HUGO MOTTA APROFUNDA CRISE NA CÂMARA E SE CONSOLIDA COMO O MAIS PERIGOSO PRESIDENTE DA HISTÓRIA
A SEMANA EM QUE O PAÍS VIU A CÂMARA FLERTAR COM O ABISMO
A mais nova investida de Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, evidenciou — mais uma vez — o risco que sua gestão representa para o país. Em um movimento que beira o absurdo institucional, Motta entregou ao deputado Capitão Derrite um projeto que prometia “combater as facções criminosas”, mas que, na prática, desmontava pilares fundamentais da segurança pública nacional. O episódio marcou um dos momentos mais preocupantes do Congresso nos últimos anos e expôs o nível de irresponsabilidade política que passou a dominar o comando da Casa.
O PROJETO PRONTO EM DUAS HORAS: UM ABSURDO ANUNCIADO
A cronologia do episódio é reveladora. Duas horas antes de ser indicado por Motta como relator, Derrite — recém-licenciado do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo — já estava com o projeto pronto. O texto não apenas carecia de coerência técnica, mas representava um risco direto à soberania do país. Tentava rebaixar o papel da Polícia Federal, retirando-lhe autonomia e capacidade operacional no combate ao crime organizado. Pior: classificava ações de facções como “terrorismo”, abrindo margem para intromissões internacionais e para cortes de financiamento de organismos globais — exatamente como fazem os Estados Unidos em situações que lhes interessam.
ATAQUE DIRETO À PF E O RISCO DE PARALISIA NO COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
A proposta criava um cenário absurdo: a Polícia Federal teria que pedir autorização aos governos estaduais para atuar. Na prática, inviabilizaria operações que investigam crimes cometidos por agentes do próprio Estado — realidade conhecida em praças como Rio de Janeiro e São Paulo. Pela ótica de Derrite, situações assim seriam impossíveis de serem investigadas. O país reagiu de imediato. O texto era tão nocivo, tão desconectado da realidade, que gerou indignação entre especialistas, setores da segurança e a própria sociedade civil.
DERRITE, BOLSONARISMO E O HISTÓRICO DE LETALIDADE
A indicação de Derrite não foi acidental. Figura alinhada ao bolsonarismo, ele tem um histórico controverso nas forças de segurança. Sua passagem pela Rota, entre 2010 e 2015, ficou marcada pela alta letalidade. É desse período o áudio em que afirma ser “vergonhoso” para um policial “não matar nem três pessoas em cinco anos”. Esse é o perfil que Motta escolheu para conduzir uma proposta nacional sobre facções criminosas — um retrato claro do tipo de política que pretende impor ao país: populista, improvisada e perigosa.
POPULISMO PUNITIVISTA PARA “INGLÊS VER”
O projeto de Derrite refletia a velha lógica de ações midiáticas, invasões de morros e favelas e foco nos “pequenos”, enquanto a estrutura financeira das facções segue praticamente intocada. Era o “se colar, colou”. Não colou. A reação popular e institucional obrigou Motta a recuar — mais uma derrota silenciosa, mas altamente simbólica.
A TRAJETÓRIA DESTRUTIVA DE HUGO MOTTA NO COMANDO DA CÂMARA
Hugo Motta já vinha acumulando episódios preocupantes. Foi o padrinho das PECs da Blindagem e da Anistia — ambas interpretadas como tentativas de autoproteção do Centrão e de retrocessos graves na luta contra corrupção. Tentou aumentar o número de deputados. Engavetou pautas de interesse social. Agora, soma ao currículo o projeto mais desastroso já apresentado sob sua presidência.
O LEGADO SOMBRIO: PIOR QUE ARTHUR LIRA
Comparado a Arthur Lira — cuja gestão foi marcada por escândalos, chantagens políticas e retrocessos — Hugo Motta consegue fazer pior. O paraibano de Patos assumiu disposto a blindar o Centrão, e vem cumprindo sua missão com zelo. Cada movimento seu intensifica a deterioração da imagem do Congresso. Cada tentativa de legislar parece direcionada a fragilizar o Estado brasileiro.
A diferença entre um político ruim e um político perigoso está na capacidade de causar dano. E Hugo Motta, com seus projetos improvisados, alianças duvidosas e ataques a instituições, já cruzou essa fronteira. Sua presidência é, incontestavelmente, a pior da história da Câmara — não por ineficiência, mas pela ameaça que representa ao funcionamento das instituições e à democracia brasileira. É isso ai!
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