MENDONÇA FILHO DENUNCIA ATAQUES DE MILITANTES DO PT APÓS SE OPOR A CURSO DE MEDICINA PARA ASSENTADOS DO MST

O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil) divulgou um vídeo na noite deste domingo (5) denunciando ataques que ele e sua família vêm sofrendo por parte de militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o parlamentar, as investidas seriam motivadas por sua posição contrária à criação de um curso de Medicina voltado exclusivamente para assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sem a exigência de vestibular.

Mendonça classificou os ataques como “covardes e sórdidos” e afirmou que o debate sobre o tema deveria ocorrer com respeito e equilíbrio. O ex-ministro da Educação explicou que entrou com uma representação judicial contra a decisão da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que anunciou a abertura do curso. Para ele, a medida fere o princípio da igualdade de oportunidades, um dos pilares do sistema educacional brasileiro.

Em sua fala, o deputado destacou que, se o direito de acesso direto ao curso de Medicina for concedido a assentados, o mesmo deveria ser estendido a outras categorias trabalhadoras. “O mesmo direito que assiste a um assentado deveria, se fosse o caso, valer para uma empregada doméstica, um cortador de cana ou um cobrador de ônibus”, declarou.

Mendonça Filho defendeu que o caminho para ampliar o acesso ao ensino superior deve ser o fortalecimento das políticas de inclusão baseadas em mérito e igualdade, como cotas sociais e raciais, sem abrir mão do processo seletivo. “Sou a favor da igualdade de oportunidades, mas não se pode eliminar o vestibular para privilegiar um grupo em detrimento dos demais”, afirmou.

A criação do curso de Medicina sem vestibular para assentados do MST pela UFPE provocou grande repercussão no meio político e acadêmico. Enquanto movimentos sociais defendem a iniciativa como forma de garantir inclusão e justiça social, críticos apontam que a proposta representa uma distorção do sistema público de ensino.