De acordo com a equipe médica que acompanha o ex-presidente, o quadro clínico se intensificou após a cirurgia realizada na última quinta-feira (25), quando Bolsonaro passou por um procedimento para correção de hérnias inguinais. Desde então, os episódios de soluço se tornaram mais fortes e frequentes, causando abatimento e desconforto significativo.
Os médicos Mateus Saldanha, Claudio Birolini, Brasil Caiado e Leandro Echenique explicaram que, diante da falta de resposta aos medicamentos utilizados inicialmente, a equipe decidiu avançar para o bloqueio do nervo frênico como alternativa terapêutica. A estratégia foi adotada após Bolsonaro apresentar, na sexta-feira (26), uma crise considerada muito intensa, chegando a acordar visivelmente debilitado no dia seguinte.
A cirurgia realizada neste sábado foi a primeira etapa do tratamento e atingiu apenas o lado direito do nervo. Segundo o médico Mateus Saldanha, a decisão de dividir o procedimento em duas fases foi tomada por segurança. “Optamos por não fazer o bloqueio dos dois lados ao mesmo tempo para evitar riscos maiores ao paciente”, explicou. A segunda intervenção já está programada para a próxima segunda-feira (29), quando será feito o bloqueio do lado esquerdo.
A expectativa da equipe médica é de que Bolsonaro permaneça internado por cerca de sete dias. Após a segunda cirurgia, ele deverá ficar, no mínimo, mais 48 horas em observação, podendo ter o período de internação ajustado conforme a evolução do quadro clínico. Além disso, o boletim médico informa que o ex-presidente seguirá com fisioterapia para reabilitação, medidas preventivas contra trombose venosa e acompanhamento clínico contínuo.
Em publicação nas redes sociais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tranquilizou apoiadores ao informar que o procedimento deste sábado transcorreu bem e que o ex-presidente já havia retornado ao quarto após o período de observação.
O caso reacende a atenção sobre o histórico recente de problemas de saúde enfrentados por Jair Bolsonaro, que, desde o atentado sofrido em 2018, já passou por diversas cirurgias e internações. A equipe médica segue monitorando a recuperação, enquanto a expectativa é de que o bloqueio do nervo frênico traga alívio definitivo aos episódios de soluço que vinham comprometendo o bem-estar do ex-presidente.
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