O movimento não é apenas pessoal, mas estratégico. Juliana entra no jogo com a força de quem já construiu uma base consolidada em mais de 40 municípios, reflexo direto da trajetória política de seu marido, Cléber Chaparral, e da própria habilidade de articulação que ela demonstrou desde que assumiu a Prefeitura de Casinhas. Essa estrutura, que mistura carisma, trabalho de base e capacidade de mobilização, transformou sua candidatura em prioridade absoluta para o União Brasil em Pernambuco.
Os cálculos internos apontam que Juliana tem potencial de ultrapassar a marca simbólica dos 100 mil votos, um feito que a colocaria no patamar dos grandes puxadores de legenda do Estado. Esse cenário já provoca reações nos bastidores: deputados federais veteranos enxergam a nova concorrente como ameaça real, capaz de disputar voto a voto em redutos tradicionais. Não à toa, comenta-se que alguns estão “à base do Rivotril” diante da perspectiva de perder espaço.
Do outro lado, a candidatura também abre oportunidades para deputados e pré-candidatos estaduais. Com Juliana mirando Brasília, o espaço para alianças locais se ampliou, e já há negociações em curso para troca de votos. A engrenagem funciona de forma simples: em municípios onde Chaparral tem força, nomes à Alepe garantem palanque e reciprocidade. Essa matemática pode redefinir a configuração de várias campanhas em 2026.
O projeto tem ainda a bênção de nomes de peso dentro do partido, com destaque para Fernando Filho, um dos maiores entusiastas da candidatura. Ele enxerga na entrada de Juliana um reforço de bancada e um trunfo para consolidar a presença do União Brasil no Congresso. Para ele, Juliana reúne perfil de liderança emergente com potencial de projeção estadual e até nacional.
Enquanto isso, prefeitos, vereadores e lideranças de diferentes regiões já começam a se movimentar em torno da prefeita de Casinhas, sinalizando que o efeito de sua candidatura pode extrapolar as fronteiras do Agreste. O que antes parecia apenas uma especulação, agora é tratado como realidade inevitável e de forte impacto no xadrez político pernambucano.
Com esse novo desafio, Juliana de Chaparral deixa claro que não pretende ser coadjuvante na cena estadual. Ao contrário: sua entrada na disputa pela Câmara Federal reforça a ideia de que está pronta para jogar entre os grandes e disputar, de igual para igual, o espaço político que muitos consideravam intocável. O tabuleiro se mexeu – e, ao que tudo indica, Pernambuco viverá uma eleição marcada por surpresas e disputas intensas.
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