sábado, 2 de agosto de 2025

RUEDA FESTEJA EM MYKONOS ENQUANTO O BRASIL AFOGA NA CRISE: O ESCÁRNIO DE UMA ELITE DESCONECTADA

Em meio a um cenário internacional turbulento, com tensões diplomáticas crescentes entre Brasil e Estados Unidos, gerando temores sobre o fechamento de empresas multinacionais no país e o consequente colapso de milhares de empregos, uma imagem destoante vem à tona: o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, celebra seu aniversário em grande estilo, na paradisíaca ilha de Mykonos, na Grécia. A festa, marcada por ostentação e pela presença de figuras ilustres da política brasileira, causa indignação e espanto diante da gravidade da crise que assola o país. Enquanto o brasileiro comum lida com o aumento da inflação, da miséria e do desemprego, Rueda parece viver em uma realidade paralela, completamente alheia às dores e angústias da população. A comemoração, envolta em luxo e desconexão, representa um retrato simbólico de uma elite política que, segundo críticas internas e externas ao partido, perdeu qualquer senso de responsabilidade social.

Rueda, que nunca exerceu mandato eletivo, é visto por muitos como um lobista de si mesmo, alçado ao poder partidário por sua relação controversa e questionada com Luciano Bivar, figura central na articulação da legenda. O fato de não ter passado pelas urnas e ainda assim comandar uma das maiores siglas do país reforça as críticas sobre sua legitimidade e sobre a forma como conduz os rumos da legenda. Internamente, há um desconforto crescente. Dirigentes regionais e parlamentares relatam constrangimento diante da postura de Rueda, que, em vez de se engajar na busca de soluções para a crise institucional e econômica, prefere desfrutar do verão europeu ao lado de uma elite política desconectada do Brasil profundo.

A viagem, que levanta questionamentos sobre quem está arcando com os custos da celebração, gera especulações nos bastidores políticos. Há quem diga que parte dos convidados teve despesas cobertas por estruturas ligadas ao próprio partido. Outros apontam a existência de acordos informais, travestidos de compromissos institucionais, para justificar a presença de autoridades no evento. Em meio a tudo isso, o silêncio de Rueda apenas reforça a imagem de indiferença. Ele não se pronunciou sobre o simbolismo do momento e tampouco demonstrou preocupação com as repercussões negativas que sua comemoração de luxo pode causar no eleitorado e entre seus próprios correligionários.

Para alguns quadros do União Brasil, a conduta do presidente nacional da sigla representa um risco institucional: além de desgastar a imagem do partido, afasta potenciais alianças e compromete o discurso de compromisso com o social e a governabilidade. Há quem afirme, em reserva, que o “Brasil de Rueda” é um Brasil fictício — um país onde não há miséria, desemprego ou crise, mas apenas festas, iates, resorts e paisagens mediterrâneas. Nesse cenário, a política deixa de ser um instrumento de transformação social e passa a ser palco de privilégios. O contraste entre a opulência da festa em Mykonos e a dura realidade enfrentada por milhões de brasileiros pode vir a ser mais do que um tropeço de imagem: pode ser a faísca de um questionamento mais profundo sobre os rumos e os valores que guiam o União Brasil.

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