segunda-feira, 6 de outubro de 2025

BIVAR QUER LIBERAR DEPUTADOS DE 80 ANOS DE IR A BRASÍLIA E DEFENDE VOTAÇÃO PELO CELULAR

O debate sobre a presença física dos deputados federais nas sessões da Câmara ganhou novo capítulo. O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, tenta convencer o presidente da Casa, Hugo Motta, a liberar parlamentares com mais de 80 anos da obrigação de comparecer pessoalmente às votações. Para Bivar, a rotina de viagens entre os estados e Brasília é desgastante para os octogenários, e a tecnologia já permite uma alternativa mais cômoda: o voto pelo celular.

A proposta reacende discussões sobre privilégios e o futuro do trabalho legislativo. Segundo o deputado pernambucano, a medida não representaria um benefício, mas uma adequação à realidade física de quem já ultrapassou oito décadas de vida. Ele lembra que durante a pandemia o sistema remoto funcionou e poderia ser retomado com segurança.

Enquanto isso, outro pedido incomum vem de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que quer participar das sessões da Câmara diretamente dos Estados Unidos, alegando ser “perseguido político”. O parlamentar tenta justificar sua ausência das atividades presenciais e busca autorização para atuar à distância.

As situações reacendem o debate sobre até onde a flexibilização pode ir sem comprometer o papel do Legislativo. Especialistas e colegas veem risco de banalização do trabalho remoto, transformando o plenário em uma tela de celular.

Entre idade, saúde e alegações políticas, as justificativas para evitar Brasília se multiplicam. Caberá a Hugo Motta decidir até onde vai a modernização — e onde começa a ausência injustificada de quem foi eleito para representar o povo brasileiro.

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