terça-feira, 2 de setembro de 2025

COLUNA POLÍTICA | PERNAMBUCO | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

RAQUEL LYRA INICIA AÇÃO DE GOVERNO NA REGIÃO METROPOLITANA E LIBERA 1 BILHÃO E JOGO PODE MUDAR
UM BILHÃO EM JOGO

O anúncio de R$ 1 bilhão em investimentos para a Região Metropolitana do Recife não é apenas uma medida administrativa. É, sobretudo, um movimento político de peso. A governadora Raquel Lyra (PSDB), até então vista como figura mais técnica que política, demonstra compreender a necessidade de dialogar com as bases e entregar resultados concretos. Obras, ordens de serviço e seminários espalhados pelo estado começam a desenhar um novo cenário para 2026. Vamos passar NA LUPA. 

O EFEITO NAS PESQUISAS
Segundo levantamento recente do Instituto Conecta, Raquel avançou 10 pontos percentuais nas intenções de voto em menos de três meses. Essa movimentação, embora ainda insuficiente para ameaçar diretamente a liderança de João Campos (PSB), acende um sinal amarelo para os socialistas. A cada obra entregue e a cada encontro comunitário, a governadora começa a romper a barreira da impopularidade que a perseguia nos primeiros meses de gestão.

A NOVA ESTRATÉGIA DE RAQUEL
O governo aposta em uma agenda de proximidade com a população, algo que não aparecia no primeiro ano de mandato. Os seminários regionais e o contato direto com lideranças locais foram planejados para consolidar uma imagem de governadora presente, atenta e, acima de tudo, executora de projetos. O discurso de Raquel ganha musculatura política ao lado das máquinas e tratores que começam a transformar o cenário urbano.

O CLIMA ENTRE OS ALIADOS
Entre os aliados da governadora, o clima é de otimismo renovado. Deputados estaduais e federais que antes se mostravam reticentes agora falam em tom de entusiasmo. “O jogo virou”, comenta um parlamentar da base. Nos bastidores, há quem diga que a virada de percepção começou a partir das entregas na Região Metropolitana, onde concentra-se mais da metade do eleitorado pernambucano.

O DESAFIO DE JOÃO CAMPOS
Prefeito do Recife e principal nome do PSB, João Campos ainda lidera com folga todas as pesquisas. Mas o favoritismo não é blindagem absoluta. A história política pernambucana mostra que cenários aparentemente definidos podem mudar em menos de um ano. João tem o trunfo da juventude, da popularidade e da força de sua legenda. Contudo, terá de se preparar para enfrentar uma governadora que já não parece tão frágil quanto antes.

O LEGADO DO PSB E A “NOVA POLÍTICA”
O PSB governa Pernambuco há quase duas décadas. A ascensão de Raquel Lyra foi vista como um hiato, não como uma ruptura. Agora, no entanto, o risco de consolidação da ex-tucana é real. Se as entregas de infraestrutura forem concretizadas e a economia reagir, o discurso da “nova política” pode se tornar um ativo eleitoral poderoso contra a narrativa de continuidade defendida pelo PSB. O jogo não está jogado. 

O JOGO DE 2026 COMEÇOU
Embora ainda falte mais de um ano para as eleições, o tabuleiro político já está sendo redesenhado. Cada ordem de serviço assinada por Raquel é também um recado político. A movimentação sugere que a governadora não pretende apenas administrar, mas disputar protagonismo. É o início de uma guerra fria política que promete se intensificar até o próximo pleito.

ENTRE O PRESENTE E O FUTURO
O bilhão em investimentos é apenas o primeiro capítulo de uma longa disputa. O futuro de Raquel Lyra depende não apenas da execução das obras, mas da percepção popular sobre elas. João Campos mantém a dianteira, mas o clima de “jogo ganho” já não existe. O eleitor pernambucano está atento e a paisagem política do estado pode mudar mais rápido do que se imagina. É isso aí. Que venham os jogos!

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