O ATO QUE MUDOU O JOGO
A assinatura do presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) sacramentou um movimento que vinha sendo esperado há meses: a aposentadoria de Danilo Cabral como auditor concursado. Desde 1991 no órgão, filho do conselheiro Adalberto Farias e ex-diretor-geral, Danilo encerra um ciclo institucional para abrir outro eminentemente político. Se no TCE construiu carreira técnica sólida, agora volta a ter liberdade plena para mergulhar no tabuleiro eleitoral. Livre , leve e solto e aposentado Danilo Cabral está pronto para uma grande reviravolta política. Vamos ver aqui NA LUPA.
DE TÉCNICO A POLÍTICO: UMA TRAJETÓRIA CONSISTENTE
Danilo Cabral nunca foi um político improvisado. Sua entrada na política começou no Legislativo municipal, como vereador do Recife, mas sua grande virada foi a coordenação da campanha vitoriosa de Eduardo Campos em 2006. A partir dali, ocupou cargos estratégicos: secretário estadual de Educação em 2007, deputado federal em 2010, secretário das Cidades em 2011 e, novamente, deputado em 2014 e 2018. Cada etapa de sua trajetória consolidou o perfil de gestor eficiente e articulador político.
A DERROTA DE 2022 E O RECALL PERMANENTE
Em 2022, Danilo Cabral disputou o Governo de Pernambuco pelo PSB. Perdeu já no primeiro turno, mas o resultado não apagou sua visibilidade. Ao contrário: consolidou seu nome como figura de recall eleitoral. O eleitor pernambucano, ainda que não tenha lhe dado a vitória, guardou sua imagem como alternativa de peso. Esse capital político é justamente o que ele traz de volta ao jogo em 2026.
A PASSAGEM PELA SUDENE E O DESMONTE ARMADO
No comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Danilo mostrou fôlego administrativo e entregou resultados. Recife e a região sentiram o impacto positivo de sua gestão. Mas em 2025 veio a exoneração, atribuída a supostas pressões cearenses. No entanto, os bastidores contam outra história: a saída teria sido, em verdade, fruto de uma manobra política para frear sua ascensão. A “queda” não foi queda, foi armação.
A ESPERTEZA POLÍTICA NOS BASTIDORES
Segundo fontes reservadas, a narrativa de que o Ceará teria forçado a exoneração de Danilo Cabral da SUDENE não se sustenta. Afinal, outro pernambucano acabou assumindo a vaga. O que houve, de fato, foi uma combinação de lideranças locais e nacionais para tirar Danilo do foco. O foguete estava subindo rápido demais, e parte da classe política temeu perder espaço. A jogada foi calculada: cortar a luz dos holofotes antes que o brilho se tornasse ofuscante.
A REENTRADA EM 2026
Amigos próximos confirmam: Danilo não ficará fora da política. Pelo contrário, a aposentadoria no TCE foi justamente o passo necessário para voltar às urnas. O projeto é claro: disputar uma cadeira de deputado federal em 2026. Com recall consolidado e bases eleitorais ainda aquecidas, ele sabe que tem condições de retomar espaço com força. Não se trata apenas de retorno, mas de reposicionamento estratégico.
LIVRE, LEVE E SOLTO PARA ARTICULAR A VOLTA A BRASÍLIA
Sem as amarras de cargo público e livre das restrições de servidor, Danilo está, como se diz no jargão político, “leve e solto”. Isso significa capacidade de articulação sem limites, de costura política sem travas e de diálogo direto com aliados e adversários. O que antes poderia ser interpretado como conflito de interesses agora se converte em liberdade de movimento.
UM JOGADOR PRONTO PARA O RECOMEÇO
A política é feita de ciclos, e Danilo Cabral demonstra estar ciente disso. Fechou o ciclo institucional no TCE, teve o ciclo de crescimento interrompido na Sudene, mas agora abre um novo. Não há sinal de desistência, apenas de recomeço. Em 2026, deverá testar novamente sua força nas urnas. E se depender da memória recente do eleitor, Danilo não voltará como figurante, mas como protagonista de um jogo onde quem para no tempo perde. O fato é claro: Danilo Cabral está de volta. E dessa vez, sem freios administrativos, sem sombras institucionais, com capital político renovado e pronto para incomodar quem tentou apagá-lo. É isso aí.
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