pautas que realmente contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população, e não em disputas que desviem o país de um rumo de crescimento. Para ela, é fundamental que o Brasil supere discussões que não geram avanços concretos e que, muitas vezes, impedem o olhar estratégico para o futuro. Ao citar que as eleições só acontecem em outubro do próximo ano, Raquel ressaltou que o PSD terá tempo para se apresentar ao país e aos estados, definindo sua posição de forma coletiva e estratégica. Segundo a gestora, o compromisso maior é estar ao lado de medidas e propostas que sejam favoráveis ao Brasil como um todo, independentemente de alinhamentos eleitorais momentâneos. A entrevista também reafirma a linha adotada por Raquel desde que assumiu o governo: evitar embates precipitados e manter uma agenda voltada para entregas e projetos estruturantes no estado. Essa postura, segundo aliados, busca preservar seu capital político e reforçar a imagem de uma liderança que coloca a gestão acima das disputas partidárias, mesmo diante de um cenário em que o clima pré-eleitoral já começa a se intensificar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário