Segundo Rayssa Godoy, a ação não busca cancelar o Encantos do Natal, mas sim garantir transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos. Ela afirma que o processo está fundamentado em relatório do Tribunal de Contas de Pernambuco, que apontou falta de transparência e sobrepreço nos convênios firmados com a Associação da Casa do Artesão, resultando em um aumento de quase 90% nos custos do evento em 2023. Ainda de acordo com a autora da ação, o pedido é para que haja ressarcimento dos valores considerados superfaturados e implementação de mecanismos de controle para evitar novos prejuízos, além de assegurar que as próximas edições ocorram com mais rigor na prestação de contas.
O Tribunal de Contas do Estado reconheceu a importância do evento para Garanhuns e determinou que os repasses sejam limitados a R$ 6 milhões até que a Prefeitura e a Associação apresentem a devida prestação de contas. No entanto, a Ação Popular protocolada por Rayssa traz ainda um pedido de proibição temporária de novos contratos e repasses à Associação, até que haja decisão final da Justiça, ponto que não foi mencionado em sua nota pública e que tem alimentado polêmicas e interpretações divergentes. Enquanto a autora tenta reforçar a narrativa de que não é contra o Natal, mas a favor da honestidade e da transparência, o embate político se intensifica e a população teme que o resultado seja a suspensão de um evento que movimenta milhares de turistas, aquece a economia local e garante renda para centenas de trabalhadores e comerciantes durante todo o ano.
O processo segue em análise e as partes envolvidas foram notificadas para apresentar defesa. Até o momento, nem a Prefeitura de Garanhuns, nem a Associação da Casa do Artesão se manifestaram sobre o assunto, tampouco o Ministério Público de Contas, que acompanha o caso junto ao Tribunal de Contas. O clima de incerteza gera preocupação entre empresários, artistas, comerciantes e toda a cadeia produtiva ligada ao turismo, já que o Encantos do Natal é considerado um dos maiores atrativos do calendário da cidade e seu futuro agora depende de uma decisão judicial em meio a um embate político que ameaça ultrapassar os limites da disputa eleitoral.
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