O carro foi comprado pelo fundador Carlo Bauducco em um período em que a empresa ainda engatinhava. Naquele tempo, cada detalhe fazia diferença para a sobrevivência do negócio, e o automóvel rapidamente se tornou uma ferramenta indispensável. Era com ele que Carlo buscava mercadorias, transportava insumos e realizava entregas, enfrentando estradas precárias e longas jornadas para garantir que os produtos chegassem aos clientes. Mais do que um meio de transporte, o veículo representava autonomia, agilidade e a possibilidade de expansão.
Funcionários e historiadores da marca costumam dizer que, sem aquele carro, o ritmo de crescimento da Bauducco talvez tivesse sido outro. Ele ajudou a encurtar distâncias, ampliar mercados e consolidar a confiança dos clientes em uma época em que logística eficiente era um grande desafio. Cada viagem carregava não apenas mercadorias, mas também o sonho de transformar uma pequena produção familiar em uma empresa sólida e duradoura.
Hoje, décadas depois, o automóvel segue como testemunha silenciosa dessa história. Guardado no prédio administrativo da Bauducco, ele é tratado como uma relíquia e desperta curiosidade e respeito. Conhecido internamente como o “queridinho” da empresa, o carro só pode ser visto de perto por funcionários autorizados, reforçando o cuidado e o valor simbólico que a marca atribui ao objeto.
Mais do que metal, motor e rodas, o primeiro veículo da Bauducco representa a essência de uma empresa que nasceu do trabalho duro e da persistência. Preservá-lo é, acima de tudo, preservar a memória de um tempo em que cada entrega era uma conquista e cada quilômetro percorrido ajudava a construir a história de uma das maiores referências do setor alimentício no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário