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sábado, 13 de dezembro de 2025

ARCO METROPOLITANO SAI DO PAPEL E COLOCA RAQUEL LYRA NO HALL DAS GRANDES OBRAS DE PERNAMBUCO

Durante muito tempo, o Arco Metropolitano foi tratado em Pernambuco como uma ideia distante, citada em discursos eleitorais e engavetada após o fim das campanhas. Um projeto que atravessou governos, acumulou estudos e frustrações, enquanto a Região Metropolitana do Recife seguia sufocada por um trânsito caótico, a BR-101 sobrecarregada e o Porto de Suape operando abaixo do seu verdadeiro potencial logístico. Esse cenário começou a mudar com uma decisão política clara: tirar o Arco do papel.

Ao autorizar o início das obras do trecho que liga Moreno ao Cabo de Santo Agostinho, a governadora Raquel Lyra dá um passo que vai além da infraestrutura. Ela enfrenta um gargalo histórico do Estado e assume o ônus que grandes decisões exigem. Com investimento garantido de R$ 632 milhões e 25 quilômetros de extensão, o Arco Metropolitano deixa de ser promessa e passa a ser realidade concreta, com impacto direto na vida de quem circula pela Região Metropolitana e na economia pernambucana.

A comparação é inevitável. No início dos anos 2000, a duplicação da BR-232, realizada no governo Jarbas Vasconcelos, mudou a lógica de desenvolvimento de Pernambuco ao integrar de forma definitiva o interior ao litoral. Duas décadas depois, o Arco surge com missão semelhante: reorganizar a mobilidade metropolitana, desafogar a BR-101 e criar um corredor estratégico ligando a BR-232 diretamente ao Porto de Suape, fortalecendo o papel do Estado como hub logístico do Nordeste.

Os efeitos práticos são fáceis de entender. Caminhões deixam de cruzar áreas urbanas densas, o trânsito ganha fluidez, o tempo de deslocamento diminui e o custo do transporte de mercadorias cai. Isso significa mais competitividade para as empresas, mais eficiência para Suape e mais qualidade de vida para a população que hoje convive com congestionamentos diários. Infraestrutura, nesse caso, não é conceito abstrato: é impacto direto no cotidiano.

Politicamente, o Arco Metropolitano também reposiciona o governo Raquel Lyra. Grandes obras estruturadoras costumam definir gestões e deixar marcas duradouras. Jarbas ficou ligado à BR-232 porque teve visão estratégica e capacidade de execução. Ao destravar o Arco, Raquel sinaliza que seu governo pensa Pernambuco além do imediato, com planejamento de longo prazo e foco em soluções estruturais.

Inserido no programa PE na Estrada, o projeto ainda reforça uma mensagem importante em tempos de restrições fiscais: é possível investir com responsabilidade. A obra só avançou porque houve articulação política, organização financeira e construção de consenso. Não por acaso, o Arco reúne apoio de prefeitos, parlamentares e lideranças de diferentes correntes políticas, algo cada vez mais raro.

Depois de 20 anos de espera, o Arco Metropolitano finalmente ganhou endereço, orçamento e cronograma. Se a BR-232 foi o símbolo do desenvolvimento pernambucano no início do século, tudo indica que o Arco será o marco desta década. Para o Estado, representa um salto logístico. Para a população, um alívio diário. E para a política, um divisor de águas que pode definir uma gestão.

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