QUANDO O SALĂRIO VIRA MURO ENTRE O POVO E O PODER
UM ABISMO QUE NĂO PARA DE CRESCER
Em Pernambuco, juĂzes recebem 36,8 vezes mais do que a renda mĂ©dia da população.
Deputados estaduais nĂŁo ficam atrĂĄs: ganham o equivalente a 22,7 vezes o que o cidadĂŁo comum leva para casa.
AtĂ© vereadores do Recife, considerados mais “prĂłximos” da comunidade, aparecem com um Ăndice 11 vezes superior.
O QUE ISSO SIGNIFICA?
Na prĂĄtica, significa que quem deveria legislar e julgar em nome do povo vive em uma realidade distante da vida real.Enquanto famĂlias batalham para pagar feira, ĂĄgua e luz, representantes e magistrados acumulam privilĂ©gios acima de qualquer padrĂŁo justo.
NĂMEROS QUE ESCANCARAM O DESCOMPASSO
O Ăndice de Disparidade Salarial (IDS) mede justamente esse abismo.E os nĂșmeros de Pernambuco nĂŁo estĂŁo sozinhos: no Nordeste, MaranhĂŁo e Alagoas lideram os extremos nacionais.
Em Alagoas, juĂzes chegam a receber 43,5 vezes a renda da população.
No MaranhĂŁo, deputados estaduais batem 31 vezes.
UMA REALIDADE QUE NĂO Ă NORMAL
Em democracias consolidadas, a diferença entre quem governa e quem Ă© governado raramente passa de 10 vezes.Ou seja: por aqui, os Ăndices superam vĂĄrias vezes os padrĂ”es internacionais.
Ă como se vivĂȘssemos em dois paĂses diferentes, dentro do mesmo estado.
QUEM PERDE COM ISSO?
Perde a sociedade, que vĂȘ recursos drenados em salĂĄrios gigantescos.Perde a confiança pĂșblica, porque fica difĂcil acreditar em instituiçÔes que vivem apartadas da realidade popular.
E perde o futuro, jĂĄ que essa desigualdade estrutural trava a construção de polĂticas pĂșblicas mais eficazes.
HORA DE ENCARAR O PROBLEMA
O estudo defende medidas simples, mas urgentes:-
Teto salarial proporcional Ă renda local.
-
TransparĂȘncia total sobre benefĂcios.
-
Uso do IDS como ferramenta oficial de monitoramento.
A PERGUNTA QUE FICA
Até quando o povo vai sustentar um sistema onde o poder se protege com privilégios?
Enquanto a vida segue dura para a maioria, a elite pĂșblica continua em um pedestal inalcançåvel.
E a democracia, que deveria aproximar, acaba erguendo muros.
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